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corpo
O corpo, na perspetiva da Filosofia, é a matéria que constitui um indivíduo, mas o conceito de corpo implica que o objeto científico seja um ser com unidade própria e, como tal, objeto de reflexão filosófica. De uma forma geral, o corpo é aquilo que no ser é passível de ser tocado, que possui uma forma e através do qual existe contacto com o exterior, é então a exterioridade percebida.
O dualismo da metafísica opõe o sujeito ao seu corpo. A exterioridade é, assim, o mundo dos corpos, desvalorizado em relação ao espírito, é a parte que permanece rebelde perante a nossa vontade.
O corpo é aquilo que, como objeto tangível, se opõe à alma e, como tal, é um obstáculo epistemológico, lugar de conflito das paixões, lugar dos desejos e dos apetites.
O corpo é visto como túmulo, perecível e mortal, que induz a alma em erro e é aparente. Constitui um elemento perturbador da alma na busca da verdade. As paixões, os desejos, as sensações, as doenças, a dor, o prazer, são fatores que desviam a atenção da razão do que deve ser o seu real objeto.
Enquanto tivermos um corpo, onde a alma está aprisionada, jamais conseguiremos alcançar a nossa aspiração - a verdade. Só após a morte do corpo, a alma liberta se eleva ao mundo das ideias e contempla a verdadeira realidade.
Para Descartes, a essência da matéria, que se manifesta sob a forma de corpos, reside então na extensão: a natureza da matéria, ou do corpo, não consiste em ser uma coisa dura ou com peso, mas somente uma substância que se estende em comprimento, largura e profundidade. É a substância extensa, diferente da substância pensante.
Para Merleau-Ponty, o corpo não é do mundo; está no mundo e habita-o. A verdadeira existência do corpo não é a de um ser objetivo. É o corpo que se é e não o corpo que se tem, totalidade indivisa, que caracteriza o ser no mundo como desígnio encarnado. O corpo é sujeito.
Para Platão, a relação com o corpo é feita de ambivalência. Ele denuncia a violência do corpo, como sepultura da alma, mas propõe uma filosofia do corpo que integra este numa vida equilibrada: "só há um meio de salvação: não exercitar a alma sem o corpo, nem o corpo sem a alma".
Para Niestzche, "há mais no teu corpo, que no melhor da tua sabedoria".
Para Husserl, no pensamento contemporâneo, o corpo é a maneira de se estar e de se ser no mundo.
Num pensamento mais atual, a consciência inscreve-se e encarna no corpo que é e, por este facto, é um sinal e uma mediação que nos possibilita estar no mundo como homens. O corpo individualiza o sujeito pensante, dá-lhe uma identidade física. O corpo é o suposto lugar da nossa realização e é o corpo vivo do ser animado.
O dualismo da metafísica opõe o sujeito ao seu corpo. A exterioridade é, assim, o mundo dos corpos, desvalorizado em relação ao espírito, é a parte que permanece rebelde perante a nossa vontade.
O corpo é aquilo que, como objeto tangível, se opõe à alma e, como tal, é um obstáculo epistemológico, lugar de conflito das paixões, lugar dos desejos e dos apetites.
O corpo é visto como túmulo, perecível e mortal, que induz a alma em erro e é aparente. Constitui um elemento perturbador da alma na busca da verdade. As paixões, os desejos, as sensações, as doenças, a dor, o prazer, são fatores que desviam a atenção da razão do que deve ser o seu real objeto.
Enquanto tivermos um corpo, onde a alma está aprisionada, jamais conseguiremos alcançar a nossa aspiração - a verdade. Só após a morte do corpo, a alma liberta se eleva ao mundo das ideias e contempla a verdadeira realidade.
Para Descartes, a essência da matéria, que se manifesta sob a forma de corpos, reside então na extensão: a natureza da matéria, ou do corpo, não consiste em ser uma coisa dura ou com peso, mas somente uma substância que se estende em comprimento, largura e profundidade. É a substância extensa, diferente da substância pensante.
Para Merleau-Ponty, o corpo não é do mundo; está no mundo e habita-o. A verdadeira existência do corpo não é a de um ser objetivo. É o corpo que se é e não o corpo que se tem, totalidade indivisa, que caracteriza o ser no mundo como desígnio encarnado. O corpo é sujeito.
Para Platão, a relação com o corpo é feita de ambivalência. Ele denuncia a violência do corpo, como sepultura da alma, mas propõe uma filosofia do corpo que integra este numa vida equilibrada: "só há um meio de salvação: não exercitar a alma sem o corpo, nem o corpo sem a alma".
Para Niestzche, "há mais no teu corpo, que no melhor da tua sabedoria".
Para Husserl, no pensamento contemporâneo, o corpo é a maneira de se estar e de se ser no mundo.
Num pensamento mais atual, a consciência inscreve-se e encarna no corpo que é e, por este facto, é um sinal e uma mediação que nos possibilita estar no mundo como homens. O corpo individualiza o sujeito pensante, dá-lhe uma identidade física. O corpo é o suposto lugar da nossa realização e é o corpo vivo do ser animado.
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Como referenciar
Porto Editora – corpo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-05 19:00:59]. Disponível em
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