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Língua Portuguesa
intercâmbio
Em Antropologia existe a teoria da troca e da reciprocidade, estudada em diferentes sociedades, que é um conceito que se refere aos processos que regem as obrigações entre parceiros e que tanto pode abranger a troca de objetos como de seres humanos, sobretudo mulheres. Esta tese tem-se revelado fundamental, no ramo da teoria económica, para o estudo da organização do parentesco e das trocas simbólicas.
Também na filosofia, e particularmente na economia marxista, se preconiza a troca ou transferência das mercadorias produzidas, em substituição da venda, sendo considerada mais equitativa, por se intercambiarem produtos equivalentes, ao contrário do que acontece com a intervenção da moeda, que facilita a procura do benefício.
O intercâmbio pressupõe liberdade, e não coação, da parte dos intervenientes. Ele tem de ser consentido por ambas as partes e tanto pode abarcar um valor como um serviço, que se fornece como contrapartida de outro já recebido ou a receber, conforme o que for acordado. Quando as condições do intercâmbio são violadas por uma das partes, a outra sente-se defraudada e fala em intercâmbio desigual, o que contraria o próprio sentido etimológico da palavra.
O intercâmbio é praticado em determinados ramos do saber, como a linguística (que permite a permuta de elementos efetuada no eixo sintagmático - "paradigma") e a álgebra (propriedade comutativa).
O intercâmbio cultural, hoje em dia acelerado devido à profusão e mobilidade de meios técnicos e de pessoas, põe em contacto direto e contínuo múltiplas culturas, donde derivam influências culturais mútuas, que levam a mudanças recíprocas. Mas, para que haja efetiva reciprocidade, por forma a estabelecer-se um verdadeiro intercâmbio, essa aculturação deve produzir-se nos dois sentidos. Por vezes estabelecem-se influências culturais de predominância, o que, à partida, falseia o espírito de troca, traduzindo-se, na prática, em estratégias de dominação cultural, que podem até produzir desculturação.