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chá Gorreana
O chá Gorreana, originário da ilha de São Miguel, nos Açores, surgiu em 1883, ano em que a plantação e a fábrica da Gorreana, dirigida por Hermelinda Pacheco Gago da Câmara, produziu o seu primeiro quilo de chá seco.
A produção deste chá partiu do aproveitamento do incentivo dado pela Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense ao cultivo de chá na ilha, nomeadamente através da contratação de dois especialistas chineses, em 1878, que levaram para São Miguel novas sementes e técnicas de preparação.
O solo argiloso e ácido dos terrenos açorianos permitem a obtenção de um chá perfumado e de travo agradável, que é também isento de pesticidas, herbicidas e fungicidas.
O chá Gorreana é produzido segundo o método Hisson, através de vapor, sendo considerado um chá tradicional. As folhas são enroladas e depois secas. É produzido chá preto, chá verde e semi-fermentado.
A produção do chá Gorreana decorre num único local, começando na plantação e prosseguindo com a colheita, a secagem e o tratamento. A plantação e a fábrica da Gorreana ficam na aldeia da Maia, entre a Ribeira Grande e as Furnas, na ilha de São Miguel. A área de plantação é de 23 hectares, suficientes para produzir cerca de 40 toneladas por ano.
O grande desenvolvimento do chá Gorreana surgiu no início do século XX pela mão de Jaime Hintze, marido de uma neta de Hermelinda Pacheco Gago da Câmara, graças ao facto de este ter mandado construir uma central hidroelétrica. As outras fábricas e plantações da ilha só tinham máquinas a vapor, o que as deixava em desvantagem tanto quanto ao preço da energia como quanto à mecanização da produção. Jaime Hintze foi o primeiro fabricante da ilha a conseguir ter a marca registada em pacotes.
No início do século XX a produção anual de chá Gorreana chegava às 700 toneladas, mas as restrições às exportações, durante as duas guerras mundiais, levou a que os investimentos fossem desviados para culturas mais úteis à subsistência, originando o declínio da produção de chá.
No final dos anos 80 do século XX, a Gorreana era a única fábrica de chá europeia. Até 1976 vendia cerca de 80 toneladas por ano. Quando a empresa que fazia a distribuição do produto fechou, o Gorreana deixou de estar presente no mercado.
Com o surgimento das grandes superfícies comerciais as vendas baixaram bastante, mas depois recuperaram para os mesmos níveis, que hoje em dia rondam as 33 toneladas por ano.
A maior parte da produção é para consumo nos Açores, mas são de destacar as quatro toneladas que por ano são exportadas para a Alemanha. Para Portugal continental são vendidas cerca de duas toneladas. Cerca de cinco por cento das vendas são efetuadas na própria fábrica.
A produção deste chá partiu do aproveitamento do incentivo dado pela Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense ao cultivo de chá na ilha, nomeadamente através da contratação de dois especialistas chineses, em 1878, que levaram para São Miguel novas sementes e técnicas de preparação.
O solo argiloso e ácido dos terrenos açorianos permitem a obtenção de um chá perfumado e de travo agradável, que é também isento de pesticidas, herbicidas e fungicidas.
O chá Gorreana é produzido segundo o método Hisson, através de vapor, sendo considerado um chá tradicional. As folhas são enroladas e depois secas. É produzido chá preto, chá verde e semi-fermentado.
A produção do chá Gorreana decorre num único local, começando na plantação e prosseguindo com a colheita, a secagem e o tratamento. A plantação e a fábrica da Gorreana ficam na aldeia da Maia, entre a Ribeira Grande e as Furnas, na ilha de São Miguel. A área de plantação é de 23 hectares, suficientes para produzir cerca de 40 toneladas por ano.
O grande desenvolvimento do chá Gorreana surgiu no início do século XX pela mão de Jaime Hintze, marido de uma neta de Hermelinda Pacheco Gago da Câmara, graças ao facto de este ter mandado construir uma central hidroelétrica. As outras fábricas e plantações da ilha só tinham máquinas a vapor, o que as deixava em desvantagem tanto quanto ao preço da energia como quanto à mecanização da produção. Jaime Hintze foi o primeiro fabricante da ilha a conseguir ter a marca registada em pacotes.
No início do século XX a produção anual de chá Gorreana chegava às 700 toneladas, mas as restrições às exportações, durante as duas guerras mundiais, levou a que os investimentos fossem desviados para culturas mais úteis à subsistência, originando o declínio da produção de chá.
No final dos anos 80 do século XX, a Gorreana era a única fábrica de chá europeia. Até 1976 vendia cerca de 80 toneladas por ano. Quando a empresa que fazia a distribuição do produto fechou, o Gorreana deixou de estar presente no mercado.
Com o surgimento das grandes superfícies comerciais as vendas baixaram bastante, mas depois recuperaram para os mesmos níveis, que hoje em dia rondam as 33 toneladas por ano.
A maior parte da produção é para consumo nos Açores, mas são de destacar as quatro toneladas que por ano são exportadas para a Alemanha. Para Portugal continental são vendidas cerca de duas toneladas. Cerca de cinco por cento das vendas são efetuadas na própria fábrica.
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Como referenciar
Porto Editora – chá Gorreana na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-21 10:50:11]. Disponível em
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