Boaventura Cardoso
Escritor e poeta angolano, Boaventura Cardoso nasceu a 26 de julho de 1944, em Luanda. Viveu os primeiros anos da sua vida na região de Malange, tendo ido posteriormente para a cidade de Luanda. Aí concluiu os estudos primário e secundário. Academicamente fez a sua formação na área das Ciências Sociais, com grau de licenciatura.
A partir de 1977, assumiu as funções de Diretor Nacional do Livro e do Disco, de Secretário de Estado da Cultura e de Ministro da Informação.
Tendo despertado para as Letras ainda muito jovem, o autor começa por publicar, aos vinte e três anos de idade, alguns contos e poemas nas páginas culturais de conhecidos jornais da capital.
Integra a "geração de 70" angolana, ao lado de muitos outros escritores seus contemporâneos, a saber: Manuel Rui, Jofre Rocha, Ruy Duarte de Carvalho e Jorge Macedo.
Como a obra de outros autores desta geração, os seus textos são caracterizados por um forte pendor panegírico dos valores e ideais revolucionários, onde a certeza da independência e da liberdade são celebrados através de uma escrita esteticamente elaborada e fruto de uma reflexão sobre o fenómeno literário, constituindo-se, então, como um processo metaliterário em que os autores também refletem sobre a realidade sócio-política do seu país.
Também, no âmbito da sua obra narrativa, os registos dos discursos que enformam as suas narrativas, profundamente marcados pela oralidade, são trabalhados pelo autor, com sabedoria e substância, de forma a estabelecerem uma estreita relação entre a realidade física e social que envolve as personagens e a sua realidade linguística e fónica.
Conhecedor do "Ser Língua Portuguesa", como afirma o escritor, seu conterrâneo, Luandino Vieira, no prefácio à sua obra Maio, Mês de Maria, Boaventura Cardoso utiliza a chamada diglossia imprópria como um importante instrumento de problematização da língua literária, através do qual explora as virtualidades do sistema linguístico.
Os seus dois últimos romances, situando-se em contextos temporais diferentes, mantêm entre si um profundo elo de ligação cujo nó se aperta através da forma de estruturação das histórias.
É Membro da União de Escritores Angolanos (UEA) e autor das seguintes obras: Dizanga dia Muenhu; O Fogo a Fala; A Morte do Velho Kipacaça (contos); O Sino do Fogo; Maio, Mês de Maria (romance); e Mãe, Materno Mar.
A partir de 1977, assumiu as funções de Diretor Nacional do Livro e do Disco, de Secretário de Estado da Cultura e de Ministro da Informação.
Tendo despertado para as Letras ainda muito jovem, o autor começa por publicar, aos vinte e três anos de idade, alguns contos e poemas nas páginas culturais de conhecidos jornais da capital.
Integra a "geração de 70" angolana, ao lado de muitos outros escritores seus contemporâneos, a saber: Manuel Rui, Jofre Rocha, Ruy Duarte de Carvalho e Jorge Macedo.
Como a obra de outros autores desta geração, os seus textos são caracterizados por um forte pendor panegírico dos valores e ideais revolucionários, onde a certeza da independência e da liberdade são celebrados através de uma escrita esteticamente elaborada e fruto de uma reflexão sobre o fenómeno literário, constituindo-se, então, como um processo metaliterário em que os autores também refletem sobre a realidade sócio-política do seu país.
Também, no âmbito da sua obra narrativa, os registos dos discursos que enformam as suas narrativas, profundamente marcados pela oralidade, são trabalhados pelo autor, com sabedoria e substância, de forma a estabelecerem uma estreita relação entre a realidade física e social que envolve as personagens e a sua realidade linguística e fónica.
Conhecedor do "Ser Língua Portuguesa", como afirma o escritor, seu conterrâneo, Luandino Vieira, no prefácio à sua obra Maio, Mês de Maria, Boaventura Cardoso utiliza a chamada diglossia imprópria como um importante instrumento de problematização da língua literária, através do qual explora as virtualidades do sistema linguístico.
Os seus dois últimos romances, situando-se em contextos temporais diferentes, mantêm entre si um profundo elo de ligação cujo nó se aperta através da forma de estruturação das histórias.
É Membro da União de Escritores Angolanos (UEA) e autor das seguintes obras: Dizanga dia Muenhu; O Fogo a Fala; A Morte do Velho Kipacaça (contos); O Sino do Fogo; Maio, Mês de Maria (romance); e Mãe, Materno Mar.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Boaventura Cardoso na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-27 08:13:53]. Disponível em
Artigos
-
Luandino VieiraEscritor de origem portuguesa, José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Mateus Vieira da G...
-
Jorge MacedoEscritor e jornalista angolano, Jorge Mendes Macedo nasceu em 1941, em Malanje (Angola). Até aos est...
-
Jofre RochaEscritor, poeta e jornalista angolano, Jofre Rocha, pseudónimo literário de Roberto António Victor F...
-
Manuel RuiPoeta, contista, ensaísta, crítico literário, Manuel Rui Alves Monteiro nasceu a 4 de novembro de 19...
-
EstadoDo ponto de vista filosófico, a noção de Estado consiste na existência de um conjunto de instituiçõe...
-
LuandaAspetos Geográficos Capital de Angola e da província de Luanda, esta cidade situa-se no litoral, jun...
-
Carlos FerreiraPoeta e jornalista angolano, Carlos Sérgio Monteiro Ferreira, o Cassé, caluanda de origem, nasceu em...
-
Carlos ErvedosaEscritor, jornalista e ensaísta angolano, Carlos Ervedosa nasceu em maio de 1932, em Luanda, sendo d...
-
Ruy Duarte de CarvalhoEscritor angolano, Ruy Alberto Duarte Gomes de Carvalho, nascido em 1941, em Portugal, não é só ango...
-
Suleiman CassamoEscritor e professor moçambicano nascido em 1962, em Marracuene, na província de Maputo, Moçambique....
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – Boaventura Cardoso na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-27 08:13:53]. Disponível em