Annie Besant
Teósofa, ativista e escritora inglesa, Annie Wood Besant nasceu em 1847, em Clapham, em Londres, na Grã-Bretanha.
Órfã de pai aos 5 anos, casou-se aos 19 anos com Frank Besant, vigário em Lincolnshire, com o qual teve dois filhos. Em 1873, em resultado do seu espírito independente, que colidia com a visão tradicional do marido, e da crescente dúvida sobre a sua crença religiosa, o casal divorciou-se legalmente e Annie Besant estabeleceu-se, em Londres, com a filha.
Rejeitando completamente o Cristianismo, aderiu à Sociedade Secular, em 1874. Aí, conheceu Charles Bradlaugh, editor da revista radical National Reforme e livre-pensador do movimento secular na Grã-Bretanha, e com o qual colaborou, escrevendo para aquela revista artigos sobre o casamento e os direitos das mulheres. Em 1877, Annie Besant e Charles Bradlaugh reeditaram um antigo folheto, The Fruits of Philosophy, no qual se defendia o planeamento familiar. Em consequência disso, foram acusados de corromper e de depravar as mentalidades, sendo, por isso, obrigados a cumprir uma pena de 6 meses de prisão, no entanto, a sentença foi revogada pelo Tribunal de Segunda Instância. Pouco tempo depois, Besant publicou o seu próprio livro sobre planeamento familiar, The Laws of Population. Esta obra provocou uma enorme polémica, tendo o jornal The Times acusado Besant de escrever um livro indecente e obsceno e o ex-marido de Annie Besant, aproveitando-se da ocasião, tentou persuadir os tribunais de que ele deveria ficar com a custódia da filha.
Durante a década de 1880, continuou o seu ativismo, escrevendo e falando sobre os salários baixos e as condições insalubres das industrias que afetavam as jovens trabalhadoras. Depois de conhecer a espiritualista Blavatsky, que tinha fundado a Sociedade Teosófica, em 1875, Annie Besant converteu-se à Teosofia, em 1887. Em 1907, Besant foi presidente daquela Sociedade, ocupando o cargo até à data da sua morte.
Pouco depois de aderir à Sociedade Teosófica, estabeleceu-se na Índia, onde viveu até ao fim da sua vida. Aí, estudou a filosofia dos hindus e os conceitos que nela se integram, como karma, reincarnação, nirvana, entre outros. Criou a Universidade Central Hindu, em Benares (1889), e organizou a Indian Home Rule League da qual se tornou presidente em 1916. No ano seguinte, foi eleita presidente do Congresso Nacional da Índia e secretária-geral da Convenção Nacional da Índia, em 1923.
No final dos anos 20, a ativista trabalhou em Inglaterra e nos Estados Unidos com o seu protegido Jiddu Krishnamurti, que Besant considerava ser o novo Messias e a incarnação de Buda. No entanto, Krishnamurti rejeitou essas afirmações, em 1929.
Das obras publicadas da teósofa destacam-se Reincarnation (1892), The Basis of Morality (1915), A World Religion (1916) e India, Bond or Free? (1926).
Annie Besant faleceu em 1933, em Madras, na Índia.
Órfã de pai aos 5 anos, casou-se aos 19 anos com Frank Besant, vigário em Lincolnshire, com o qual teve dois filhos. Em 1873, em resultado do seu espírito independente, que colidia com a visão tradicional do marido, e da crescente dúvida sobre a sua crença religiosa, o casal divorciou-se legalmente e Annie Besant estabeleceu-se, em Londres, com a filha.
Rejeitando completamente o Cristianismo, aderiu à Sociedade Secular, em 1874. Aí, conheceu Charles Bradlaugh, editor da revista radical National Reforme e livre-pensador do movimento secular na Grã-Bretanha, e com o qual colaborou, escrevendo para aquela revista artigos sobre o casamento e os direitos das mulheres. Em 1877, Annie Besant e Charles Bradlaugh reeditaram um antigo folheto, The Fruits of Philosophy, no qual se defendia o planeamento familiar. Em consequência disso, foram acusados de corromper e de depravar as mentalidades, sendo, por isso, obrigados a cumprir uma pena de 6 meses de prisão, no entanto, a sentença foi revogada pelo Tribunal de Segunda Instância. Pouco tempo depois, Besant publicou o seu próprio livro sobre planeamento familiar, The Laws of Population. Esta obra provocou uma enorme polémica, tendo o jornal The Times acusado Besant de escrever um livro indecente e obsceno e o ex-marido de Annie Besant, aproveitando-se da ocasião, tentou persuadir os tribunais de que ele deveria ficar com a custódia da filha.
Pouco depois de aderir à Sociedade Teosófica, estabeleceu-se na Índia, onde viveu até ao fim da sua vida. Aí, estudou a filosofia dos hindus e os conceitos que nela se integram, como karma, reincarnação, nirvana, entre outros. Criou a Universidade Central Hindu, em Benares (1889), e organizou a Indian Home Rule League da qual se tornou presidente em 1916. No ano seguinte, foi eleita presidente do Congresso Nacional da Índia e secretária-geral da Convenção Nacional da Índia, em 1923.
No final dos anos 20, a ativista trabalhou em Inglaterra e nos Estados Unidos com o seu protegido Jiddu Krishnamurti, que Besant considerava ser o novo Messias e a incarnação de Buda. No entanto, Krishnamurti rejeitou essas afirmações, em 1929.
Das obras publicadas da teósofa destacam-se Reincarnation (1892), The Basis of Morality (1915), A World Religion (1916) e India, Bond or Free? (1926).
Annie Besant faleceu em 1933, em Madras, na Índia.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Annie Besant na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-08-15 23:53:44]. Disponível em
Artigos
-
ÍndiaGeografia País do Sul da Ásia. Faz fronteira com o Paquistão, a noroeste, com a China, o Nepal e o B...
-
MadrasCapital do Estado indiano de Tamil Nadu. Com uma população de 4 466 900 habitantes (2004) na sua áre...
-
InglaterraPaís do Reino Unido. Ocupa a parte central e sul da ilha da Grã-Bretanha. A Inglaterra é o país hist...
-
AnnieFilme familiar musical norte-americano realizado em 1982 por John Huston, Annie foi interpretado por...
-
Grã-BretanhaSituada ao largo da costa ocidental da Europa, a Grã-Bretanha é, com os seus 229 903 km2, a maior da...
ver+