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altruísmo
Conceito do domínio da ética, de acordo com o qual uma ação é moralmente correta quando as consequências da mesma são mais favoráveis do que desfavoráveis a todos, exceto ao agente. Constitui um forma de consequencialismo, teoria moral segundo a qual uma ação é moralmente correta quando as suas consequências são mais favoráveis do que desfavoráveis. O altruísmo opõe-se ao egoísmo ético, para o qual uma ação é moralmente correta quando as suas consequências são mais favoráveis do que desfavoráveis para o agente da ação. Existem duas possibilidades de fundamentação do altruísmo. Uma delas parte do princípio de que este constitui uma tendência humana inata, "instintiva". A outra situa o altruísmo ao nível da ética normativa.
Da teoria ética do altruísmo e do seu oposto - o egoísmo - nascem perspetivas divergentes quanto aos modelos ideais de sociedade, isto é, à busca dos índices de possibilidade de conciliação dos direitos individuais com os direitos do outro e com os direitos coletivos. Uma possibilidade é a da construção de um modelo egoísta, isto é, que relacione as variáveis em jogo apenas com o indivíduo (direitos individuais). Outro modelo é aquele que aposta na interdependência, isto é, numa relação entre vários agentes. Esta interdependência pode ser positiva ou negativa. Negativa, se for apenas sofrida pelo sujeito (por exemplo, se os seus direitos individuais fundamentais não são respeitados em nome de qualquer dependência dos direitos coletivos) ou se o sujeito reagir negativamente à existência dos direitos alheios ou à necessidade de partilhar o espaço vital com outros. A interdependência pode ser positiva se o sujeito avaliar a presença do outro e a necessidade de partilha do espaço de uma forma positiva ou, pelo menos, não negativa. Trata-se, então, de um modelo de coexistência altruística. Este modelo pode ter um carácter de necessidade (por exemplo, a interdependência entre o Norte e o Sul, na qual está em jogo também a sobrevivência dos países do Norte) ou pode ser da ordem da convicção, do "compromisso" de respeitar o(s) outro(s).
Sendo assim, pode falar-se de vários graus de altruísmo: a defesa dos interesses do outro com o qual os interesses individuais se cruzam (por exemplo, um empresário paga bons salários para evitar greves na sua fábrica). Neste caso, pode também falar-se de uma forma de altruísmo minimalista. Existe ainda o altruísmo subjacente à defesa dos interesses dos indivíduos com quem o sujeito tem uma relação afetiva (parentes, amigos, etc.). Contudo, existem graus de altruísmo dificilmente explicáveis ao abrigo da simples lógica de defesa dos próprios interesses (por exemplo, dar sangue, fazer doações anónimas, morrer por uma causa, dar a vida por outro). Estas atitudes parecem encontrar explicação apenas ao nível das convicções éticas e denotam uma forma de altruísmo maximalista.
Da teoria ética do altruísmo e do seu oposto - o egoísmo - nascem perspetivas divergentes quanto aos modelos ideais de sociedade, isto é, à busca dos índices de possibilidade de conciliação dos direitos individuais com os direitos do outro e com os direitos coletivos. Uma possibilidade é a da construção de um modelo egoísta, isto é, que relacione as variáveis em jogo apenas com o indivíduo (direitos individuais). Outro modelo é aquele que aposta na interdependência, isto é, numa relação entre vários agentes. Esta interdependência pode ser positiva ou negativa. Negativa, se for apenas sofrida pelo sujeito (por exemplo, se os seus direitos individuais fundamentais não são respeitados em nome de qualquer dependência dos direitos coletivos) ou se o sujeito reagir negativamente à existência dos direitos alheios ou à necessidade de partilhar o espaço vital com outros. A interdependência pode ser positiva se o sujeito avaliar a presença do outro e a necessidade de partilha do espaço de uma forma positiva ou, pelo menos, não negativa. Trata-se, então, de um modelo de coexistência altruística. Este modelo pode ter um carácter de necessidade (por exemplo, a interdependência entre o Norte e o Sul, na qual está em jogo também a sobrevivência dos países do Norte) ou pode ser da ordem da convicção, do "compromisso" de respeitar o(s) outro(s).
Sendo assim, pode falar-se de vários graus de altruísmo: a defesa dos interesses do outro com o qual os interesses individuais se cruzam (por exemplo, um empresário paga bons salários para evitar greves na sua fábrica). Neste caso, pode também falar-se de uma forma de altruísmo minimalista. Existe ainda o altruísmo subjacente à defesa dos interesses dos indivíduos com quem o sujeito tem uma relação afetiva (parentes, amigos, etc.). Contudo, existem graus de altruísmo dificilmente explicáveis ao abrigo da simples lógica de defesa dos próprios interesses (por exemplo, dar sangue, fazer doações anónimas, morrer por uma causa, dar a vida por outro). Estas atitudes parecem encontrar explicação apenas ao nível das convicções éticas e denotam uma forma de altruísmo maximalista.
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Como referenciar
Porto Editora – altruísmo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-22 17:08:50]. Disponível em
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