Colonização do Brasil
Oficialmente descoberto pela expedição de Pedro Álvares Cabral em 1500, o Brasil só começou a ser explorado pelos portugueses três décadas mais tarde. Com a criação de capitanias por D. João III, teve lugar um desenvolvimento administrativo, económico e demográfico generalizado, ainda que sob a ameaça constante de holandeses, ingleses e franceses. Aspetos importantes da exploração e povoamento do território prendem-se também com a miscigenação, a produção açucareira e a exploração de metais preciosos. Apesar de não haver a certeza absoluta relativamente a quem terá sido o primeiro europeu a pisar o território brasileiro, deve-se à expedição de Pedro Álvares Cabral a descoberta oficial do Brasil a 22 de abril de 1500. Apesar disso, só a partir da quarta década do século XVI é que os portugueses (até então animados pela descoberta do caminho para a Índia e pelo domínio comercial das especiarias do Oriente) se decidiram a fazer a exploração efetiva das terras brasileiras.
De facto, até 1530 a intervenção de Portugal na América do Sul resumiu-se ao envio de algumas esquadras para a exploração da costa atlântica, à fundação de algumas feitorias e ao combate ao comércio clandestino feito por barcos estrangeiros. A fundação de São Vicente marcou, assim, o início do povoamento e da colonização, iniciados com a expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532). Em 1534, D. João III tentou consolidar esse início dividindo o território em capitanias hereditárias ou donatarias, segundo o sistema tradicional de doação de bens da Coroa. Entre todas as que foram criadas, destacaram-se as capitanias de Pernambuco e São Vicente, na medida em que foram as únicas a progredir a nível administrativo, económico e demográfico.
O facto de as restantes capitanias, na generalidade, não terem tido sucesso levou à criação, na Baía, de uma administração forte e centralizadora, cujo primeiro governador fundou a cidade da Baía. Por outro lado, as plantações de açúcar do Nordeste contribuíram para transformar a colónia no maior produtor mundial de açúcar. Os holandeses, distribuidores deste produto na Europa, constituíram a maior ameaça ao domínio português, ao tentarem, por duas vezes, apoderar-se das regiões açucareiras do Brasil. Entretanto, na última década do século XVII os filões auríferos de Minas Gerais passaram a atrair o empresariado e a mão de obra antes dedicados ao açúcar.
Sendo muito intensa a emigração de portugueses para o Brasil, estes foram-se miscigenando com os nativos (negros e índios), facto que lhes facilitou desempenhar não só o papel de explorador mas também o de colonizador. Ao contrário do que aconteceu noutras possessões portuguesas, no Brasil a colonização assumiu um carácter fortemente popular. Porém, em vez de racionalizarem os recursos naturais que tinham à sua disposição, os portugueses limitaram-se a garantir a transferência das riquezas brasileiras para a metrópole através de mecanismos fiscais. Os pesados impostos cobrados por Portugal provocaram problemas políticos e inspiraram os primeiros movimentos independentistas. Deram também origem à busca de novas áreas auríferas livres de fiscalização, tendo sido assim povoadas regiões extensas dos atuais estados de Mato Grosso e Goiás.
Na altura em que o exército francês, sob o comando de Junot, invadiu Portugal, D. João VI e a sua corte embarcaram para o Brasil, onde se mantiveram entre 1807 e 1820. Nos primeiros oito anos, foi sendo criada toda um estrutura de governo pelo príncipe regente, D. Pedro: ministérios, tribunais, conselhos e mesas eclesiásticas e judiciárias, órgãos militares e de segurança. Criou as primeiras escolas superiores e instituições culturais (Biblioteca Real, Museu Real do Rio de Janeiro, etc.), espalhou escolas régias pelas cidades e vilas, fomentou a vinda de cientistas para o estudo do Brasil e fundou a Imprensa Régia. No plano económico, estimulou as indústrias nascentes e dignificou a classe mercantil. A nível político, elevou o Brasil à condição de reino unido ao de Portugal (1816), facto que dissipou para sempre a sujeição colonial a que até então tinha sido submetido e que indiciava já a independência.
De facto, até 1530 a intervenção de Portugal na América do Sul resumiu-se ao envio de algumas esquadras para a exploração da costa atlântica, à fundação de algumas feitorias e ao combate ao comércio clandestino feito por barcos estrangeiros. A fundação de São Vicente marcou, assim, o início do povoamento e da colonização, iniciados com a expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532). Em 1534, D. João III tentou consolidar esse início dividindo o território em capitanias hereditárias ou donatarias, segundo o sistema tradicional de doação de bens da Coroa. Entre todas as que foram criadas, destacaram-se as capitanias de Pernambuco e São Vicente, na medida em que foram as únicas a progredir a nível administrativo, económico e demográfico.
O facto de as restantes capitanias, na generalidade, não terem tido sucesso levou à criação, na Baía, de uma administração forte e centralizadora, cujo primeiro governador fundou a cidade da Baía. Por outro lado, as plantações de açúcar do Nordeste contribuíram para transformar a colónia no maior produtor mundial de açúcar. Os holandeses, distribuidores deste produto na Europa, constituíram a maior ameaça ao domínio português, ao tentarem, por duas vezes, apoderar-se das regiões açucareiras do Brasil. Entretanto, na última década do século XVII os filões auríferos de Minas Gerais passaram a atrair o empresariado e a mão de obra antes dedicados ao açúcar.
Na altura em que o exército francês, sob o comando de Junot, invadiu Portugal, D. João VI e a sua corte embarcaram para o Brasil, onde se mantiveram entre 1807 e 1820. Nos primeiros oito anos, foi sendo criada toda um estrutura de governo pelo príncipe regente, D. Pedro: ministérios, tribunais, conselhos e mesas eclesiásticas e judiciárias, órgãos militares e de segurança. Criou as primeiras escolas superiores e instituições culturais (Biblioteca Real, Museu Real do Rio de Janeiro, etc.), espalhou escolas régias pelas cidades e vilas, fomentou a vinda de cientistas para o estudo do Brasil e fundou a Imprensa Régia. No plano económico, estimulou as indústrias nascentes e dignificou a classe mercantil. A nível político, elevou o Brasil à condição de reino unido ao de Portugal (1816), facto que dissipou para sempre a sujeição colonial a que até então tinha sido submetido e que indiciava já a independência.
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Como referenciar
Porto Editora – Colonização do Brasil na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-08 22:08:12]. Disponível em
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