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Bette Davis

Ruth Elizabeth Davies nasceu a 5 de abril de 1908, em Lowell, no estado de Massachusetts. Filha dum advogado, desenvolveu uma paixão pelo teatro quando ainda frequentava o Liceu. Em 1928, mudou-se para Nova Iorque onde frequentou uma academia dramática dirigida por George Cukor. Em breve, chegou à Broadway, onde protagonizou as peças Broken Dishes (1929) e Solid South (1930). Em 1931, assinou um contrato cinematográfico com os estúdios Universal, estreando-se nesse mesmo ano com Bad Sister (1931). Contudo, a Universal considerou que Davis não se enquadrava nos padrões de beleza exigidos para uma grande estrela. Foi recrutada pela Warner Bros., que apostou na sua exuberância e emotividade dramática. Num dos seus primeiros trabalhos, Dangerous (Mulher Perigosa, 1935), interpretou uma atriz em dedadência que tenta voltar aos píncaros. Venceu o Óscar para Melhor Atriz, mas estranhamente a Warner recusou-se a chamá-la para projetos credíveis, oferecendo-lhe apenas papéis medíocres. Como resposta, Davis entrou em greve e partiu para Inglaterra. Quando os tribunais deram razão à Warner, Davis regressou, somando êxitos como The Petrified Forest (A Floresta Petrificada, 1936), Marked Woman (A Mulher Marcada, 1937) e Jezebel (Jezebel, a Insubmissa, 1938), filme pelo qual recebeu novo Óscar para Melhor Atriz. Em 1939, sofreu um dos maiores desgostos da sua carreira, ao ser rejeitada em detrimento de Vivien Leigh para interpretar o papel de Scarlett O'Hara em Gone With the Wind (E Tudo o Vento Levou, 1939). Contudo, continuava na mó de cima: entre 1939 e 1944, recebeu cinco nomeações para Óscar: por Dark Victory (Vitória Negra, 1939), The Letter (A Carta, 1940), The Little Foxes (Raposa Matreira, 1941), Now, Voyager (A Estranha Passageira, 1942) e Mr. Skeffington (A Vaidosa, 1944). Após este glorioso período, acumulou uma sucessão de reveses comerciais, o que levou a Warner a rescindir o contrato com a atriz em 1949. Contudo, Davis não esmoreceu e, no ano seguinte, regressou em força com All About Eve (Eva, 1950), interpretando o papel duma atriz que acolhe na sua mansão uma jovem fã (Anne Baxter), descobrindo, algum tempo depois que esta está a tentar ocupar o seu lugar. Devido a este desempenho, voltou a ter nova indigitação para o Óscar de Melhor Atriz, assim como em The Star (A Estrela, 1952). Foi também uma enérgica Isabel I de Inglaterra em The Virgin Queen (A Rainha Virgem, 1955). Em 1962, aconteceu o impensável: o realizador Robert Aldrich conseguiu juntar Davis e Joan Crawford no mesmo filme, o thriller What Ever Happened to Baby Jane? (Que Teria Acontecido a Baby Jane?, 1962). As atrizes, que se detestavam na vida real e que chegaram mesmo a trocar insultos publicamente, fizeram uma dupla perfeita no campo ficcional. Neste filme, Davis interpreta uma antiga estrela de filmes infantis que controla a vida da sua irmã paraplégica (Crawford). Davis recebeu a sua décima e última nomeação para o Óscar. A partir daí, a sua carreira entrou em desaceleração, participando sobretudo em filmes de terror gótico e telefilmes. Exceptuam-se a adaptação cinematográfica do policial de Agatha Christie Death on the Nile (Morte no Nilo, 1978) e o nostálgico The Whales of August (As Baleias de agosto, 1987), onde Davis fez equipa com outros dois veteranos de Hollywood: Lilian Gisr e Vincent Price. Wicked Stepmother (A Minha Bela Madrasta, 1989) foi a sua última prestação no cinema. Morreu em Paris, a 6 de outubro de 1989, vítima de cancro da mama. Ficou imortalizada na canção de Kim Carnes Bette Davis' Eyes (1983).
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Como referenciar
Porto Editora – Bette Davis na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-20 22:39:32]. Disponível em
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