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afro-americanos

A expressão afro-americanos, ou africanos-americanos, diz respeito a uma população de ascendência africana, estimada em cerca de 40 milhões de pessoas nos anos 90, a viver nos EUA. Paralelamente a esta designação, também é utilizado o termo black, que é aliás o preferido pela própria comunidade afro-americana, conforme o resultado de uma pesquisa efetuada por uma entidade pertencente àquela comunidade e sediada em Washington D.C. Apesar de ambas as designações serem equivalentes, alguns estudiosos consideram que black é uma expressão mais abrangente do que afro-americano, não só por dizer respeito a uma comunidade mais alargada e com uma história mais longa, mas também por englobar vários grupos que, assumindo-se como pretos ou negros, e apesar de possuírem uma herança africana, não se identificam diretamente como afro-americanos, quer em termos étnicos quer "raciais". Neste contexto, o termo black englobaria tanto os que se consideram afro-americanos, como os negros porto-riquenhos, os jamaicanos, os nigerianos ou os haitianos.
Os afro-americanos são maioritariamente descendentes dos escravos levados de África para os EUA, sobretudo nos séculos XVII e XVIII e especialmente para as regiões do Sul, e que constituíram a principal força de trabalho até à abolição da escravatura, em meados do século XIX. Nos EUA e nos restantes países de cultura ocidental, a escravatura foi legitimada teoricamente pelo racismo, conceito que defendia a supremacia da "raça" branca sobre as restantes. O racismo sobreviveu ao fim da escravatura e, hoje, apesar de a situação dos negros nos EUA ter evoluído consideravelmente em termos económicos, de educação, trabalho, política, exército, entre outros, a desejada equidade em termos sociais com a comunidade branca está longe de ser atingida.
Existem contudo sinais que apontam para uma maior aceitação por parte da comunidade branca em relação ao convívio diário com a comunidade afro-americana nas escolas e nos empregos. Vários membros da comunidade negra têm conseguido posições de destaque na sociedade militar e civil, como é o caso do general Colin Powell, ou das estrelas da TV Oprah Winfrey e Bill Cosby, para além daqueles que através do desporto, praticamente a única forma de destaque social "permitida" durante muito tempo, se tornaram aceites pelos americanos, como é o caso de Michael Jordan.
A partir dos anos 80, assistiu-se a uma mudança na comunidade negra norte-americana na área da política com as eleição dos primeiros presidentes de Câmara negros, em Chicago e Nova Iorque, e do primeiro governador negro, Jesse Jackson, no estado de Virgínia. Apesar desta evolução, e paradoxalmente, os incidentes e a violência relacionados com a discriminação racial têm aumentado, como foi o caso dos tumultos relacionados com a absolvição de quatro polícias brancos acusados pelo espancamento de um negro, em 1992, em Los Angeles.
Muitos especialistas apontam para a existência de duas sociedades paralelas: a dos negros e a dos brancos. A pobreza decorrente do desemprego é talvez a característica mais penalizante da situação da comunidade negra, que tem três vezes mais de população pobre do que a comunidade branca, afetando a pobreza em grande escala as crianças e os jovens.
A família afro-americana é estruturalmente mais frágil do que a branca-americana devido à existência de um maior número de famílias assumidas por mães solteiras, uma tendência geral da sociedade americana com maior incidência na comunidade afro-americana (cerca de 20% nas famílias brancas e 50% nas famílias negras). Paralelamente, as famílias afro-americanas são constituídas por mais elementos do que as famílias brancas, apesar de menos do que as famílias das comunidades latinas. Apesar de uma maior frequência das escolas, de um mais elevado nível de resultados escolares e uma maior frequência nas universidades pela comunidade negra, verifica-se ainda uma segregação entre brancos, negros e latinos nas escolas públicas, isto para além da resistência por parte de muitas universidades públicas e privadas quanto à inserção de currículos multiculturais ou de assuntos "negros".
Os direitos civis da comunidade negra conquistados ao longo do século XX têm sofrido alguns revezes em termos de decisões judiciais do Supremo Tribunal, consideradas pouco consentâneas com a desejada igualdade social e étnica. Se, por um lado, cresceu a percentagem de profissionais negros nos tribunais e na polícia, por outro lado também cresceu a percentagem de afro-americanos entre a população prisional dos EUA.
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Como referenciar
Porto Editora – afro-americanos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-03 18:25:53]. Disponível em
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