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Língua Portuguesa
Bulhão Pato
Filho de portugueses (o seu pai era fidalgo e poeta), teve uma infância difícil, vivendo constantemente rodeado de dificuldades decorrentes da guerra carlista. Já na adolescência, a guerra civil espanhola obriga a família a vir para Lisboa, onde Bulhão Pato frequenta a Escola Politécnica. Por essa altura começou a conviver também com algumas das personalidades literárias mais importantes da época, como Latino Coelho, Andrade Corvo, Rebelo da Silva, Almeida Garrett, Gomes de Amorim e Alexandre Herculano, entre outros. Essa convivência viria a ser de extrema importância para o consolidar dos seus conhecimentos. Colaborou em periódicos como O Panorama, a Revista Universal Lisbonense, a Revista Peninsular e A Semana. Traduz Shakespeare, Bernardin de Saint-Pierre e Vítor Hugo.
Considerado um poeta apaixonado, influenciado pelos valores do Ultrarromantismo que o envolveu durante a sua infância e adolescência (sobretudo em Poesias e Versos, de 1850 e 1862), influenciado por Lamartine e Byron, torna-se célebre com o poema narrativo Paquita, sucessivamente reeditado até 1894, e amplamente reconhecido por Alexandre Herculano e Rebelo da Silva.
É também autor de quatro livros de memórias, escritos num tom íntimo e nostálgico, interessantes pelas informações biográficas e históricas que fornecem. O seu estatuto de derradeiro representante de um Romantismo sentimental ultrapassado, a que as facetas de caçador e de gastrónomo (é seu o livro de receitas O cozinheiro dos cozinheiros, de 1870) conferiam contornos de certa forma castiços, teria, ao que parece, servido de inspiração a Eça de Queirós na composição da figura do poeta Tomás de Alencar, em Os Maias (1888).