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A. J. Cronin
Escritor e médico escocês, Archibald Joseph Cronin nasceu a 19 de julho de 1896, em Cardross, Strathclydeas. Após a morte do seu pai, de confissão católica, ocorrida quando Cronin era ainda uma criança, a mãe, protestante convicta, procurou prover ao sustento familiar. Revelando-se demasiado difícil, a mãe viu-se forçada a regressar, no segundo ano de viuvez, a casa dos seus próprios pais. O jovem Cronin foi portanto enviado para a Academia de Dumbarton graças ao auxílio monetário do seu tio.
Em 1914 ingressou na Escola Médica da Universidade de Glasgow, licenciando-se em 1919. Serviu em consequência, e durante o período restante da Primeira Grande Guerra, como cirurgião na Royal Navy. Finda a guerra foi contratado como cirurgião a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto entre as Ilhas Britânicas e a Índia. Passou depois a trabalhar em hospitais e, após ter casado, mudou-se para o País de Gales, onde teve ocasião de tratar doenças relacionadas com a extração do minério de carvão.
Em 1924 foi nomeado Inspetor Médico de Minas, pelo que começou a fazer um estudo detalhado das doenças dos mineiros. Do contacto com estes e das experiências vividas durante esta altura, surgiria o material que A. J. Cronin utilizou em alguns dos seus romances.
Os seus estudos mostrariam proventos no ano seguinte, com a apresentação da sua tese de doutoramento à Universidade de Glasgow, pelo que montou consultórios, primeiro no País de Gales e depois em Londres.
As condições de vida precárias do quotidiano mineiro deixaram porém as suas mazelas em Cronin. Assim, abalada a sua saúde, viu-se forçado a passar o seu consultório, em 1930. Enquanto recuperava nas Terras Altas escocesas, Cronin começou a escrever o seu primeiro romance, Hatter's Castle (1931), que constituiu um sucesso imediato, e do qual foi realizada uma versão cinematográfica em 1941.
Apesar de ter surgido nessa altura uma polémica, com as acusações de que Cronin teria plagiado o romance The House With the Green Shutters (1901) do escritor George Douglas, Cronin encontrou as receitas suficientes para poder abandonar a medicina em favor da escrita. Publicaria depois The Stars Look Down (1935) e The Citadel (1937), romances que descreviam o mundo da extração de minério, não só através da perspetiva dos mineiros, como retratando também as altas esferas políticas e económicas que os controlam.
Em 1939, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, A. J. Cronin mudou-se com a família para os Estados Unidos da América, onde colaborou na conversão de The Stars Look Down para o cinema. Em 1942 publicou The Keys of The Kingdom, romance de orientação cristã e ecuménica, e cuja versão cinematográfica (Cronin vendeu os direitos da obra para filme em 1941) se estreou em 1944.
Embora os livros ingleses tivessem sido proibidos na Alemanha durante o período da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1943 podiam encontrar se obras de Cronin acerca dos mineiros, sobretudo com o intuito de propagar a ideia dos malefícios do mundo capitalista.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1946, Cronin mudou-se para a Suíça, onde faleceu a 9 de janeiro de 1981, na cidade de Montreaux.
Bastante popular nos Estados Unidos e durante a Guerra Fria na então União Soviética, a obra de Cronin procurou desbravar a verdade da injustiça humana, apresentando como solução a conciliação entre as diferentes crenças religiosas.
Em 1914 ingressou na Escola Médica da Universidade de Glasgow, licenciando-se em 1919. Serviu em consequência, e durante o período restante da Primeira Grande Guerra, como cirurgião na Royal Navy. Finda a guerra foi contratado como cirurgião a bordo de uma embarcação que fazia o trajeto entre as Ilhas Britânicas e a Índia. Passou depois a trabalhar em hospitais e, após ter casado, mudou-se para o País de Gales, onde teve ocasião de tratar doenças relacionadas com a extração do minério de carvão.
Em 1924 foi nomeado Inspetor Médico de Minas, pelo que começou a fazer um estudo detalhado das doenças dos mineiros. Do contacto com estes e das experiências vividas durante esta altura, surgiria o material que A. J. Cronin utilizou em alguns dos seus romances.
Os seus estudos mostrariam proventos no ano seguinte, com a apresentação da sua tese de doutoramento à Universidade de Glasgow, pelo que montou consultórios, primeiro no País de Gales e depois em Londres.
As condições de vida precárias do quotidiano mineiro deixaram porém as suas mazelas em Cronin. Assim, abalada a sua saúde, viu-se forçado a passar o seu consultório, em 1930. Enquanto recuperava nas Terras Altas escocesas, Cronin começou a escrever o seu primeiro romance, Hatter's Castle (1931), que constituiu um sucesso imediato, e do qual foi realizada uma versão cinematográfica em 1941.
Apesar de ter surgido nessa altura uma polémica, com as acusações de que Cronin teria plagiado o romance The House With the Green Shutters (1901) do escritor George Douglas, Cronin encontrou as receitas suficientes para poder abandonar a medicina em favor da escrita. Publicaria depois The Stars Look Down (1935) e The Citadel (1937), romances que descreviam o mundo da extração de minério, não só através da perspetiva dos mineiros, como retratando também as altas esferas políticas e económicas que os controlam.
Em 1939, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, A. J. Cronin mudou-se com a família para os Estados Unidos da América, onde colaborou na conversão de The Stars Look Down para o cinema. Em 1942 publicou The Keys of The Kingdom, romance de orientação cristã e ecuménica, e cuja versão cinematográfica (Cronin vendeu os direitos da obra para filme em 1941) se estreou em 1944.
Embora os livros ingleses tivessem sido proibidos na Alemanha durante o período da Segunda Guerra Mundial, por volta de 1943 podiam encontrar se obras de Cronin acerca dos mineiros, sobretudo com o intuito de propagar a ideia dos malefícios do mundo capitalista.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1946, Cronin mudou-se para a Suíça, onde faleceu a 9 de janeiro de 1981, na cidade de Montreaux.
Bastante popular nos Estados Unidos e durante a Guerra Fria na então União Soviética, a obra de Cronin procurou desbravar a verdade da injustiça humana, apresentando como solução a conciliação entre as diferentes crenças religiosas.
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Como referenciar
Porto Editora – A. J. Cronin na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-26 11:10:04]. Disponível em
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