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Língua Portuguesa
Pedro Rosa Mendes
Mais tarde, candidatou-se a uma das bolsas do Centro Nacional de Cultura, no âmbito de um concurso público para seis bolsas, subordinado ao tema "Criar Lusofonia". Submeteu, então, à apreciação do júri um projeto de um livro de viagens e foi um dos contemplados.
Retirando-se para casa dos pais, na Beira Baixa, foi amadurecendo este projeto que ganhou finalmente "alma", quando, aos 31 anos, Pedro Rosa Mendes, como repórter de guerra, relatou todas as sensações por si vividas por terras africanas, nomeadamente em Angola e Moçambique. Numa viagem de costa a contra-costa, de mais de 10 000 quilómetros, o autor viu e assistiu a realidades novas e diferentes, ouviu histórias e conviveu com gentes em lugares de acesso praticamente proibido por causa de uma guerra sem tréguas, mesmo correndo o risco de "desaparecer sem deixar rasto".
Chocado com a realidade que lhe vai entrando pelos olhos dentro, Pedro Rosa Mendes diz sobre Angola (onde foi pela primeira vez em 1995) que o "surpreendeu o grau de destruição que é total e sobretudo o grau de destruição pessoal de cada indivíduo, do homem enquanto ser humano".
Neste romance, intitulado Baía dos Tigres (1999), galardoado com o Prémio Pen Club 2000, o narrador, mistura, numa simbiose perfeita, a vertente real com a ficção, levando a crítica a ponderar o autor entre os grandes nomes do fenómeno literário português.
Ilhas de Fogo (2002) foi a reportagem que editou juntamente com o ilustrador francês Alain Corbel e que descreve a organização das sociedades civis dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). No ano seguinte, Pedro Rosa Mendes e o fotógrafo João Francisco Vilhena publicam o romance Atlântico (2003).