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Budismo no Japão
O budismo japonês tem como base as teorias filosóficas propostas pelas seitas de mahãyãna, diferindo, por isso, do budismo praticado no restante continente asiático, quer no que diz respeito às teorias quer relativamente ao modo de representação das divindades. As principais formas da divindade do budismo japonês encontram-se representadas sobre as mandalas. As representações do budismo japonês revelam em grande parte a tradição do budismo esotérico a partir do século IX. A maior parte daquelas encontram-se agrupadas em duas grandes mandalas da seita shingon e pertencem à tradição do budismo antigo, isto é, anterior ao século IX, nas quais se encontram já alguns elementos esotéricos.
O budismo entraria no Japão no século VI (538 ou 552) por via coreana, através da informação veiculada pelo rei de Kudara da Coreia ao soberano de Nara, relatando a excelência do budismo e os seus princípios, ao mesmo tempo que pedia ajuda para a luta contra o reino vizinho de Silla. Na sequência desta missiva, foi enviado um grupo composto por letrados religiosos budistas ao Japão, os quais levavam vários rolos das Santas Escrituras redigidas em chinês, uma imagem de Buda em bronze e outras em madeira e diversos objetos de culto. Foi desta forma que o budismo entrou oficialmente no Japão.
No entanto, a conversão à nova fé não se fez de uma forma generalizada nem rapidamente. Só alguns clãs locais é que aderiram, colocando ao seu serviço o saber dos religiosos e fazendo-o chegar a artistas de modo a fazer face aos seus rivais. Se uns aderiram ao budismo, outros opuseram-se veementemente e foram assim criados dois partidos que encetaram uma série de querelas, provocando o enfraquecimento de um país já de si debilitado pelas lutas internas entre clãs. Assim, de um lado estava o clã Nakatomi, defensor da religião tradicional - xintoísmo - ao qual pertenciam os sacerdotes da corte. Do outro lado perfilavam-se os defensores do budismo encabeçados pelo primeiro ministro Iname, pertencente ao clã dos Soga. As lutas só terminariam em 587 com a destruição dos clãs defensores da tradição shinto, tendo a Corte sido convertida ao budismo, cujo maior impulsionador foi o filho do imperador Yõmei, Shõtoku Taishi, ao recomendar na sua Constituição a veneração de Buda, a lei búdica (Dharma) e as comunidades de monges. Em 607, Shõtoku envia à China algumas missões com o propósito de trazer para o Japão conhecimentos de astronomia, de arquitetura e de administração, obras literárias e religiosas. Foi através desta última tarefa que chegaram até ao Japão muitos textos búdicos e as práticas taoistas e confucionistas. Proliferou a construção de templos para abrigar as imagens de Buda. Ao longo do tempo verificou-se uma conversão generalizada dos japoneses à nova religião e com ela o nascimento de seitas, principalmente em Nara, a partir do início do século VIII. A partir de 794, assim que se estabeleceu a nova capital em Quito, o imperador Kammu iniciou um programa de renovação do budismo de forma a refrear o poder dos monges de Nara, enviando à China religiosos dissidentes. Esta iniciativa teve como efeito o estabelecimento de uma seita de budismo esotérico e os religiosos de Nara tiveram que dar a prevalência a esta nova forma de budismo, embora não tenham cessado as suas funções.
O budismo entraria no Japão no século VI (538 ou 552) por via coreana, através da informação veiculada pelo rei de Kudara da Coreia ao soberano de Nara, relatando a excelência do budismo e os seus princípios, ao mesmo tempo que pedia ajuda para a luta contra o reino vizinho de Silla. Na sequência desta missiva, foi enviado um grupo composto por letrados religiosos budistas ao Japão, os quais levavam vários rolos das Santas Escrituras redigidas em chinês, uma imagem de Buda em bronze e outras em madeira e diversos objetos de culto. Foi desta forma que o budismo entrou oficialmente no Japão.
No entanto, a conversão à nova fé não se fez de uma forma generalizada nem rapidamente. Só alguns clãs locais é que aderiram, colocando ao seu serviço o saber dos religiosos e fazendo-o chegar a artistas de modo a fazer face aos seus rivais. Se uns aderiram ao budismo, outros opuseram-se veementemente e foram assim criados dois partidos que encetaram uma série de querelas, provocando o enfraquecimento de um país já de si debilitado pelas lutas internas entre clãs. Assim, de um lado estava o clã Nakatomi, defensor da religião tradicional - xintoísmo - ao qual pertenciam os sacerdotes da corte. Do outro lado perfilavam-se os defensores do budismo encabeçados pelo primeiro ministro Iname, pertencente ao clã dos Soga. As lutas só terminariam em 587 com a destruição dos clãs defensores da tradição shinto, tendo a Corte sido convertida ao budismo, cujo maior impulsionador foi o filho do imperador Yõmei, Shõtoku Taishi, ao recomendar na sua Constituição a veneração de Buda, a lei búdica (Dharma) e as comunidades de monges. Em 607, Shõtoku envia à China algumas missões com o propósito de trazer para o Japão conhecimentos de astronomia, de arquitetura e de administração, obras literárias e religiosas. Foi através desta última tarefa que chegaram até ao Japão muitos textos búdicos e as práticas taoistas e confucionistas. Proliferou a construção de templos para abrigar as imagens de Buda. Ao longo do tempo verificou-se uma conversão generalizada dos japoneses à nova religião e com ela o nascimento de seitas, principalmente em Nara, a partir do início do século VIII. A partir de 794, assim que se estabeleceu a nova capital em Quito, o imperador Kammu iniciou um programa de renovação do budismo de forma a refrear o poder dos monges de Nara, enviando à China religiosos dissidentes. Esta iniciativa teve como efeito o estabelecimento de uma seita de budismo esotérico e os religiosos de Nara tiveram que dar a prevalência a esta nova forma de budismo, embora não tenham cessado as suas funções.
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Como referenciar
Porto Editora – Budismo no Japão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-31 20:39:56]. Disponível em
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