Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais

Augusto Hilário

Fadista, estudante e poeta, Augusto Hilário da Costa Alves nasceu a 7 de janeiro de 1864, em Viseu, e faleceu no dia 3 de março de 1896, na mesma cidade. É o mito fundador do fado de Coimbra. O seu nome de batismo é Lázaro Augusto. Só após o crisma é que terá adotado o nome de Augusto Hilário.
Depois de ter estudado Matemáticas, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Coimbra, em 1886. E foi naquela cidade de estudantes e de boémia que espraiou a sua criatividade artística e começou a definir o estilo musical da própria cidade. Na verdade, o fado de Hilário era no essencial semelhante ao fado de Lisboa. A principal diferença foi a elevação das letras e a temática cantada, incluindo até alguns poetas eruditos. Entre outros, Hilário cantou Guerra Junqueiro, António Nobre, João de Deus, Teixeira de Pascoaes, Fausto Guedes Teixeira e Ladislau Patrício. Além de um extenso repertório da sua própria autoria, de que sobraram algumas quadras. O mais famoso de todos é sem dúvida o "Fado Serenata do Hilário", que na altura foi editado com a chancela da Neuparth e Companhia, com dedicatória "Às damas portuguesas". Este fado, composto por 26 quadras em redondilha maior, sofreu muitas mutações ao longo dos anos.
Em 1895 terá participado numa homenagem a João de Deus no Teatro D. Maria II, a que assistiu o próprio rei D. Carlos e toda a família real. Durante o espetáculo, terá lançado a guitarra para o público. Nunca mais foi recuperada. Pouco mais tarde, participou num outro concerto, de homenagem a Gervásio Lobato, no Atneu Comercial de Lisboa. Foi-lhe oferecida uma guitarra e uma placa de prata. Essa guitarra foi conservada, integrando o espólio do Museu Académico de Coimbra.
Virtuoso na música, desleixado nos estudos, Hilário foi uma figura muito popular, não só na cidade de Coimbra, mas em todo o país, tendo admiradores em todas as classes sociais. Faleceu, com apenas 32 anos, na sua cidade Natal, Viseu, vítima de "icterícia grave". O seu funeral foi um acontecimento nacional, com uma multidão a acompanhar o cortejo fúnebre até ao jazigo da sua família no cemitério de Viseu. Frequentava o 3.º ano do curso de Medicina. Não existem quaisquer registos fonográficos do seu tempo, mas muitas das suas canções foram transmitidas através da tradição oral. Em 1928, António Menano gravou o Fado do Hilário, versão que resistiu até aos nossos dias.
Augusto Hilário continua a ser a figura mais emblemática da música de Coimbra. Ao longo dos anos foram-lhe prestadas inúmeras homenagens, incluindo um jornal com o seu nome, nomes de rua e uma estátua em Viseu.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Augusto Hilário na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 22:28:37]. Disponível em
Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais