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Action Painting
O termo Action Painting qualifica em simultâneo uma técnica pictórica e uma corrente artística associada ao movimento do Expressionismo Abstrato, desenvolvido desde os inícios da década de 1940 nos Estados Unidos da América e na Europa, onde se tornou conhecido por Informalismo.
Enquanto movimento pictórico, a Action Painting é geralmente confundida com o Expressionismo Abstrato, do qual constitui somente uma das tendências formais e estéticas, a par do Colour-Field Painting e de outras correntes.
O seu nome resulta do título de um artigo publicado pela revista Art News de dezembro de 1952, "The American Action Painters", escrito pelo poeta e crítico de arte americano Harold Rosenberg (1906-). A grande divulgadora desta corrente foi a galerista nova iorquina Peggy Guggenheim (1898-1979) que, desde 1942, realiza uma série de exposições dos trabalhos destes artistas.
A Action Painting, ou pintura gestualista, tem as suas origens mais diretas no movimento surrealista e no desenho automático, praticado por alguns dos artistas que integravam esta corrente, mais especificamente pelo pioneiro André Masson (1896-1987), famoso pelos trabalhos que realiza em meados da década de vinte, sob influência da psicologia e da psicanálise freudianas e jungianas. A influência deste artista na cultura artística nova iorquina tornou-se particularmente forte após a sua ida para os Estados Unidos em 1941.
Mais especificamente, o termo Action Painting aplica-se ao trabalho de poucos pintores, todos saídos do período da pós-depressão nos Estados Unidos, como Jackson Pollock e o seu discípulo Hans Hoffmann (1880-1966) cujos trabalhos revelam, desde os anos 40, a preferência pela pintura através do dripping, técnica que consistia em deixar pingar a tinta sobre uma tela, geralmente de grande dimensão, colocada na horizontal sobre o chão. Pode também ser incluída nesta tendência parte da obra dos americanos Arshille Gorky (1904-1948) e de Robert Motherwell (1915-1991).
Estes artistas apresentam como denominador comum o entendimento do quadro como um palco para a ação artística. A pintura, sempre abstrata, realiza-se através de amplos gestos (que adquirem o carácter de coreografias), procurando salientar a intensidade e intencionalidade estética contida no ato de pintar. É precisamente esta ação livre e sem obstáculos intelectuais e não tanto o seu produto final (uma imagem constituída por linhas, manchas, cor e forma), aquilo que deve ser comunicado ao público. Raramente são realizados estudos prévios, considerados aniquiladores do processo de desenho automático de cariz espontâneo.
Tendo tido um desenvolvimento mais forte nos Estados Unidos, em torno da chamada Escola de Nova Iorque, a Action Painting produziu ecos na Europa do pós-guerra. Em França, influenciou, em alguns aspetos, o movimento informalista e o Tachismo, como o demonstra a linguagem sígnica instantânea e de grande expressividade do pintor Georges Mathieu. Na Alemanha destaca-se o trabalho dos pintores Fred Thieler e Karl Otto Götz (que levam o automatismo e o instinto a um limite máximo) e o Grupo Zen, criado em Munique, que retoma o método e técnicas pictóricas de Jackson Pollock. Em Itália, salienta-se a atividade do grupo de artistas denominado "Movimento Arte Nucleare".
A Action Painting foi precursora de alguns movimentos posteriores, como a Arte Processual dos anos 70.
Enquanto movimento pictórico, a Action Painting é geralmente confundida com o Expressionismo Abstrato, do qual constitui somente uma das tendências formais e estéticas, a par do Colour-Field Painting e de outras correntes.
O seu nome resulta do título de um artigo publicado pela revista Art News de dezembro de 1952, "The American Action Painters", escrito pelo poeta e crítico de arte americano Harold Rosenberg (1906-). A grande divulgadora desta corrente foi a galerista nova iorquina Peggy Guggenheim (1898-1979) que, desde 1942, realiza uma série de exposições dos trabalhos destes artistas.
A Action Painting, ou pintura gestualista, tem as suas origens mais diretas no movimento surrealista e no desenho automático, praticado por alguns dos artistas que integravam esta corrente, mais especificamente pelo pioneiro André Masson (1896-1987), famoso pelos trabalhos que realiza em meados da década de vinte, sob influência da psicologia e da psicanálise freudianas e jungianas. A influência deste artista na cultura artística nova iorquina tornou-se particularmente forte após a sua ida para os Estados Unidos em 1941.
Mais especificamente, o termo Action Painting aplica-se ao trabalho de poucos pintores, todos saídos do período da pós-depressão nos Estados Unidos, como Jackson Pollock e o seu discípulo Hans Hoffmann (1880-1966) cujos trabalhos revelam, desde os anos 40, a preferência pela pintura através do dripping, técnica que consistia em deixar pingar a tinta sobre uma tela, geralmente de grande dimensão, colocada na horizontal sobre o chão. Pode também ser incluída nesta tendência parte da obra dos americanos Arshille Gorky (1904-1948) e de Robert Motherwell (1915-1991).
Estes artistas apresentam como denominador comum o entendimento do quadro como um palco para a ação artística. A pintura, sempre abstrata, realiza-se através de amplos gestos (que adquirem o carácter de coreografias), procurando salientar a intensidade e intencionalidade estética contida no ato de pintar. É precisamente esta ação livre e sem obstáculos intelectuais e não tanto o seu produto final (uma imagem constituída por linhas, manchas, cor e forma), aquilo que deve ser comunicado ao público. Raramente são realizados estudos prévios, considerados aniquiladores do processo de desenho automático de cariz espontâneo.
Tendo tido um desenvolvimento mais forte nos Estados Unidos, em torno da chamada Escola de Nova Iorque, a Action Painting produziu ecos na Europa do pós-guerra. Em França, influenciou, em alguns aspetos, o movimento informalista e o Tachismo, como o demonstra a linguagem sígnica instantânea e de grande expressividade do pintor Georges Mathieu. Na Alemanha destaca-se o trabalho dos pintores Fred Thieler e Karl Otto Götz (que levam o automatismo e o instinto a um limite máximo) e o Grupo Zen, criado em Munique, que retoma o método e técnicas pictóricas de Jackson Pollock. Em Itália, salienta-se a atividade do grupo de artistas denominado "Movimento Arte Nucleare".
A Action Painting foi precursora de alguns movimentos posteriores, como a Arte Processual dos anos 70.
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Como referenciar
Porto Editora – Action Painting na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-07 18:49:31]. Disponível em
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