Campanha do Rossilhão
O ano de 1792 foi um ano recheado de acontecimentos na França, que tiveram grandes repercussões no resto da Europa. Pairava então a possibilidade de surgir uma coligação para confrontar os franceses revolucionários. Em Portugal, o ministro Luís Pinto propôs à Inglaterra e à Espanha a formação de uma aliança contra a Convenção Nacional Francesa, mas estes dois países rejeitaram alinhar com os portugueses, pois entre si haviam já discutido a hipótese de se unirem e constituírem uma frente militar para enfrentar os franceses.
A Convenção teve conhecimento do fracasso destas negociações e mandou, de imediato, uma delegação a Portugal para restabelecer um bom relacionamento com Portugal e, assim, assegurar a sua posição neutral. Contudo, o governo português não reconheceu sequer a legitimidade desta delegação - recorde-se que em Portugal vigorava um regime absolutista, ao qual repugnavam todos os ideais da Revolução Francesa.
A Inglaterra e a Espanha, finalmente, decidiram agir contra a França, sem informarem o governo português para que este não aparecesse em qualquer ato comum. Londres propôs então a Portugal que este acordo fosse feito em conjunto com Madrid, mas a Coroa portuguesa acabou por rejeitar essa hipótese. Foram, em vez disso, assinados tratados independentes, seguindo, no entanto, a mesma norma. Portugal posicionava-se, então, no seio das nações que se opunham à França.
No mês de julho de 1973 na cidade de Madrid foram assentes os princípios desta convenção, que previa o auxílio mútuo na luta contra um inimigo comum; em setembro desse ano, em Londres, foi assinada a outra parte do contrato.
Em consequência destes acordos era previsível que a França atacasse Portugal; os primeiros alvos seriam os navios; mais tarde, a invasão terrestre. A Espanha convenceu Portugal a mandar para a Catalunha seis regimentos de infantaria (5400 homens e 22 canhões) chefiados pelo tenente-general Forbes Skellater. Os portugueses desembarcaram no porto de Rosas, para participar numa operação ofensiva contra postos franceses, enquanto estes eram forçados a retirar-se para Perpinhão, quando as tropas luso-espanholas já dominavam o Rossilhão. Logo de seguida os franceses contra-atacaram, mas encontraram uma forte oposição. Ceret foi tomado pelos aliados, o que serviu para levantar o moral destas tropas. Depois foi ordenada a tomada da cidade de Villelongue, pelo general Ricardos. Estas forças tiveram importantes vitórias também em Banyuls, Port-Vendres, Saint-Elme e Colioure.
Em abril, o curso da campanha alterou-se: os franceses passaram a somar vitórias obrigando as forças luso-espanholas a retirarem para a Catalunha. Este recuo foi desastroso, culminando na batalha na Montanha Negra. A derrota foi inevitável; a paz da Basileia foi acordada no ano seguinte entre a Espanha e a França, sem que Portugal tivesse alguma intervenção neste processo.
Nesta campanha destacaram-se o general Forbes, o marechal de campo João Correia de Sá e o coronel Gomes Freire de Andrade.
A Convenção teve conhecimento do fracasso destas negociações e mandou, de imediato, uma delegação a Portugal para restabelecer um bom relacionamento com Portugal e, assim, assegurar a sua posição neutral. Contudo, o governo português não reconheceu sequer a legitimidade desta delegação - recorde-se que em Portugal vigorava um regime absolutista, ao qual repugnavam todos os ideais da Revolução Francesa.
A Inglaterra e a Espanha, finalmente, decidiram agir contra a França, sem informarem o governo português para que este não aparecesse em qualquer ato comum. Londres propôs então a Portugal que este acordo fosse feito em conjunto com Madrid, mas a Coroa portuguesa acabou por rejeitar essa hipótese. Foram, em vez disso, assinados tratados independentes, seguindo, no entanto, a mesma norma. Portugal posicionava-se, então, no seio das nações que se opunham à França.
No mês de julho de 1973 na cidade de Madrid foram assentes os princípios desta convenção, que previa o auxílio mútuo na luta contra um inimigo comum; em setembro desse ano, em Londres, foi assinada a outra parte do contrato.
Em consequência destes acordos era previsível que a França atacasse Portugal; os primeiros alvos seriam os navios; mais tarde, a invasão terrestre. A Espanha convenceu Portugal a mandar para a Catalunha seis regimentos de infantaria (5400 homens e 22 canhões) chefiados pelo tenente-general Forbes Skellater. Os portugueses desembarcaram no porto de Rosas, para participar numa operação ofensiva contra postos franceses, enquanto estes eram forçados a retirar-se para Perpinhão, quando as tropas luso-espanholas já dominavam o Rossilhão. Logo de seguida os franceses contra-atacaram, mas encontraram uma forte oposição. Ceret foi tomado pelos aliados, o que serviu para levantar o moral destas tropas. Depois foi ordenada a tomada da cidade de Villelongue, pelo general Ricardos. Estas forças tiveram importantes vitórias também em Banyuls, Port-Vendres, Saint-Elme e Colioure.
Em abril, o curso da campanha alterou-se: os franceses passaram a somar vitórias obrigando as forças luso-espanholas a retirarem para a Catalunha. Este recuo foi desastroso, culminando na batalha na Montanha Negra. A derrota foi inevitável; a paz da Basileia foi acordada no ano seguinte entre a Espanha e a França, sem que Portugal tivesse alguma intervenção neste processo.
Nesta campanha destacaram-se o general Forbes, o marechal de campo João Correia de Sá e o coronel Gomes Freire de Andrade.
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Como referenciar
Porto Editora – Campanha do Rossilhão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-28 01:51:54]. Disponível em
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