D. Afonso II
Terceiro rei de Portugal (1211-1223), filho de D. Sancho I e da rainha D. Dulce, nasceu em Coimbra em 1185 e faleceu em 1223. Casou com D. Urraca, infanta de Castela, e subiu ao trono em finais de março de 1211. Recebeu o cognome de "o Gordo".
Não tinha vocação militar, por isso abandonou a política de expansão territorial, preocupação dominante até então, para procurar dotar o país de uma conceção moderna da função do Estado, do rei e da unidade nacional. Com tais objetivos, logo que subiu ao trono, em 1211, convocou Cortes para Coimbra. Destas saiu a primeira coletânea de leis gerais do país, que mostram desde logo a ação centralizadora do rei na oposição aos abusos das classes privilegiadas. Foram tomadas também uma série de medidas gerais que se destinaram a garantir o direito de propriedade, regular a justiça civil, defender os interesses materiais da coroa e evitar certos abusos dos privilegiados. As confirmações, raras até este período, e que se generalizaram entre 1216 e 1221 como medida de administração pública, mostram, também, o desejo de firmar a soberania da coroa. Uma outra medida tomada para reprimir os abusos das classes privilegiadas foram as inquirições.
Esta nova política levou também a conflitos com o clero e com as infantas suas irmãs. D. Sancho I tinha deixado, por testamento, às infantas D. Teresa, D. Sancha e D. Mafalda numerosas mercês em terras e dinheiro sobre as quais D. Afonso II pretendia o pagamento de direitos régios. As infantas apelaram para o papa, que, após alguns avanços e recuos, veio a confirmar a posição de D. Afonso II.
Apesar de, como já dissemos, não ter tido preocupações militares, enviou tropas portuguesas que, ao lado de castelhanas, aragonesas e francesas, combateram bravamente na célebre batalha de Navas de Tolosa na defesa da Península contra os muçulmanos. Alcácer do Sal foi a principal conquista do seu reinado.
Não tinha vocação militar, por isso abandonou a política de expansão territorial, preocupação dominante até então, para procurar dotar o país de uma conceção moderna da função do Estado, do rei e da unidade nacional. Com tais objetivos, logo que subiu ao trono, em 1211, convocou Cortes para Coimbra. Destas saiu a primeira coletânea de leis gerais do país, que mostram desde logo a ação centralizadora do rei na oposição aos abusos das classes privilegiadas. Foram tomadas também uma série de medidas gerais que se destinaram a garantir o direito de propriedade, regular a justiça civil, defender os interesses materiais da coroa e evitar certos abusos dos privilegiados. As confirmações, raras até este período, e que se generalizaram entre 1216 e 1221 como medida de administração pública, mostram, também, o desejo de firmar a soberania da coroa. Uma outra medida tomada para reprimir os abusos das classes privilegiadas foram as inquirições.
Esta nova política levou também a conflitos com o clero e com as infantas suas irmãs. D. Sancho I tinha deixado, por testamento, às infantas D. Teresa, D. Sancha e D. Mafalda numerosas mercês em terras e dinheiro sobre as quais D. Afonso II pretendia o pagamento de direitos régios. As infantas apelaram para o papa, que, após alguns avanços e recuos, veio a confirmar a posição de D. Afonso II.
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Como referenciar
Porto Editora – D. Afonso II na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-26 09:46:16]. Disponível em
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