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Decâmeron
Escrita entre 1348 e 1353, esta obra é considerada como a obra-prima de Giovanni Boccaccio, constituindo, do ponto de vista estilístico, o mais perfeito exemplo da prosa clássica italiana.
A história começa quando sete mulheres e três homens fogem da Peste Negra que alastra em Florença e se refugiam no campo, onde, durante quinze dias, cada membro do grupo é rei (ou rainha) por um dia, programando em detalhe as suas atividades. Aos dez dias correspondentes às dez pessoas, Boccaccio adiciona mais cinco, os quais são dedicados a considerações e devoções religiosas pessoais, registando-se, ao todo, 100 histórias ao longo da obra. Para além disso, encontra-se no fim de cada dia uma canção cantada pelos intervenientes, e estas canções encerram o que de melhor o autor escreveu em poesia lírica.
Ao longo da narrativa marcam presença vários sentimentos. Assim, à tristeza da parte inicial da obra (a Peste Negra e o caos social) sucede-se uma alegria transbordante no Dia I e uma atmosfera divertida que marca os dias II e III. As histórias de amor infeliz ensombram o Dia IV, ambiente de certa forma aliviado no Dia V, embora só no Dia VI regresse a alegria que caracterizou o Dia I, abrindo caminho aos momentos cómicos que abundam nos Dias VII, VIII e IX. Finalmente, no Dia X, todos os temas tratados anteriormente são levados ao seu clímax.
Vários aspetos justificam o elevado interesse desta obra: por um lado, a inspiração clássica presente nos prefácios dos dias e das histórias individuais, o domínio da palavra e a narrativa viva, ritmada e tensa, livre de qualquer peso ornamental; por outro lado, a inovação que naquela época representou a abordagem da luta do homem perante o seu destino, que o homem deve aceitar da mesma forma que aceita as suas própria limitações, sem apelar à intervenção divina - aspetos que influenciariam a literatura italiana dos séculos seguintes.
Destaquem-se, por último, as linhas sensuais, mesmo licenciosas, presentes em alguns passos da obra Decâmeron, facto que, para além de confirmar o espírito inovador de Boccaccio, inspirou a crítica moderna.
A história começa quando sete mulheres e três homens fogem da Peste Negra que alastra em Florença e se refugiam no campo, onde, durante quinze dias, cada membro do grupo é rei (ou rainha) por um dia, programando em detalhe as suas atividades. Aos dez dias correspondentes às dez pessoas, Boccaccio adiciona mais cinco, os quais são dedicados a considerações e devoções religiosas pessoais, registando-se, ao todo, 100 histórias ao longo da obra. Para além disso, encontra-se no fim de cada dia uma canção cantada pelos intervenientes, e estas canções encerram o que de melhor o autor escreveu em poesia lírica.
Ao longo da narrativa marcam presença vários sentimentos. Assim, à tristeza da parte inicial da obra (a Peste Negra e o caos social) sucede-se uma alegria transbordante no Dia I e uma atmosfera divertida que marca os dias II e III. As histórias de amor infeliz ensombram o Dia IV, ambiente de certa forma aliviado no Dia V, embora só no Dia VI regresse a alegria que caracterizou o Dia I, abrindo caminho aos momentos cómicos que abundam nos Dias VII, VIII e IX. Finalmente, no Dia X, todos os temas tratados anteriormente são levados ao seu clímax.
Destaquem-se, por último, as linhas sensuais, mesmo licenciosas, presentes em alguns passos da obra Decâmeron, facto que, para além de confirmar o espírito inovador de Boccaccio, inspirou a crítica moderna.
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Como referenciar
Porto Editora – Decâmeron na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-02-02 12:08:09]. Disponível em
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