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pânico moral
A violência e a anomia (considerada esta última em sentido amplo, para referir situações em que o sistema normativo perdeu a sua eficácia) são instauradoras do pânico moral, havendo alguns estudos sociológicos de análise dessas situações que propõem uma conceção anómica da violência (a dupla "violência-anomia" resulta da proliferação das relações agressivas em setores desregulados da sociedade).
As situações de pânico moral podem ser causadas por "bandos" de jovens delinquentes, por gangs que se dedicam ao tráfico ilegal e à criminalidade (o caso dos gangs das favelas do Rio de Janeiro), pela violência urbana e rural (o caso da América do Sul e especificamente da Colômbia), por motins populares (como os motins ocorridos em Los Angeles na década de 90), ou pelo terrorismo (o caso da ETA em Espanha, ou do IRA na Irlanda). A insegurança e o pânico moral provocados por situações deste tipo podem originar iniciativas de autodefesa, como as milícias privadas, ou o recurso às instituições repressivas, como o exército, com a instauração de situações de exceção. Dada a experiência do perigo que se corre, o pânico moral caracteriza-se pelo receio do que possa acontecer. Uma situação trágica de pânico moral foi vivida em Timor Lorosae, em setembro de 1999, causada pela violência anómica e pela destruição cometidas pelas milícias pró-integracionistas (pró-indonésias). A anomia moral pode estar associada ao pânico, dada a incerteza que resultam da normalidade abalada, e a dúvida em relação ao que será melhor fazer, na impossibilidade de prever o futuro. O pânico conduz ao surgimento de multidões de deslocados e de refugiados, e convida também, muitas vezes, a que cada um tente escapar pelos seus próprios meios, arruinando o respeito pela lei e pelos costumes.
Na atualidade, a violência urbana, a violência associada ao terrorismo, os conflitos armados, as catástrofes naturais, as novas epidemias, os efeitos da poluição, tendem a instaurar o pânico moral. São igualmente exemplos de situações instauradoras de pânico moral, a doença das vacas loucas, a contaminação do sangue, o efeito de estufa, o El Niño, os mercados ilegais que proliferam com a mundialização, o tráfico e o crime organizados, o comércio de sangue e de órgãos, etc. Simultaneamente, a precariedade dos empregos, a situação financeira dos indivíduos, a dificuldade dos alojamentos, a precariedade das pensões de reforma, os novos riscos com os alimentos que ingerimos, criam o pânico moral.
Para conter as consequências psicológicas e morais destes fenómenos, as instituições e os países tentam preservar os valores democráticos, e as ONG (Organizações Não-Governamentais) praticam e difundem os valores da solidariedade e da fraternidade, criando-se novas formas de cidadania.
As situações de pânico moral podem ser causadas por "bandos" de jovens delinquentes, por gangs que se dedicam ao tráfico ilegal e à criminalidade (o caso dos gangs das favelas do Rio de Janeiro), pela violência urbana e rural (o caso da América do Sul e especificamente da Colômbia), por motins populares (como os motins ocorridos em Los Angeles na década de 90), ou pelo terrorismo (o caso da ETA em Espanha, ou do IRA na Irlanda). A insegurança e o pânico moral provocados por situações deste tipo podem originar iniciativas de autodefesa, como as milícias privadas, ou o recurso às instituições repressivas, como o exército, com a instauração de situações de exceção. Dada a experiência do perigo que se corre, o pânico moral caracteriza-se pelo receio do que possa acontecer. Uma situação trágica de pânico moral foi vivida em Timor Lorosae, em setembro de 1999, causada pela violência anómica e pela destruição cometidas pelas milícias pró-integracionistas (pró-indonésias). A anomia moral pode estar associada ao pânico, dada a incerteza que resultam da normalidade abalada, e a dúvida em relação ao que será melhor fazer, na impossibilidade de prever o futuro. O pânico conduz ao surgimento de multidões de deslocados e de refugiados, e convida também, muitas vezes, a que cada um tente escapar pelos seus próprios meios, arruinando o respeito pela lei e pelos costumes.
Na atualidade, a violência urbana, a violência associada ao terrorismo, os conflitos armados, as catástrofes naturais, as novas epidemias, os efeitos da poluição, tendem a instaurar o pânico moral. São igualmente exemplos de situações instauradoras de pânico moral, a doença das vacas loucas, a contaminação do sangue, o efeito de estufa, o El Niño, os mercados ilegais que proliferam com a mundialização, o tráfico e o crime organizados, o comércio de sangue e de órgãos, etc. Simultaneamente, a precariedade dos empregos, a situação financeira dos indivíduos, a dificuldade dos alojamentos, a precariedade das pensões de reforma, os novos riscos com os alimentos que ingerimos, criam o pânico moral.
Para conter as consequências psicológicas e morais destes fenómenos, as instituições e os países tentam preservar os valores democráticos, e as ONG (Organizações Não-Governamentais) praticam e difundem os valores da solidariedade e da fraternidade, criando-se novas formas de cidadania.
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Como referenciar
Porto Editora – pânico moral na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-03-30 05:51:02]. Disponível em
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