Respeitamos a sua privacidade
Este site utiliza cookies (próprios e de terceiros) com o objetivo de melhorar a experiência de utilização durante a sua visita. Conseguimos, deste modo, melhorar o nosso site apresentando-lhe conteúdos e anúncios relevantes, permitindo a integração de funcionalidades de redes sociais e promovendo a análise de trafego no site. Tendo em consideração as suas preferências na utilização de cookies, poderemos partilhar informações com os nossos parceiros de redes sociais, de análise publicitária e de navegação. Ao selecionar o botão “Aceitar” está a consentir a utilização de todos os cookies. Para mais esclarecimentos sobre o tratamento dos seus dados pessoais, consulte a nossa Política de Cookies. Através da opção configuração de cookies poderá definir as suas preferências, bem como obter mais informações sobre os cookies utilizados.
Língua Portuguesa
vinculação
Desenvolvida pelo psicólogo inglês John Bowlby, a teoria do vínculo afetivo, de longe a mais popular nos dias de hoje, entende o crescimento de uma criança como resultado da relação que ela mantém com os pais.
Desde as constatações pioneiras de Bowlby sobre o desenvolvimento da vinculação, tem-se consolidado a verificação de que o vínculo mãe-bebé emerge da interação ajustada ao longo dos primeiros meses. Segundo Bowlby, a vinculação é uma necessidade primária e vital como a água, o sono e a comida. Um bebé que se sente protegido terá muito mais hipóteses de se tornar um adulto seguro de si e capaz de amar e de se sentir amado. Várias pesquisas revelam que as crianças seguras em relação aos seus pais choram menos e são mais persistentes na exploração do ambiente. Já as inseguras são mais submissas ou agressivas.
Além disso, a quantidade e a qualidade do contacto mãe-bebé nos primeiros dias depois do parto também parecem ser de especial importância.
Bowlby fez a avaliação do processo de formação dessas primeiras relações afetivas estabelecidas com o bebé. A vinculação inicia-se a partir das respostas dadas pelos adultos, que permitem estabelecer as interações sociais.
Para manter a proximidade e cuidados dos outros seres humanos e especialmente da mãe (esta aproximação não é inata), o bebé desenvolve padrões específicos de proximidade, tais como chupar, agarrar, seguir com o olhar, chorar e sorrir.
O ser humano é aquele que está menos dotado para viver sozinho e, assim, essa imaturidade é o ponto de partida para a necessidade de envolvimento social com o meio externo. A função da primeira vinculação é a de sobrevivência, não física, mas como vivência e aquisição daquilo que é específico da espécie humana e isto só acontece através da relação interpessoal onde se cria e se constrói relações afetivas entre os seres humanos e através da qual se estabelece a capacidade de relação interpessoal.
Segundo Bowlby, estes cinco comportamentos são instintivos e exercem-se de uma forma reativa e reflexa. Mas são comportamentos que contribuem para a vinculação e têm a função específica de estabelecer relações sociais. Estes comportamentos compulsivos vão-se perdendo com a habituação, ou seja, nos primeiros meses dirigem-se a qualquer pessoa com um carácter instintivo para depois se dirigirem a pessoas significativas. Em princípio, a primeira relação humana afetiva recai sobre a figura materna, mas depende da relação mantida com o bebé, pois nem sempre é assim, pode ser outra pessoa que não a mãe biológica a criar a vinculação com o bebé.
Segundo Shaffer, algumas pessoas têm mais capacidade para rapidamente descodificarem e interpretarem os sinais emitidos pelo bebé, ao qual dão respostas adequadas e frequentes. Assim, o bebé poderá ter uma certa preferência por essa pessoa e estabelecer com ela uma vinculação. Esta interação com o bebé terá de ter alguma frequência e ter respostas bem sucedidas para se poder falar em vinculação.
Há um desejo de manutenção, ou seja, é algo que ambos os intervenientes pretendem e desejam manter.
Ao longo do desenvolvimento vamos ter diferentes vinculações com funções especiais.