Béla Balàzs
Poeta, argumentista, dramaturgo, crítico de cinema e realizador húngaro, Béla Balàzs nasceu com o nome Herbert Bauer, a 4 de agosto de 1884, em Szeged. O pai era tradutor e foi transferido para Lõcse, uma pequena cidade no remoto Norte da Hungria, por causa das suas opiniões liberais. Com a sua morte, em 1897, a mãe do jovem Herbert regressou com os seus três filhos a Szeged.
Ainda na escola, publicou os seus primeiros trabalhos na imprensa local, usando o pseudónimo Béla Balàzs. Terminados os seus estudos secundários em 1902, foi viver para Budapeste. Aí, ingressou no reputado Eötvös Collegium, onde teve por amigos Zoltán Kodály e Béla Bartók. Balàzs prosseguiu os seus estudos em Berlim e em Paris, e publicou uma tese de doutoramento sobre as tragédias de Friedrich Hebbel.
Em 1910 escreveu o libretto da famosa ópera de Béla Bartók, A Kékszakàllú Herceg Vára (O Castelo do Duque Barba-Azul), que foi estreada em 1913.
Com o rebentamento da Primeira Grande Guerra, Balàzs alistou-se como voluntário, chegando a lutar na frente de combate, mas foi licenciado dos seus deveres, após ter adoecido gravemente.
Em 1919, a Hungria sofreu uma tentativa de revolução comunista, que falhou ao fim de cento e trinta e três dias. Pelo seu envolvimento na revolução, Balàzs foi obrigado a exilar-se na companhia da sua esposa. Chegou nesse mesmo ano a Viena, onde cooperou com o realizador Hans Otto Löwenstein. Em 1922 publicou o seu primeiro ensaio sobre teoria do cinema, Der Sichtbare Mensch (O Homem Seguro).
Com o declínio da indústria cinematográfica austríaca, em 1926, Balàzs mudou-se para Berlim, onde passou a escrever argumentos para filmes com tendências políticas de esquerda. Trabalhou numa adaptação para cinema da peça de teatro de Bertholt Brecht, Dreigroschenoper (1930, A Ópera dos Três Vinténs), mas o descontentamento do autor originou um processo no tribunal. Em 1931 colaborou com Leni Riefenstahl na feitura de Das Blaue Licht (A Luz Azul).
Com a vitória do Nacional-Socialismo na Alemanha, Balàzs mudou-se para a União Soviética, lecionando Estética no Instituto Cinematográfico Estatal de Moscovo, de 1933 a 1945. Perseguido pelos ortodoxos estalinistas, escreveu, em 1939, um poema dedicado a Estaline, que acabou por não surtir grande efeito na melhoria da sua situação.
Com a implantação do domínio soviético na Hungria, Balàzs regressou ao seu país, encarregado de auxiliar o esforço de reconstrução da indústria cinematográfica húngara. Passou a lecionar na Academia do Teatro e Artes do Cinema e continuou a escrever argumentos, que foram sendo recusados pelas autoridades comunistas, talvez pela sua complexidade teórica.
Faleceu a 17 de maio de 1949, em Budapeste. Em 1959 foi inaugurado, nessa cidade, o Estúdio Experimental Béla Balàzs.
Ainda na escola, publicou os seus primeiros trabalhos na imprensa local, usando o pseudónimo Béla Balàzs. Terminados os seus estudos secundários em 1902, foi viver para Budapeste. Aí, ingressou no reputado Eötvös Collegium, onde teve por amigos Zoltán Kodály e Béla Bartók. Balàzs prosseguiu os seus estudos em Berlim e em Paris, e publicou uma tese de doutoramento sobre as tragédias de Friedrich Hebbel.
Em 1910 escreveu o libretto da famosa ópera de Béla Bartók, A Kékszakàllú Herceg Vára (O Castelo do Duque Barba-Azul), que foi estreada em 1913.
Com o rebentamento da Primeira Grande Guerra, Balàzs alistou-se como voluntário, chegando a lutar na frente de combate, mas foi licenciado dos seus deveres, após ter adoecido gravemente.
Em 1919, a Hungria sofreu uma tentativa de revolução comunista, que falhou ao fim de cento e trinta e três dias. Pelo seu envolvimento na revolução, Balàzs foi obrigado a exilar-se na companhia da sua esposa. Chegou nesse mesmo ano a Viena, onde cooperou com o realizador Hans Otto Löwenstein. Em 1922 publicou o seu primeiro ensaio sobre teoria do cinema, Der Sichtbare Mensch (O Homem Seguro).
Com o declínio da indústria cinematográfica austríaca, em 1926, Balàzs mudou-se para Berlim, onde passou a escrever argumentos para filmes com tendências políticas de esquerda. Trabalhou numa adaptação para cinema da peça de teatro de Bertholt Brecht, Dreigroschenoper (1930, A Ópera dos Três Vinténs), mas o descontentamento do autor originou um processo no tribunal. Em 1931 colaborou com Leni Riefenstahl na feitura de Das Blaue Licht (A Luz Azul).
Com a vitória do Nacional-Socialismo na Alemanha, Balàzs mudou-se para a União Soviética, lecionando Estética no Instituto Cinematográfico Estatal de Moscovo, de 1933 a 1945. Perseguido pelos ortodoxos estalinistas, escreveu, em 1939, um poema dedicado a Estaline, que acabou por não surtir grande efeito na melhoria da sua situação.
Com a implantação do domínio soviético na Hungria, Balàzs regressou ao seu país, encarregado de auxiliar o esforço de reconstrução da indústria cinematográfica húngara. Passou a lecionar na Academia do Teatro e Artes do Cinema e continuou a escrever argumentos, que foram sendo recusados pelas autoridades comunistas, talvez pela sua complexidade teórica.
Faleceu a 17 de maio de 1949, em Budapeste. Em 1959 foi inaugurado, nessa cidade, o Estúdio Experimental Béla Balàzs.
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Como referenciar
Porto Editora – Béla Balàzs na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-12-07 02:44:13]. Disponível em
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