blenorragia
A blenorragia é uma doença incluída na categoria das doenças sexualmente transmissíveis, sendo também designada por gonorreia, infeção gonocócica ou, em termos populares, esquentamento.
Esta patologia é desencadeada por uma bactéria, a Neisseria gonorrohoeae, de tipo Gram negativo, descoberta por Albert Neisser em 1879. Durante muito tempo esta infeção foi confundida com uma outra doença sexualmente transmissível, de origem bacteriana, a sífilis.
A Neisseria gonorrohoeae resiste pouco à dissecação, colonizando, por isso, tecidos mucosos (húmidos), como os que revestem a uretra, ânus, colo do útero, garganta e olhos.
A blenorragia afeta sobretudo os homens, dado que 90% dos infetados apresentam sintomas da doença, contra apenas 20% das mulheres. No entanto, os portadores assintomáticos apresentam capacidade de transmitir o microrganismo, constituindo-se assim como importantes veículos para a sua disseminação.
Após um período de incubação de dois a sete dias, surgem os sintomas de infeção genital, caracterizada por um corrimento amarelado e purulento na uretra, acompanhado de ardor durante a micção. Nos homens, em casos não tratados, a infeção pode atingir os testículos ou a próstata, originando uma prostatite, a qual pode conduzir à obstrução do canal urinário. Nas mulheres, a infeção localiza-se, sobretudo, ao nível do colo do útero, podendo provocar o surgimento de doença inflamatória pélvica ou obstrução das trompas, aumentando as probabilidades de ocorrência de uma gravidez ectópica ou de esterilidade.
Embora menos frequentes, podem surgir infeções na zona retal ou na orofaringe. Se a bactéria atingir a circulação sanguínea, pode ocorrer a sua disseminação por todo o organismo, desencadeando-se complicações, como a artrite séptica ou endocardites. No caso de recém-nascidos de mães infetadas, é grande o risco de ocorrer uma infeção oftálmica, adquirida durante a passagem pelo canal de parto.
O diagnóstico de uma infeção por Neisseria gonorrohoeae é realizado por análise dos sintomas do paciente e, sobretudo, por exame de culturas microbiológicas, obtidas a partir de secreções corporais. A observação, na secreção uretral, de diplococus gram negativos no interior de glóbulos brancos polimorfonucleados é, geralmente, considerada como comprovativo de infeção.
A doença, após um diagnóstico correto, é facilmente tratável através de antibioticoterapia, embora, nas últimas décadas, tenham vindo a surgir estirpes resistentes.
Esta patologia é desencadeada por uma bactéria, a Neisseria gonorrohoeae, de tipo Gram negativo, descoberta por Albert Neisser em 1879. Durante muito tempo esta infeção foi confundida com uma outra doença sexualmente transmissível, de origem bacteriana, a sífilis.
A Neisseria gonorrohoeae resiste pouco à dissecação, colonizando, por isso, tecidos mucosos (húmidos), como os que revestem a uretra, ânus, colo do útero, garganta e olhos.
A blenorragia afeta sobretudo os homens, dado que 90% dos infetados apresentam sintomas da doença, contra apenas 20% das mulheres. No entanto, os portadores assintomáticos apresentam capacidade de transmitir o microrganismo, constituindo-se assim como importantes veículos para a sua disseminação.
Após um período de incubação de dois a sete dias, surgem os sintomas de infeção genital, caracterizada por um corrimento amarelado e purulento na uretra, acompanhado de ardor durante a micção. Nos homens, em casos não tratados, a infeção pode atingir os testículos ou a próstata, originando uma prostatite, a qual pode conduzir à obstrução do canal urinário. Nas mulheres, a infeção localiza-se, sobretudo, ao nível do colo do útero, podendo provocar o surgimento de doença inflamatória pélvica ou obstrução das trompas, aumentando as probabilidades de ocorrência de uma gravidez ectópica ou de esterilidade.
Embora menos frequentes, podem surgir infeções na zona retal ou na orofaringe. Se a bactéria atingir a circulação sanguínea, pode ocorrer a sua disseminação por todo o organismo, desencadeando-se complicações, como a artrite séptica ou endocardites. No caso de recém-nascidos de mães infetadas, é grande o risco de ocorrer uma infeção oftálmica, adquirida durante a passagem pelo canal de parto.
O diagnóstico de uma infeção por Neisseria gonorrohoeae é realizado por análise dos sintomas do paciente e, sobretudo, por exame de culturas microbiológicas, obtidas a partir de secreções corporais. A observação, na secreção uretral, de diplococus gram negativos no interior de glóbulos brancos polimorfonucleados é, geralmente, considerada como comprovativo de infeção.
A doença, após um diagnóstico correto, é facilmente tratável através de antibioticoterapia, embora, nas últimas décadas, tenham vindo a surgir estirpes resistentes.
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Como referenciar
Porto Editora – blenorragia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-28 12:28:40]. Disponível em
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