Afeganistão
Geografia
País do sul da Ásia. Situado a oeste da cordilheira dos Himalaias, possui uma superfície total de 647 500 km2. Faz fronteira com o Paquistão a sul e a sudeste, com o Irão a oeste, com o Turquemenistão, o Usbequistão e o Tajiquistão a norte, e com a China a nordeste. As cidades mais importantes são Cabul, a capital, com 4 589 000 habitantes (2023), Kandahar, Herat e Mozar-i-Sharif. Clima
O clima é continental árido e semiárido. As temperaturas médias variam entre -8 ºC e 2 ºC, em janeiro, e entre 16 ºC e 33 ºC, em julho. A precipitação, que ocorre essencialmente no inverno, atinge valores da ordem dos 370 mm anuais. É um país muito montanhoso, com predomínio de planaltos e montanhas, que chegam a ultrapassar 7000 m de altitude, pelo que as temperaturas no inverno são geralmente muito baixas.
Economia
Das espécies animais com interesse económico, salienta-se o carneiro caraculo, cuja lã macia e frisada é utilizada no fabrico de tapetes e de casacos.
A economia do Afeganistão assenta, sobretudo, na agricultura de subsistência. Os produtos cultivados são o trigo, o milho, a batata, a cevada, a uva, o melão, a ameixa, o marmelo, o alperce e o figo. Encontram-se também muitas plantas medicinais que no Ocidente não são conhecidas. As produções industriais estão pouco desenvolvidas e incluem têxteis, produtos farmacêuticos, produtos químicos industriais, cimento, artigos de couro, vidraria, bicicletas e produtos alimentares. As principais riquezas do subsolo são o carvão, o gás natural, o petróleo, o ferro e o cobre. Os maiores importadores das mercadorias afegãs são a Alemanha e a Arábia Saudita. População
O país regista uma população de 39 232 003 habitantes (est. 2023), valor que não inclui os milhões de refugiados no Paquistão e no Irão. O Afeganistão regista uma taxa de natalidade de 46,6%o e uma taxa de mortalidade de 20,34%o. A esperança média de vida é de 54,05 anos. Há vários grupos étnicos, mas os maioritários são os Pachtun (53%), os Tajiques (20%) e os Usbeques (9%). As línguas oficiais são o dari, de origem persa, e o pachtun. Os muçulmanos sunitas são 84%, enquanto os muçulmanos xiitas correspondem a 16%. História
O Afeganistão tem sido um país muito cobiçado ao longo dos tempos. Desde Dario da Pérsia, aos Ingleses, passando por Alexandre Magno, pelos Árabes e pelos tártaros, o país foi sucessivamente ocupado. Em 1979 foi a vez dos Soviéticos. Apoiaram um governo marxista enfraquecido, mas tiveram que enfrentar os ataques da guerrilha de algumas tribos resistentes. O país ficou dividido entre os apoiantes do marxismo e os combatentes da resistência, enquanto milhões de civis fugiram para o Paquistão e para o Irão. Depois de vários anos de luta, a ex-União Soviética retirou os seus 100 000 soldados do Afeganistão. Em abril de 1992, algumas fações rebeldes tomaram Cabul, derrubaram o Governo comunista e estabeleceram uma República islâmica provisória. Os grupos rebeldes rivais não aceitaram esta situação e, desde essa data, têm-se registado alguns confrontos entre as fações. Em 1996 um grupo de fundamentalistas islâmicos - os Taliban - apoderou-se de Cabul e instituiu uma política fundamentalista extremista e opressiva, que se manteve até 2001, altura em que uma série de acontecimentos levou à sua queda. O ataque terrorista aos EUA a 11 de setembro do mesmo ano, reivindicado pela Al-Qaeda, e a consequente guerra contra o terrorismo iniciada pelos EUA, levaram a uma intervenção militar no Afeganistão e à queda do regime taliban no país. A partir de então, instituiu-se um governo de transição pós-taliban com a participação de membros do grupo rebelde do Norte. Em junho de 2002 Karzai foi eleito, por voto secreto, Presidente do Estado Islâmico de Transição do Afeganistão. Em dezembro de 2002 o Governo de transição assinalou o primeiro aniversário da queda dos Taliban. Em agosto de 2021, 20 anos após o início da intervenção militar, os militares norte-americanos concluiram a retirada do país e em poucas semanas os Taliban retomaram o poder. Desde então o país foi alvo de várias sanções internacionais e debate-se com problemas de pobreza, infraestruturas deficientes, surtos de doenças e a opressão do regime político instalado.
País do sul da Ásia. Situado a oeste da cordilheira dos Himalaias, possui uma superfície total de 647 500 km2. Faz fronteira com o Paquistão a sul e a sudeste, com o Irão a oeste, com o Turquemenistão, o Usbequistão e o Tajiquistão a norte, e com a China a nordeste. As cidades mais importantes são Cabul, a capital, com 4 589 000 habitantes (2023), Kandahar, Herat e Mozar-i-Sharif. Clima
O clima é continental árido e semiárido. As temperaturas médias variam entre -8 ºC e 2 ºC, em janeiro, e entre 16 ºC e 33 ºC, em julho. A precipitação, que ocorre essencialmente no inverno, atinge valores da ordem dos 370 mm anuais. É um país muito montanhoso, com predomínio de planaltos e montanhas, que chegam a ultrapassar 7000 m de altitude, pelo que as temperaturas no inverno são geralmente muito baixas.
Das espécies animais com interesse económico, salienta-se o carneiro caraculo, cuja lã macia e frisada é utilizada no fabrico de tapetes e de casacos.
A economia do Afeganistão assenta, sobretudo, na agricultura de subsistência. Os produtos cultivados são o trigo, o milho, a batata, a cevada, a uva, o melão, a ameixa, o marmelo, o alperce e o figo. Encontram-se também muitas plantas medicinais que no Ocidente não são conhecidas. As produções industriais estão pouco desenvolvidas e incluem têxteis, produtos farmacêuticos, produtos químicos industriais, cimento, artigos de couro, vidraria, bicicletas e produtos alimentares. As principais riquezas do subsolo são o carvão, o gás natural, o petróleo, o ferro e o cobre. Os maiores importadores das mercadorias afegãs são a Alemanha e a Arábia Saudita. População
O país regista uma população de 39 232 003 habitantes (est. 2023), valor que não inclui os milhões de refugiados no Paquistão e no Irão. O Afeganistão regista uma taxa de natalidade de 46,6%o e uma taxa de mortalidade de 20,34%o. A esperança média de vida é de 54,05 anos. Há vários grupos étnicos, mas os maioritários são os Pachtun (53%), os Tajiques (20%) e os Usbeques (9%). As línguas oficiais são o dari, de origem persa, e o pachtun. Os muçulmanos sunitas são 84%, enquanto os muçulmanos xiitas correspondem a 16%. História
O Afeganistão tem sido um país muito cobiçado ao longo dos tempos. Desde Dario da Pérsia, aos Ingleses, passando por Alexandre Magno, pelos Árabes e pelos tártaros, o país foi sucessivamente ocupado. Em 1979 foi a vez dos Soviéticos. Apoiaram um governo marxista enfraquecido, mas tiveram que enfrentar os ataques da guerrilha de algumas tribos resistentes. O país ficou dividido entre os apoiantes do marxismo e os combatentes da resistência, enquanto milhões de civis fugiram para o Paquistão e para o Irão. Depois de vários anos de luta, a ex-União Soviética retirou os seus 100 000 soldados do Afeganistão. Em abril de 1992, algumas fações rebeldes tomaram Cabul, derrubaram o Governo comunista e estabeleceram uma República islâmica provisória. Os grupos rebeldes rivais não aceitaram esta situação e, desde essa data, têm-se registado alguns confrontos entre as fações. Em 1996 um grupo de fundamentalistas islâmicos - os Taliban - apoderou-se de Cabul e instituiu uma política fundamentalista extremista e opressiva, que se manteve até 2001, altura em que uma série de acontecimentos levou à sua queda. O ataque terrorista aos EUA a 11 de setembro do mesmo ano, reivindicado pela Al-Qaeda, e a consequente guerra contra o terrorismo iniciada pelos EUA, levaram a uma intervenção militar no Afeganistão e à queda do regime taliban no país. A partir de então, instituiu-se um governo de transição pós-taliban com a participação de membros do grupo rebelde do Norte. Em junho de 2002 Karzai foi eleito, por voto secreto, Presidente do Estado Islâmico de Transição do Afeganistão. Em dezembro de 2002 o Governo de transição assinalou o primeiro aniversário da queda dos Taliban. Em agosto de 2021, 20 anos após o início da intervenção militar, os militares norte-americanos concluiram a retirada do país e em poucas semanas os Taliban retomaram o poder. Desde então o país foi alvo de várias sanções internacionais e debate-se com problemas de pobreza, infraestruturas deficientes, surtos de doenças e a opressão do regime político instalado.
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Como referenciar
Porto Editora – Afeganistão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-24 01:39:42]. Disponível em
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