Cláudio II, o Gótico

Soldado de origem ilírica, Marco Aurélio Valério Cláudio nasceu provavelmente em 214, Construiu uma brilhante carreira militar, ainda que uma série de pormenores da sua vida pré-imperial sejam incertos devido à discutível autenticidade dos factos narrados na Historia Augusta (compilação de biografias de vários imperadores, césares e usurpadores entre 117 e 284, segundo o estilo de Suetónio mas feito por seis autores, que escreveram entre os reinados de Diocleciano, 284-305, e Constantino, 307-337).
Segundo esta fonte, parece que Cláudio foi tribuno militar no reinado do imperador Décio (249-251), tendo alcançado o posto de comandante supremo das legiões estacionadas nos Balcãs sob Valeriano (253). Cláudio foi proclamado imperador depois da morte de Galieno, em 268, situação que fazia parte já de um acordo por ele feito com outros generais. De imediato, logo manteve o cerco a Auréolo em Mediolanum (Milão), general rebelde de Galieno. Depois de derrotado, Auréolo foi condenado à morte.
Uma das primeiras iniciativas levadas a cabo por Cláudio II foi uma campanha vitoriosa contra os Alamanos. Apesar deste êxito, não conseguiu superar a situação de impasse gerada pelo "império galo-romano" de Póstumo e depois de Vitorino na Gália, com os quais nunca conseguiu chegar a estabelecer qualquer acordo de paz. No entanto, a Oriente, os Palmirenianos alargavam os limites do império ocupando territórios de províncias romanas. Foi nas fronteiras setentrionais do Norte que Cláudio, porém, concentrou e empenhou as suas forças, principalmente contra os Godos, que conseguiu mesmo derrotar na batalha de Naisso (Nish), que lhe proporcionou, por isso, o título de Gótico Máximo. Cláudio faleceu, ao que tudo indica, em Sirmione (Itália) no ano de 270, vítima de uma epidemia de peste que afligiu a região.