Castelo de Vila Nova de Cerveira
Na linha de fronteira que constitui o Rio Minho situa-se, na sua margem esquerda, a medieva fortaleza de Vila Nova de Cerveira, construção militar fundamental na linha defensiva do Alto Minho - que se prolongava entre a foz do Minho (em Caminha) e a remota vila de Melgaço. Espanha encontrava-se mesmo do outro lado do rio, pelo que o castelo de Cerveira procurava impedir as investidas que vinham da margem direita.
A origem desta fortaleza é incerta e a sua história material começa a ser apenas revelada na Idade Média. Sabe-se que o lugar de alcaide do castelo de Cerveira estava atribuído no tempo de D. Sancho II. Nesse longínquo século XIII, uma notícia proveniente das "Inquirições" de D. Afonso III (datada de 1258) refere os dispositivos necessários aos trabalhos de conservação e manutenção do castelo, obrigação que competia aos seus habitantes.
No reinado de D. Dinis, o castelo e o burgo de Cerveira desenvolveram-se consideravelmente, através de foral atribuído em 1321, conservando-se desse tempo a maior parte da sua fortaleza.
A muralha castrense desenha, aproximadamente, uma forma elíptica, sendo os seus panos de pedra aparelhada reforçados por cubelos quadrangulares e a altaneira torre de menagem. Parte deste sistema defensivo trecentista era ameado. A entrada do castelo é transposta na elegante porta gótica da barbacã, sendo esta coroada por merlões e cubelos defensivos. Na parte superior das muralhas corria um adarve com acesso por escadas às diversas plataformas dos cubelos.
Decisivo nos momentos cruciais na defesa da independência nacional, o castelo de Cerveira é alvo de um cerco em 1643 pelas tropas espanholas. Contudo, triunfaria a obstinada resistência dos seus defensores. Após este assédio militar, o visconde de Cerveira determina a modernização do sistema defensivo da praça-forte minhota.
A moderna fortaleza possuía cinco baluartes angulares, o Forte de Lovelhe, com as suas poderosas cortinas pétreas, os seus fossos e uma atalaia, respondendo às exigências das táticas da pirobalística, como ficou provado no assalto de 1809, efetuado pelo exército napoleónico sob o comando de Soult. Repelidos os assaltantes franceses, estes viram-se obrigados a contorná-la.
No último quartel do século XIX, a urbe expandiu-se para lá dos limites amuralhados, sacrificando-se a maior parte das defesas seiscentistas. O tempo e os homens encarregaram-se, igualmente, de desmantelar parte do castelo medieval. A destruição foi sustida na presente centúria, devido à intervenção estatal e do município. Classificadas como Monumento Nacional, as vetustas muralhas de Cerveira, bem assim como os principais edifícios históricos, foram preservados. Este monumental conjunto compreendia, para além da fortaleza, a Igreja da Misericórdia, a antiga Câmara Municipal, o tribunal, a prisão, o pelourinho e diversas habitações intramuros. Algumas destas construções foram reutilizadas, estando parte delas ocupadas por uma das mais originais pousadas de Portugal.
A origem desta fortaleza é incerta e a sua história material começa a ser apenas revelada na Idade Média. Sabe-se que o lugar de alcaide do castelo de Cerveira estava atribuído no tempo de D. Sancho II. Nesse longínquo século XIII, uma notícia proveniente das "Inquirições" de D. Afonso III (datada de 1258) refere os dispositivos necessários aos trabalhos de conservação e manutenção do castelo, obrigação que competia aos seus habitantes.
No reinado de D. Dinis, o castelo e o burgo de Cerveira desenvolveram-se consideravelmente, através de foral atribuído em 1321, conservando-se desse tempo a maior parte da sua fortaleza.
Decisivo nos momentos cruciais na defesa da independência nacional, o castelo de Cerveira é alvo de um cerco em 1643 pelas tropas espanholas. Contudo, triunfaria a obstinada resistência dos seus defensores. Após este assédio militar, o visconde de Cerveira determina a modernização do sistema defensivo da praça-forte minhota.
A moderna fortaleza possuía cinco baluartes angulares, o Forte de Lovelhe, com as suas poderosas cortinas pétreas, os seus fossos e uma atalaia, respondendo às exigências das táticas da pirobalística, como ficou provado no assalto de 1809, efetuado pelo exército napoleónico sob o comando de Soult. Repelidos os assaltantes franceses, estes viram-se obrigados a contorná-la.
No último quartel do século XIX, a urbe expandiu-se para lá dos limites amuralhados, sacrificando-se a maior parte das defesas seiscentistas. O tempo e os homens encarregaram-se, igualmente, de desmantelar parte do castelo medieval. A destruição foi sustida na presente centúria, devido à intervenção estatal e do município. Classificadas como Monumento Nacional, as vetustas muralhas de Cerveira, bem assim como os principais edifícios históricos, foram preservados. Este monumental conjunto compreendia, para além da fortaleza, a Igreja da Misericórdia, a antiga Câmara Municipal, o tribunal, a prisão, o pelourinho e diversas habitações intramuros. Algumas destas construções foram reutilizadas, estando parte delas ocupadas por uma das mais originais pousadas de Portugal.
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Como referenciar
Porto Editora – Castelo de Vila Nova de Cerveira na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-31 05:19:10]. Disponível em
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