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Cortes de Coimbra
A cidade de Coimbra desempenhou as funções de capital do reino desde o tempo de D. Afonso Henriques até ao de D. Afonso III, pelo que foi diversas vezes escolhida para a reunião das Cortes.
As primeiras que lá se realizaram foram as de 1211 (provavelmente de abril a junho), por iniciativa de D. Afonso II. Aí foram promulgadas as primeiras leis gerais do reino, assentes na ideia de que o rei é o único detentor tradicional do poder político e social.
As segundas Cortes conimbricenses, realizadas em 1385, ficaram célebres ao consagrarem a Revolução de 1383, atribuindo a coroa a D. João, mestre de Avis, e regulamentando o exercício do governo. Foi, portanto, uma assembleia de importância capital na História portuguesa.
Em janeiro de 1398, realizaram-se as terceiras Cortes de Coimbra, que dão conta das profundas transformações económicas operadas no nosso país no início da segunda dinastia. Ao subir ao trono, D. João I tinha encontrado uma moeda depreciada e um erário vazio, pelo que provocou a inflação da moeda, atribuindo um valor fictício, cada vez mais elevado, às moedas que sucessivamente ia cunhando. Tal facto levou a que se produzissem graves perturbações na vida económica. Daí que, nestas Cortes, o monarca tenha prometido estabelecer periodicamente o valor entre a nova moeda e a anterior.
Finalmente, em agosto de 1472 tiveram início as quartas Cortes de Coimbra, que acabaram em Évora em março do ano seguinte. Nelas tratou-se essencialmente dos assentamentos dos duques, senhores, condes e pessoas grandes do reino. Por outro lado, revelam a grande fraqueza do poder central perante o incremento senhorial dos Braganças, bem como de outros ramos da nobreza, que se viam contemplados com cada vez mais títulos. Nota-se também um protesto mais acentuado dos procuradores das cidades e vilas, que exigiam do rei uma administração séria e baseada no direito dos povos, insurgindo-se contra os abusos da classe senhorial.
As primeiras que lá se realizaram foram as de 1211 (provavelmente de abril a junho), por iniciativa de D. Afonso II. Aí foram promulgadas as primeiras leis gerais do reino, assentes na ideia de que o rei é o único detentor tradicional do poder político e social.
As segundas Cortes conimbricenses, realizadas em 1385, ficaram célebres ao consagrarem a Revolução de 1383, atribuindo a coroa a D. João, mestre de Avis, e regulamentando o exercício do governo. Foi, portanto, uma assembleia de importância capital na História portuguesa.
Finalmente, em agosto de 1472 tiveram início as quartas Cortes de Coimbra, que acabaram em Évora em março do ano seguinte. Nelas tratou-se essencialmente dos assentamentos dos duques, senhores, condes e pessoas grandes do reino. Por outro lado, revelam a grande fraqueza do poder central perante o incremento senhorial dos Braganças, bem como de outros ramos da nobreza, que se viam contemplados com cada vez mais títulos. Nota-se também um protesto mais acentuado dos procuradores das cidades e vilas, que exigiam do rei uma administração séria e baseada no direito dos povos, insurgindo-se contra os abusos da classe senhorial.
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Como referenciar
Porto Editora – Cortes de Coimbra na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-03 01:07:26]. Disponível em
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