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Alexandre da Conceição
Poeta, jornalista, crítico literário e polemista da segunda metade do século XIX, nascido em 1842, em Ílhavo, e falecido em 1889, Viseu. A evolução do seu percurso literário documenta a transição do romantismo social para o Realismo-Naturalismo.
Formado em Engenharia, foi diretor das Obras Públicas no distrito de Viseu. Pertenceu ao grupo de poetas ligados à revista portuense A Grinalda, a que Teófilo Braga chamou o repositório da "última fase da poesia lírica do Romantismo em Portugal", e fundou, em 1876 e 1877, respetivamente, as revistas A Evolução e A Revolução, mas deixou uma imensa colaboração dispersa por periódicos como A Folha, Jornal do Porto, Literatura Ocidental, O Ocidente, O Primeiro de janeiro, O Século, A Renascença e A Folha Nova. Em 1881, envolveu-se numa polémica com Camilo Castelo Branco a propósito dos romances A Corja e Eusébio Macário, durante a qual considerou Camilo "o representante mais autorizado do antigo formalismo retórico do velho espírito humanista e letrado", negando-lhe qualquer contributo para o "desenvolvimento intelectual e moral da sociedade portuguesa". Republicano e anticlerical, manifestou-se contra "o espiritualismo neocatólico, essa deplorável reação do sentimentalismo beato contra o espírito crítico e eminentemente científico do século XVIII", que responsabilizava pelo advento de "essa coisa absurda, monstruosa, incongruente e doentia, que se chama romantismo, uma das mais notáveis e perniciosas doenças mentais de que tem padecido a humanidade, doença que a atrasou quasi um século no seu natural desenvolvimento". Morreu relativamente novo, esgotado por uma doença nervosa, agravada pela morte da mulher. Em 1892, Teófilo Braga organizou a edição do seu volume póstumo de poesias, Outonais.
Formado em Engenharia, foi diretor das Obras Públicas no distrito de Viseu. Pertenceu ao grupo de poetas ligados à revista portuense A Grinalda, a que Teófilo Braga chamou o repositório da "última fase da poesia lírica do Romantismo em Portugal", e fundou, em 1876 e 1877, respetivamente, as revistas A Evolução e A Revolução, mas deixou uma imensa colaboração dispersa por periódicos como A Folha, Jornal do Porto, Literatura Ocidental, O Ocidente, O Primeiro de janeiro, O Século, A Renascença e A Folha Nova. Em 1881, envolveu-se numa polémica com Camilo Castelo Branco a propósito dos romances A Corja e Eusébio Macário, durante a qual considerou Camilo "o representante mais autorizado do antigo formalismo retórico do velho espírito humanista e letrado", negando-lhe qualquer contributo para o "desenvolvimento intelectual e moral da sociedade portuguesa". Republicano e anticlerical, manifestou-se contra "o espiritualismo neocatólico, essa deplorável reação do sentimentalismo beato contra o espírito crítico e eminentemente científico do século XVIII", que responsabilizava pelo advento de "essa coisa absurda, monstruosa, incongruente e doentia, que se chama romantismo, uma das mais notáveis e perniciosas doenças mentais de que tem padecido a humanidade, doença que a atrasou quasi um século no seu natural desenvolvimento". Morreu relativamente novo, esgotado por uma doença nervosa, agravada pela morte da mulher. Em 1892, Teófilo Braga organizou a edição do seu volume póstumo de poesias, Outonais.
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Como referenciar
Porto Editora – Alexandre da Conceição na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-08-14 02:19:32]. Disponível em
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