A Canção de Lisboa
O filme, que constituiu a estreia do arquiteto Cottinelli Telmo, quer como realizador quer como argumentista, na Sétima Arte, data de 1933. Trata-se de A Canção de Lisboa, uma película a preto e branco com a duração de 1h e 58m, que foi produzida pela Tobis Portuguesa. A direção fotográfica esteve a cargo de Henry Barreire e J. César de Sá. Por seu turno, a direção musical coube a René Bohet e Jaime Silva.
Esta longa-metragem reveste-se de especial importância, dado representar a primeira produção sonora integralmente realizada com meios técnicos portugueses, além de reunir toda a "nata" do espetáculo ligeiro nacional da época: Vasco Santana, Beatriz Costa, António Silva,Teresa Gomes e Manuel Santos Carvalho, todos eles figuras de primeiro plano do teatro de revista. É curioso verificar também um aparecimento fugaz de Manoel de Oliveira, na qualidade de ator, interpretando o papel de Carlos.
É um filme possuidor de uma dinâmica envolvente e cómica. As cenas de interiores surgem em perfeita harmonia com as cenas de exteriores, permitindo, assim, a total compreensão dos costumes e sentimentos humanos que envolvem as personagens. A história conta os amores e dissabores entre Vasco Leitão (Vasco Santana), um estudante do último ano de Medicina extremamente cábula e folião, e Alice (Beatriz Costa), uma ingénua costureira, filha do irascível alfaiate Caetano (António Silva) que se opõe ao namoro dos dois, pois considera Vasco um pelintra. A situação muda quando chegam a Lisboa as tias de Vasco a quem este mentira nas suas cartas quando afirmara que já estava licenciado e a exercer Medicina. Quando Caetano descobre que Vasco é o único herdeiro das tias da província, decide ajudá-lo a encobrir a mentira. Todo o filme é uma feliz sucessão burlesca de gags, dos quais se destaca a cena filmada no Jardim Zoológico de Lisboa, onde Santana imortalizou a frase «Chapéus há muitos, seu palerma». Também célebre ficou a citação anatómica do «esternocleidomastoideu».
A Canção de Lisboa celebrizou ainda dois temas musicais de Raul Portela e Raul Ferrão: A Agulha e o Dedal (na voz de Beatriz Costa durante a inesquecível cena de eleição de Miss Costureira) e o Fado Estudante (cantado por Vasco Santana). Merecem também particular referência os dois cartazes da autoria de José de Almada-Negreiros que serviram de promoção ao filme.
Esta longa-metragem reveste-se de especial importância, dado representar a primeira produção sonora integralmente realizada com meios técnicos portugueses, além de reunir toda a "nata" do espetáculo ligeiro nacional da época: Vasco Santana, Beatriz Costa, António Silva,Teresa Gomes e Manuel Santos Carvalho, todos eles figuras de primeiro plano do teatro de revista. É curioso verificar também um aparecimento fugaz de Manoel de Oliveira, na qualidade de ator, interpretando o papel de Carlos.
É um filme possuidor de uma dinâmica envolvente e cómica. As cenas de interiores surgem em perfeita harmonia com as cenas de exteriores, permitindo, assim, a total compreensão dos costumes e sentimentos humanos que envolvem as personagens. A história conta os amores e dissabores entre Vasco Leitão (Vasco Santana), um estudante do último ano de Medicina extremamente cábula e folião, e Alice (Beatriz Costa), uma ingénua costureira, filha do irascível alfaiate Caetano (António Silva) que se opõe ao namoro dos dois, pois considera Vasco um pelintra. A situação muda quando chegam a Lisboa as tias de Vasco a quem este mentira nas suas cartas quando afirmara que já estava licenciado e a exercer Medicina. Quando Caetano descobre que Vasco é o único herdeiro das tias da província, decide ajudá-lo a encobrir a mentira. Todo o filme é uma feliz sucessão burlesca de gags, dos quais se destaca a cena filmada no Jardim Zoológico de Lisboa, onde Santana imortalizou a frase «Chapéus há muitos, seu palerma». Também célebre ficou a citação anatómica do «esternocleidomastoideu».
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Como referenciar
Porto Editora – A Canção de Lisboa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-05 21:56:34]. Disponível em
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