< voltar
2 min
chuva (simbologia)
Resultante da ação e da iniciativa do céu e das divindades que o habitam, a chuva é um símbolo universal de fecundidade e fertilidade. Praticamente em todas as tradições e civilizações agrárias, a chuva é comparada à semente humana como sendo o fluido divino que desencadeia o princípio criador da vida.
Em todo o Mundo e entre etnias tão diversas e radicadas em lugares tão diferentes, são constantes os rituais dedicados à chuva para que esta caia sobre a terra, a fecunde e a torne fértil. Filha das nuvens e das tempestades, a chuva está relacionada com elementos do fogo e da água. Na Índia, é Indra a manifestação divina do raio que dá origem à chuva e torna férteis os campos, as mulheres e os animais. As mulheres grávidas na Índia são comparadas à chuva como sendo as nascentes auspiciosas de toda a riqueza e abundância. No Islão, são os anjos que enviados por Deus transportam as gotas de chuva uma ideia que também existe na Índia, onde os seres subtis são transportados para a terra em gotas de chuva. Na China, a chuva é uma manifestação do céu que é um princípio ativo, masculino e fecundante. No Oriente, tanto na China como na Índia, considera-se que a chuva é de origem lunar e é de natureza Yin, enquanto que o orvalho, também lunar, é de natureza Yang. Na Grécia, a lenda de Dánae conta que esta, tendo sido encerrada pelo pai num local subterrâneo blindado de bronze para evitar que tivesse filhos, foi fecundada por Zeus que entrou no recinto transformado numa chuva de ouro que pingou de uma fenda no teto. Esta conotação sexual da chuva como o sémen dos deuses é também encontrada entre os índios da América Central, que consideram a chuva a semente do deus da trovoada. Estes povos utilizam a mesma palavra para designar a chuva, a água e a vegetação. Entre os Astecas, o deus da chuva é também o deus dos raios e dos trovões. Os Incas acreditavam que a chuva era retirada da Via Láctea, considerada um grande rio no céu, pelo deus das trovoadas. Para muitas civilizações centradas na agricultura, a chuva é também sangue, o que justifica os muitos rituais de sacrifício de animais e mesmo de seres humanos que têm como objetivo a fecundação da Terra.
Em todo o Mundo e entre etnias tão diversas e radicadas em lugares tão diferentes, são constantes os rituais dedicados à chuva para que esta caia sobre a terra, a fecunde e a torne fértil. Filha das nuvens e das tempestades, a chuva está relacionada com elementos do fogo e da água. Na Índia, é Indra a manifestação divina do raio que dá origem à chuva e torna férteis os campos, as mulheres e os animais. As mulheres grávidas na Índia são comparadas à chuva como sendo as nascentes auspiciosas de toda a riqueza e abundância. No Islão, são os anjos que enviados por Deus transportam as gotas de chuva uma ideia que também existe na Índia, onde os seres subtis são transportados para a terra em gotas de chuva. Na China, a chuva é uma manifestação do céu que é um princípio ativo, masculino e fecundante. No Oriente, tanto na China como na Índia, considera-se que a chuva é de origem lunar e é de natureza Yin, enquanto que o orvalho, também lunar, é de natureza Yang. Na Grécia, a lenda de Dánae conta que esta, tendo sido encerrada pelo pai num local subterrâneo blindado de bronze para evitar que tivesse filhos, foi fecundada por Zeus que entrou no recinto transformado numa chuva de ouro que pingou de uma fenda no teto. Esta conotação sexual da chuva como o sémen dos deuses é também encontrada entre os índios da América Central, que consideram a chuva a semente do deus da trovoada. Estes povos utilizam a mesma palavra para designar a chuva, a água e a vegetação. Entre os Astecas, o deus da chuva é também o deus dos raios e dos trovões. Os Incas acreditavam que a chuva era retirada da Via Láctea, considerada um grande rio no céu, pelo deus das trovoadas. Para muitas civilizações centradas na agricultura, a chuva é também sangue, o que justifica os muitos rituais de sacrifício de animais e mesmo de seres humanos que têm como objetivo a fecundação da Terra.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – chuva (simbologia) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-10 00:49:32]. Disponível em
Artigos
-
Via LácteaGaláxia em espiral - estrutura que foi possível evidenciar graças à radioastronomia - e grande - com...
-
IncasHistóriaOrganização social e políticaEconomiaReligiãoArquitetura e artesanatoCiênciasLiteraturaHistó...
-
América CentralA América Central situa-se entre o México e a América do Sul e abrange o Panamá, a Costa Rica, a Nic...
-
ZeusDele dependia a ordem e a justiça entre os homens, a fecundidade, mas também a chuva e as trovoadas,...
-
ChinaGeografia País da Ásia Oriental, oficialmente designado por República Popular da China. É o terceiro...
-
DeusO termo "Deus" deriva do indo-europeu Diêus e significava "brilhar" ou "dia". Diêus era o Deus super...
-
IslãoO Islão é o conjunto dos povos, países e estados que professam a religião de Maomé, nas suas diferen...
-
bulaOs documentos eclesiásticos mais importantes, que têm o nome de Apostolicae sub plumbeo litterae, fo...
-
cabalaDa raiz hebraica qbl, "tradição", "transmissão". A cabala reporta-se, antes de mais, ao Judaísmo e, ...
-
Ordem de CalatravaConstituindo a mais antiga ordem religiosa militar de Espanha, foi fundada pelo monge cisterciense R...
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – chuva (simbologia) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-10 00:49:32]. Disponível em