Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais

Batalha de Guadalcanal

Guadalcanal é uma das ilhas do arquipélago de Salomão, situando-se na parte meridional deste, no Pacífico Ocidental, não longe da Austrália. Antiga colónia britânica, as ilhas achavam-se ocupadas pelos Japoneses na sequência do ataque surpresa a Pearl Harbour, Hawai, na madrugada de 7 de dezembro de 1941. Depois das batalhas de Midway e do mar de Coral, no primeiro semestre de 1942, os Aliados, encabeçados pelos norte-americanos, mas integrando forças da Austrália e da Nova Zelândia, apostaram tudo numa grande ofensiva pelo ar, mar e terra contra o avanço inexorável das tropas japonesas no Pacífico Sul. As matérias-primas australianas (carvão, minerais metálicos, trigo, lã) eram o zénite da cobiça nipónica. A fraqueza e derrotas sucessivas dos Britânicos em Singapura e dos Holandeses na Indonésia abriam as portas da Austrália a Tóquio. Era imperativo estrangular a ofensiva japonesa e virar a guerra, na direção do Japão.
A ilha de Guadalcanal foi a escolhida, a par das ilhas vizinhas de Florida, Gavutu, Tanambogo e Tulagi, para se inverter o curso dos acontecimentos, numa operação denominada Watchtower ("atalaia", "torre de vigia"). Entre 7 de agosto de 1942 e 9 de fevereiro de 1943, 60 000 tropas [ ]de ar, terra e mar dos EUA, Austrália e Nova Zelândia (além de naturais de Tonga e das Ilhas Salomão), comandadas pelos vice-almirantes Robert Ghormley e Frank J. Fletcher (comando tático), o Major-General marine Alexander Vandegrift (comando das operações terrestres), secundados pelos almirantes William Halsey e Richmond K. Turner e pelo general marine Alexander Patch, lutaram contra cerca de 37 000 (ou 30 000) nipónicos, comandados pelo general Hyakutake Haruyoshi (Exército Imperial) e pelo almirante Gunichi Mikawa (Armada Imperial), além dos alimirantes Isoroku Yamamoto e Nishizo Tsukahara e do vice-almirante Jinichi Kusaka.
As baixas foram enormes do lado japonês, saldando-se em cerca de 25 000 mortos em terra, 3500 no mar, 1200 em combates aéreos e 1000 prisioneiros, não esquecendo cerca de 40 navios afundados e perto de 900 aviões abatidos. Do lado dos vencedores, os Aliados, cerca de 1800 militares tombaram em combates terrestres, quase 5000 no mar e aproximadamente 400 no ar, além de 30 navios e mais de 600 aviões abatidos.
A posição assaltada foi a japonesa, cujos efetivos se entrincheiraram nas referidas ilhas, mais em Guadalcanal, onde estavam, à data do começo das operações, a construir um aeroporto, que teria como objetivo a interceção de comunicações e ligações aeronavais entre os EUA e a Austrália. Num ataque relâmpago, o aeroporto em construção foi atacado e ocupado pelos Aliados, passando a chamar-se de Henderson Field, sem que tivesse havido grande resistência. O que parecia uma operação fácil e rápida logo se revelou sangrenta e delicada, pois o contra-ataque japonês foi fulminante: a 8 de agosto de 1942, no dia seguinte à tomada do aeroporto, deu-se a mais importante batalha naval depois de Pearl Harbour, no Pacífico, na Segunda Guerra Mundial. Os Aliados foram derrotados na chamada batalha da ilha de Savo. Os Aliados perdiam o controlo da rota de apoio logístico a Henderson Field, mas este aeroporto não caiu nas mãos dos Japoneses, o que fez o contra-ataque destes um insucesso. Mantida a pista de aviação nas mãos dos Aliados, sustida a contraofensiva nipónica, chegou a vez daqueles, de atacar e banir a ocupação japonesa de toda a ilha e outras circundantes. O poder de fogo e a diferença na capacidade de abastecimento, de tecnologia, além do número de efetivos, potenciaram o decurso favorável aos EUA e seus aliados.
Uma vitória dura e sangrenta, que se tornou o teatro decisivo da campanha do Pacífico, pois passou-se de uma lógica de defesa e contra-ataque dos Aliados para uma estratégia ofensiva e de combinação inter-armas para impor derrotas sucessivas ao Japão, conquistando-se ilha por ilha, atol por atol.
Guadalcanal foi assim o ponto de viragem da Guerra do Pacífico, como o foi a Normandia na Europa ou El-Alamein em África.
Esta campanha militar tornou-se num dos ícones históricos e de memória dos EUA em relação à Segunda Guerra Mundial, só comparável a Pearl Harbour, Iwo Jima ou Okinawa, para não falar em Hiroshima e Nagasáki, entre outros marcos decisivos da vitória sobre o Império do Sol Nascente.
Além da literatura e dos ensaios de história militar e contemporânea, além das memórias de ex-combatentes, destacam-se as produções fílmicas, desde logo do final da guerra, como Flying Leathernecks, de Nicholas Ray (1951) e, mais recentemente, uma da obras-primas do cinema contemporâneo, The Thin Red Line, de Terence Malick (1998), onde se destaca o quotidiano, palmo a palmo, da batalha terrestre de Guadalcanal.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Batalha de Guadalcanal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 06:10:49]. Disponível em
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Batalha de Guadalcanal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 06:10:49]. Disponível em
Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais