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Djoser
Djoser, com nome de governante Neterket ou Netjerykhet ("corpo divino") reinou no Egito presumivelmente entre os anos de 2630 e 2611 a. C., pertencendo à IIIª Dinastia do Império Antigo. Passou à posteridade juntamente com o arquiteto Imhotep por ter mandado construir a chamada "pirâmide de degraus (ou escalonada) de Sakara", a primeira de que há notícia. A estrutura desta pirâmide representou uma grande inovação em relação às mastabas, túmulos de forma usualmente quadrada ou retangular. A forma piramidal, resultante da sobreposição das mastabas, partindo de uma base quadrada até um vértice é de facto inovadora na arquitetura do mundo antigo. Esta pirâmide consta de uma sobreposição de seis degraus similares a mastabas, pelo que possui planta de tendência quadrangular. O complexo funerário, inserido num recinto muralhado, conta ainda com outros túmulos, altares, pátios, armazéns, um palácio e um templo.
Apontam-se como pais de Djoser o rei Keasekhemwy, último da IIª Dinastia, e a rainha Nimaethap. Coloca-se também a hipótese de ser irmão do seu antecessor no trono, Sanakhte. Hetephernebti, Inetkaues e uma desconhecida cujo nome foi apagado dos sítios em que estava inscrito são as três mulheres que se relacionam com este rei, não se sabendo qual o grau de parentesco específico de cada uma delas com Djoser. Este estabeleceu a sede do reinado em Mênfis, e inscrições em rochas atestam as missões de recolha de turquesa no Sinai (Wadi Maghara). O posto de vizir surge nesta época, e sabe-se terem existido pelo menos dois cargos no governo da zonas de deserto no Vale do Nilo, sendo eles o de "controlador do deserto" e o de "administrador do deserto". Durante este reinado comemorou-se o "festival da corrida do touro Ápis", em Mênfis, e o culto mais importante parece ter sido o do deus Hórus, como se verifica pela junção do nome deste deus ao do rei. Vestígios como selos dos túmulos de Bet Khallaf, de Sakara, de Hierakompolis e de Elefantina, além de relevos de Gebelein e da capela de Heliópolis testemunham aspetos e episódios deste reinado. A estela Famine de Sehel, apesar de mais tardia, é contudo a maior fonte de informação histórica sobre o período de governo de Djoser.
Apontam-se como pais de Djoser o rei Keasekhemwy, último da IIª Dinastia, e a rainha Nimaethap. Coloca-se também a hipótese de ser irmão do seu antecessor no trono, Sanakhte. Hetephernebti, Inetkaues e uma desconhecida cujo nome foi apagado dos sítios em que estava inscrito são as três mulheres que se relacionam com este rei, não se sabendo qual o grau de parentesco específico de cada uma delas com Djoser. Este estabeleceu a sede do reinado em Mênfis, e inscrições em rochas atestam as missões de recolha de turquesa no Sinai (Wadi Maghara). O posto de vizir surge nesta época, e sabe-se terem existido pelo menos dois cargos no governo da zonas de deserto no Vale do Nilo, sendo eles o de "controlador do deserto" e o de "administrador do deserto". Durante este reinado comemorou-se o "festival da corrida do touro Ápis", em Mênfis, e o culto mais importante parece ter sido o do deus Hórus, como se verifica pela junção do nome deste deus ao do rei. Vestígios como selos dos túmulos de Bet Khallaf, de Sakara, de Hierakompolis e de Elefantina, além de relevos de Gebelein e da capela de Heliópolis testemunham aspetos e episódios deste reinado. A estela Famine de Sehel, apesar de mais tardia, é contudo a maior fonte de informação histórica sobre o período de governo de Djoser.
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Como referenciar
Porto Editora – Djoser na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-29 22:02:38]. Disponível em
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