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Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão
O desenvolvimento do Brasil, tanto em termos populacionais como geográficos, deve-se, em grande parte, às companhias monopolistas de comércio fundadas entre os séculos XVII e XVIII, que, no entanto, não deixaram de suscitar grande controvérsia.
A Junta do Comércio, uma instituição do Estado português, deu origem, em meados do século XVII, à Companhia para o Comércio do Brasil e teve a seu cargo a organização dos comboios mercantes do e para o Brasil até 1720; aprovou também a criação da Companhia de Cabo Verde e de Cacheu, em 1680, a qual teve uma intervenção importante no fomento da atividade comercial no continente americano.
Esta companhia foi substituída por outra de curta duração, a Companhia Negreira do Pará e Maranhão em 1682, que tinha o exclusivo do tráfico "negreiro", e fornecia mão de obra para este território americano, o que equivalia a cerca de 10 000 escravos por ano, para além de outro tipo de mercadorias.
A política do marquês de Pombal para o Brasil concedeu a criação de duas outras companhias: a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, em 1755, e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, em 1759, para cobrir estas duas grandes regiões da colónia.
A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, fundada para desenvolver a agricultura e também a atividade comercial, tinha a sua sede na metrópole, para além de um capital de 1 200 000 cruzados. Era chefiada por um conselho de deputados cuja escolha era feita entre os seus mais significativos acionistas. Esta companhia teve muitos privilégios régios, entre os quais se destacam a isenção da jurisdição dos tribunais, mesmo não tendo qualquer participação financeira do Estado português.
De 1755 a 1775, esta companhia deteve o monopólio de todo o comércio com o Pará e o Maranhão, dispondo de uma poderosa frota de navios, a qual incluía até navios de guerra. A sua atuação deu, por exemplo, um forte incentivo à cultura do arroz e do algodão nestas duas regiões do Norte do Brasil. O estímulo foi tão forte que neste espaço de tempo o Maranhão, principalmente, transformou-se num dos mais prósperos centros desta colónia, contando também para o seu desenvolvimento com a influência da Guerra da Independência da América do Norte, uma vez que a Inglaterra procurou noutras regiões o algodão que antes colhia da sua colónia americana.
Na década de 70 do século XVIII, esta companhia possuía um avultado número de navios de guerra, superior a três dezenas, os quais transportavam produtos como a madeira, o sal, o arroz e escravos entre o Brasil e a Europa e vice-versa.
A Junta do Comércio, uma instituição do Estado português, deu origem, em meados do século XVII, à Companhia para o Comércio do Brasil e teve a seu cargo a organização dos comboios mercantes do e para o Brasil até 1720; aprovou também a criação da Companhia de Cabo Verde e de Cacheu, em 1680, a qual teve uma intervenção importante no fomento da atividade comercial no continente americano.
Esta companhia foi substituída por outra de curta duração, a Companhia Negreira do Pará e Maranhão em 1682, que tinha o exclusivo do tráfico "negreiro", e fornecia mão de obra para este território americano, o que equivalia a cerca de 10 000 escravos por ano, para além de outro tipo de mercadorias.
A política do marquês de Pombal para o Brasil concedeu a criação de duas outras companhias: a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, em 1755, e a Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, em 1759, para cobrir estas duas grandes regiões da colónia.
A Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, fundada para desenvolver a agricultura e também a atividade comercial, tinha a sua sede na metrópole, para além de um capital de 1 200 000 cruzados. Era chefiada por um conselho de deputados cuja escolha era feita entre os seus mais significativos acionistas. Esta companhia teve muitos privilégios régios, entre os quais se destacam a isenção da jurisdição dos tribunais, mesmo não tendo qualquer participação financeira do Estado português.
De 1755 a 1775, esta companhia deteve o monopólio de todo o comércio com o Pará e o Maranhão, dispondo de uma poderosa frota de navios, a qual incluía até navios de guerra. A sua atuação deu, por exemplo, um forte incentivo à cultura do arroz e do algodão nestas duas regiões do Norte do Brasil. O estímulo foi tão forte que neste espaço de tempo o Maranhão, principalmente, transformou-se num dos mais prósperos centros desta colónia, contando também para o seu desenvolvimento com a influência da Guerra da Independência da América do Norte, uma vez que a Inglaterra procurou noutras regiões o algodão que antes colhia da sua colónia americana.
Na década de 70 do século XVIII, esta companhia possuía um avultado número de navios de guerra, superior a três dezenas, os quais transportavam produtos como a madeira, o sal, o arroz e escravos entre o Brasil e a Europa e vice-versa.
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Como referenciar
Porto Editora – Companhia Geral do Grão-Pará e do Maranhão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-28 21:20:13]. Disponível em
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