Castelo de Trancoso
Apesar das destruições que o tempo e os homens provocaram, devido ao crescimento populacional extramuros, o castelo da vila beirã de Trancoso conserva ainda a sua imponente monumentalidade.
Da génese desta fortaleza apenas se conhece a sua doação em 960 ao Mosteiro de Guimarães, efetuada por D. Chamoa Rodrigues. No século XII, o Castelo de Trancoso seria alvo de um cerco das tropas árabes, que não surtiu efeito devido à pronta intervenção de D. Afonso Henriques.
No último quartel do século XIII - como dote dos esponsais de D. Dinis com D. Isabel de Aragão -, a vila e o castelo de Trancoso ficaram na posse da rainha. O mesmo D. Dinis encetou, ao longo do seu reinado, a reforma e ampliação das fortalezas do Reino. Trancoso mereceu especial atenção, pois encontrava-se nas proximidades da fronteira espanhola. Assim, D. Dinis mandou rodear o burgo com uma muralha defensiva, reforçando ainda a cerca e a cidadela situadas intramuros. De notar que a cerca fora já objeto de anterior ampliação no reinado de D. Afonso II, motivada pelo grande crescimento da vila.
A crise de 1383-1385 teve aqui um dos seus episódios mais marcantes. Com efeito, foi neste castelo da Beira Interior que se registou uma das maiores vitórias da causa nacionalista - a denominada Batalha de Trancoso, onde os portugueses comandados pelo mestre de Avis, futuro D. João I, infligiram pesada e decisiva derrota às tropas castelhanas.
O acesso ao castelo estabelece-se por duas portas principais, reforçadas e ladeadas por poderosas torres quadrangulares ameadas: a norte acede-se pela Porta do Prado, enquanto se transpõe a muralha pelo sudoeste através da Porta d'El Rei. Os panos de muralha, em alvenaria aparelhada, são reforçados por cinco torres quadrangulares, sendo ambas rematadas por ameias quadrangulares com terminação piramidal. Largos adarves e extensa praça de armas explana-se no seu interior, destacando-se no lado sul do terreiro a robusta Torre de Menagem, de forma aproximadamente trapezoidal truncada, rasgada por uma bela janela mudéjar com forma de arco em ferradura.
Da génese desta fortaleza apenas se conhece a sua doação em 960 ao Mosteiro de Guimarães, efetuada por D. Chamoa Rodrigues. No século XII, o Castelo de Trancoso seria alvo de um cerco das tropas árabes, que não surtiu efeito devido à pronta intervenção de D. Afonso Henriques.
No último quartel do século XIII - como dote dos esponsais de D. Dinis com D. Isabel de Aragão -, a vila e o castelo de Trancoso ficaram na posse da rainha. O mesmo D. Dinis encetou, ao longo do seu reinado, a reforma e ampliação das fortalezas do Reino. Trancoso mereceu especial atenção, pois encontrava-se nas proximidades da fronteira espanhola. Assim, D. Dinis mandou rodear o burgo com uma muralha defensiva, reforçando ainda a cerca e a cidadela situadas intramuros. De notar que a cerca fora já objeto de anterior ampliação no reinado de D. Afonso II, motivada pelo grande crescimento da vila.
O acesso ao castelo estabelece-se por duas portas principais, reforçadas e ladeadas por poderosas torres quadrangulares ameadas: a norte acede-se pela Porta do Prado, enquanto se transpõe a muralha pelo sudoeste através da Porta d'El Rei. Os panos de muralha, em alvenaria aparelhada, são reforçados por cinco torres quadrangulares, sendo ambas rematadas por ameias quadrangulares com terminação piramidal. Largos adarves e extensa praça de armas explana-se no seu interior, destacando-se no lado sul do terreiro a robusta Torre de Menagem, de forma aproximadamente trapezoidal truncada, rasgada por uma bela janela mudéjar com forma de arco em ferradura.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Trancoso na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-11-30 11:59:43]. Disponível em
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