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As Variedades de Proteu
Ópera editada em 1737 por António Isidoro da Fonseca, em vida de A. J. da Silva.
Dividida em três atos, pode ler-se na obra o argumento que se segue:
"Sendo Políbio cabeça de uma parcialidade que em Egito se fulminou sobre a deposição de um monarca daquela coroa, prevalecendo o poder contrário, foi preciso a Políbio retirar-se com uma filha única, chamada Cirene; e, chegando a Beócia, por caminhar mais oculto, deixou em uma rústica aldeia daquele país a Cirene, até que achasse seguro porto a sua errante fortuna. Chegando a Flegra, cidade do Arquipélago, foi recebido de El-Rei Ponto, com distinção nas estimações, mandando-o outra vez a Beócia para condutor da filha daquele monarca, também chamada Cirene, para esposa de Nereu, seu filho. Em Beócia, soube Políbio ser falecida de pouco aquela princesa, por cujo motivo, incitado Políbio da ambição de ver coroada sua filha, dissimulando a embaixada a conduziu a Flegra para esposa de Nereu, afirmando ser a filha de El-Rei da Beócia.
No mesmo tempo, chegou Dórida, ou Dóris, filha de El-Rei de Egnido, para esposa de Proteu, também filho de El-Rei Ponto; porém, inflamado Proteu excessivamente na formosura de Cirene, valendo-se das variedades da sua forma - privilégio que lhe concederam os deuses -, intentou com extremos persuadir-lhe o seu amor, que impedindo-lhe Políbio na brevidade que intentava do himeneu de sua filha, Proteu o quis matar, cujo golpe casualmente recebeu Cirene, procurando impedi-lo; e, sendo achado o punhal na mão de Políbio, foi condenado ao sacrifício de Astreia; e, para mostrar a sua inocência e evitar a vítima da sua vida, foi preciso a Cirene declarar que Políbio era seu pai. Vendo Nereu o engano, levado da altivez do seu génio, repudiou a Cirene, a quem recebeu Proteu, estimando como fortuna o mesmo engano, ficando Dórida para esposa de Nereu, e ambos satisfeitos na mudança das esposas.
Servem de episódio a esta obra as variedades e transformações de Proteu para conseguir os favores de Cirene."
Dividida em três atos, pode ler-se na obra o argumento que se segue:
"Sendo Políbio cabeça de uma parcialidade que em Egito se fulminou sobre a deposição de um monarca daquela coroa, prevalecendo o poder contrário, foi preciso a Políbio retirar-se com uma filha única, chamada Cirene; e, chegando a Beócia, por caminhar mais oculto, deixou em uma rústica aldeia daquele país a Cirene, até que achasse seguro porto a sua errante fortuna. Chegando a Flegra, cidade do Arquipélago, foi recebido de El-Rei Ponto, com distinção nas estimações, mandando-o outra vez a Beócia para condutor da filha daquele monarca, também chamada Cirene, para esposa de Nereu, seu filho. Em Beócia, soube Políbio ser falecida de pouco aquela princesa, por cujo motivo, incitado Políbio da ambição de ver coroada sua filha, dissimulando a embaixada a conduziu a Flegra para esposa de Nereu, afirmando ser a filha de El-Rei da Beócia.
No mesmo tempo, chegou Dórida, ou Dóris, filha de El-Rei de Egnido, para esposa de Proteu, também filho de El-Rei Ponto; porém, inflamado Proteu excessivamente na formosura de Cirene, valendo-se das variedades da sua forma - privilégio que lhe concederam os deuses -, intentou com extremos persuadir-lhe o seu amor, que impedindo-lhe Políbio na brevidade que intentava do himeneu de sua filha, Proteu o quis matar, cujo golpe casualmente recebeu Cirene, procurando impedi-lo; e, sendo achado o punhal na mão de Políbio, foi condenado ao sacrifício de Astreia; e, para mostrar a sua inocência e evitar a vítima da sua vida, foi preciso a Cirene declarar que Políbio era seu pai. Vendo Nereu o engano, levado da altivez do seu génio, repudiou a Cirene, a quem recebeu Proteu, estimando como fortuna o mesmo engano, ficando Dórida para esposa de Nereu, e ambos satisfeitos na mudança das esposas.
Servem de episódio a esta obra as variedades e transformações de Proteu para conseguir os favores de Cirene."
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Como referenciar
Porto Editora – As Variedades de Proteu na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 20:48:05]. Disponível em
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