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Akh
O akh era tido como a forma na qual os mortos habitavam no submundo, além da síntese completa e com sucesso do ka e do ba. Uma vez criado a partir desta feliz conjugação, o akh era considerado como imutável e perene, para toda a eternidade. Além de ser representado com uma forma física, era comum o akh ser representado como uma figura mumiforme do género chauabti. Além disso, a palavra akh era escrita com signo hieroglífico que representa o chamado “íbis emplumado” ou de “poupa”.
Todos os mortos que passavam pelo julgamento por Osíris chegavam intocáveis ao Além, passando a constituir-se como um ser “luminoso e osirificado”, como referia Luís Araújo, iminente egiptólogo português. O corpo humano, depois de morto e tendo recebido a bênção e glorificação por Osíris, acreditavam os Antigos Egípcios, tornava-se solar, isto é, renascia, no seu conceito de vida além-túmulo. O corpo humano, neste processo de “osirificação”, recebia a glória da vida eterna e poderia habitar na corte celeste dos deuses egípcios. Enfim, tornava-se num akh. Mas sem perder os seus ka e ba, constituindo a harmonia trina do ser. Resplendor, brilho e luz são os significados do akh, que o seu sinal hieroglífico potencia através do íbis.
Além destas significações, o akh é símbolo ou evocação de utilidade, pragmatismo, perfeição nos atos, como nos sugere a onomástica real. Por exemplo, a de Akhenaton (Amen-hotep IV, faraó da XVIII dinastia), que quer dizer “O que é útil a Atoo”, além de significar ideais de magnanimidade, glória, bom governo, solaridade. Não apenas os defuntos na sua caminhada para o Além se transformavam em akh, ou o recebiam na sua osirificação, como também as divindades tinham o seu akh, como Ísis, o próprio Osíris, Atum, Ré, Ptah, entre outros mais importantes. Todos os que têm akh eram designados por akhu chepesu, ou seja, “espíritos gloriosos”. Espiritual, o akh não existe como entidade psíquica única, mas apenas em sintonia, harmonia, perfeição com os demais elementos, tantos nos defuntos como nos deuses, ou seja, os que superaram a vida e o julgamento divino para alcançarem, pela síntese do akh com o ba e o ka, a par do nome e da sombra, as glórias da eternidade na vida além-túmulo.
Todos os mortos que passavam pelo julgamento por Osíris chegavam intocáveis ao Além, passando a constituir-se como um ser “luminoso e osirificado”, como referia Luís Araújo, iminente egiptólogo português. O corpo humano, depois de morto e tendo recebido a bênção e glorificação por Osíris, acreditavam os Antigos Egípcios, tornava-se solar, isto é, renascia, no seu conceito de vida além-túmulo. O corpo humano, neste processo de “osirificação”, recebia a glória da vida eterna e poderia habitar na corte celeste dos deuses egípcios. Enfim, tornava-se num akh. Mas sem perder os seus ka e ba, constituindo a harmonia trina do ser. Resplendor, brilho e luz são os significados do akh, que o seu sinal hieroglífico potencia através do íbis.
Além destas significações, o akh é símbolo ou evocação de utilidade, pragmatismo, perfeição nos atos, como nos sugere a onomástica real. Por exemplo, a de Akhenaton (Amen-hotep IV, faraó da XVIII dinastia), que quer dizer “O que é útil a Atoo”, além de significar ideais de magnanimidade, glória, bom governo, solaridade. Não apenas os defuntos na sua caminhada para o Além se transformavam em akh, ou o recebiam na sua osirificação, como também as divindades tinham o seu akh, como Ísis, o próprio Osíris, Atum, Ré, Ptah, entre outros mais importantes. Todos os que têm akh eram designados por akhu chepesu, ou seja, “espíritos gloriosos”. Espiritual, o akh não existe como entidade psíquica única, mas apenas em sintonia, harmonia, perfeição com os demais elementos, tantos nos defuntos como nos deuses, ou seja, os que superaram a vida e o julgamento divino para alcançarem, pela síntese do akh com o ba e o ka, a par do nome e da sombra, as glórias da eternidade na vida além-túmulo.
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Como referenciar
Porto Editora – Akh na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-07 02:05:27]. Disponível em
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