Charles Kao
Engenheiro e investigador chinês, Charles Kuen Kao nasceu a 4 de dezembro 1933, em Shangai. Estudou Engenharia Elétrica, no Politécnico de Woolwich (atual Universidade de Greenwich) e licenciou-se em Ciências na Universidade de Londres. Prosseguiu no campo da investigação e doutorou-se em Engenharia Elétrica, em 1965, enquanto trabalhava no Standard Telecommunication Laboratories em Harlow, Inglaterra, o centro de investigação da Standard Telephones and Cables.
Em 1970, integrou a Universidade de Hong Kong onde fundou o Departamento de Eletrónica (que se tornaria posteriormente no Departamento de Engenharia Eletrónica) e sob a sua liderança foram criados novos institutos dedicados à investigação. Foi reitor da Universidade de Hong Kong e diretor de várias empresas.
Na década de 60, Kao desenvolveu um trabalho pioneiro ao perceber que a fibra ótica poderia ser usada como um meio de telecomunicações e demonstrou que as falências das fibras óticas de então advinham das impurezas do vidro e não de uma falha da própria tecnologia. Teoricamente, este estudo propunha o uso de fibras de vidro como forma de implementação da comunicação ótica, tendo-se tornado, de uma forma geral, a base de comunicação em fibra ótica que existe nos dias de hoje. O cientista e a sua equipa tentaram encontrar o material mais adequado ao fim pretendido; vários materiais foram testados e Kao percebeu que a sílica fundida era uma ótima opção para a comunicação ótica dado o seu elevado grau de pureza. O cientista também alertou para o facto de a impureza do vidro ser a principal causa da elevada fragmentação da transmissão da luz através da fibra de vidro. Esta constatação levou a um estudo mundial e à produção de fibras de vidro de alta pureza. Inicialmente, quando Kao sugeriu que a fibra de vidro poderia ser usada para transferência de informação à distância e, eventualmente, substituir os cabos de cobre foi bastante criticado. Mais tarde, percebeu-se que, afinal, as suas ideias iriam revolucionar toda a tecnologia e indústria da comunicação. Desta forma, Charles Kao contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento de diferentes tipos de fibra e de dispositivos ajustados para fins tanto civis como militares. As suas descobertas “ajudaram a moldar as fundações das atuais sociedades em rede”, segundo o Comité Nobel.
É membro do Instituto de Engenharia e Tecnologia, da Royal Society, da Real Academia de Engenharia, da Academia Europeia de Ciências e Artes, da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos e da Real Academia Sueca das Ciências de Engenharia. Foram-lhe atribuídos, entre outros, os seguintes prémios: a Medalha Stewart Ballantine, em 1977, pelo Instituto Franklin, o Prémio IEEE Morris N. Liebmann, o Prémio Internacional L. M. Ericsson, em 1979, o Prémio Cientista Internacional Marconi, em 1985, pela Fundação Marconi e o Prémio Nobel da Física, em 2009, que dividiu com Willard Boyle e George Smith.
Em 1970, integrou a Universidade de Hong Kong onde fundou o Departamento de Eletrónica (que se tornaria posteriormente no Departamento de Engenharia Eletrónica) e sob a sua liderança foram criados novos institutos dedicados à investigação. Foi reitor da Universidade de Hong Kong e diretor de várias empresas.
Na década de 60, Kao desenvolveu um trabalho pioneiro ao perceber que a fibra ótica poderia ser usada como um meio de telecomunicações e demonstrou que as falências das fibras óticas de então advinham das impurezas do vidro e não de uma falha da própria tecnologia. Teoricamente, este estudo propunha o uso de fibras de vidro como forma de implementação da comunicação ótica, tendo-se tornado, de uma forma geral, a base de comunicação em fibra ótica que existe nos dias de hoje. O cientista e a sua equipa tentaram encontrar o material mais adequado ao fim pretendido; vários materiais foram testados e Kao percebeu que a sílica fundida era uma ótima opção para a comunicação ótica dado o seu elevado grau de pureza. O cientista também alertou para o facto de a impureza do vidro ser a principal causa da elevada fragmentação da transmissão da luz através da fibra de vidro. Esta constatação levou a um estudo mundial e à produção de fibras de vidro de alta pureza. Inicialmente, quando Kao sugeriu que a fibra de vidro poderia ser usada para transferência de informação à distância e, eventualmente, substituir os cabos de cobre foi bastante criticado. Mais tarde, percebeu-se que, afinal, as suas ideias iriam revolucionar toda a tecnologia e indústria da comunicação. Desta forma, Charles Kao contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento de diferentes tipos de fibra e de dispositivos ajustados para fins tanto civis como militares. As suas descobertas “ajudaram a moldar as fundações das atuais sociedades em rede”, segundo o Comité Nobel.
É membro do Instituto de Engenharia e Tecnologia, da Royal Society, da Real Academia de Engenharia, da Academia Europeia de Ciências e Artes, da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos e da Real Academia Sueca das Ciências de Engenharia. Foram-lhe atribuídos, entre outros, os seguintes prémios: a Medalha Stewart Ballantine, em 1977, pelo Instituto Franklin, o Prémio IEEE Morris N. Liebmann, o Prémio Internacional L. M. Ericsson, em 1979, o Prémio Cientista Internacional Marconi, em 1985, pela Fundação Marconi e o Prémio Nobel da Física, em 2009, que dividiu com Willard Boyle e George Smith.
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Como referenciar
Porto Editora – Charles Kao na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-24 19:30:17]. Disponível em
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