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Concretismo
Tendência que, nas artes plásticas, realiza obras não com base no modelo natural mas recorrendo especialmente a elementos visuais ou tácteis. Usa-se, pois, esta designação quando estamos em face de poemas visuais, também chamados "caligramas", depois que Apollinaire publicou os poemas assim designados em 1918. Nestes textos, o fenómeno poético reduz-se, voluntariamente, ao grafismo, como se o conteúdo se limitasse a uma forma arquitetónica, escultórica, uma vez que se destina mais a ser visto do que a ser lido, semelhantemente a um objeto plástico. Esta tendência artística encontra cultores vários no Brasil, e citamos: Hermes Fontes, Augusto de Campos, Cassiano Ricardo... Em Portugal, aparecem poemas visuais em Alexandre O'Neill, Salette Tavares, Herberto Helder, Melo e Castro, Ramos Rosa... Na Antiguidade greco-latina há já poemas-figuras (carmen figuratum) com forma de ovo, asa, altar, colunas, pirâmides..., havendo imitadores até ao século XIX. Referimos Caligramas de Apollinaire, primeiro considerados "ideogramas líricos" na sequência da escrita ideogramática do Oriente, e neles reconhecem-se reminiscências do poema figurado antigo: coroa, flor, revólver... Enunciemos algumas características do Poema concreto:
«- O espaço gráfico é um dos agentes estruturais do poema, isto é, o branco da folha adquire valor expressivo.
- Procura-se criar o «poema-objeto» em que a escrita é o próprio conceito.
- Ocorre a rutura com a sintaxe tradicional e a disjunção de palavras, principalmente da palavra-chave do texto. Assim, consegue-se que ela fique espalhada em toda a composição.
- O verso é abolido. Decorre daí que há várias leituras possíveis: horizontal, vertical e, às vezes, até leitura diagonal. Por isso, diante de um poema concreto é preciso manuseá-lo para alcançar todas as suas possibilidades expressivas.
- O poema estrutura-se sobre a linguagem da comunicação verbal mais a linguagem da comunicação visual.
- Para obter todos esses efeitos, o poeta utiliza os aspetos concretos do significante: sonoridade, forma, sinais e, às vezes, recursos tipográficos. Portanto, o Concretismo explora todas as possibilidades significativas do significante.»
Como por exemplo:

«- O espaço gráfico é um dos agentes estruturais do poema, isto é, o branco da folha adquire valor expressivo.
- Procura-se criar o «poema-objeto» em que a escrita é o próprio conceito.
- Ocorre a rutura com a sintaxe tradicional e a disjunção de palavras, principalmente da palavra-chave do texto. Assim, consegue-se que ela fique espalhada em toda a composição.
- O verso é abolido. Decorre daí que há várias leituras possíveis: horizontal, vertical e, às vezes, até leitura diagonal. Por isso, diante de um poema concreto é preciso manuseá-lo para alcançar todas as suas possibilidades expressivas.
- O poema estrutura-se sobre a linguagem da comunicação verbal mais a linguagem da comunicação visual.
- Para obter todos esses efeitos, o poeta utiliza os aspetos concretos do significante: sonoridade, forma, sinais e, às vezes, recursos tipográficos. Portanto, o Concretismo explora todas as possibilidades significativas do significante.»
Como por exemplo:
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Como referenciar
Porto Editora – Concretismo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-05-24 18:54:18]. Disponível em
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