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Edith Södergran
Poetisa finlandesa de expressão sueca, Edith Södergran nasceu a 4 de abril de 1892, em São Petersburgo, na Rússia. Oriunda de uma família burguesa, era filha de um funcionário das indústrias de Alfred Nobel. Em 1902 ingressou no Colégio Alemão Petri-Schule de São Petersburgo, o que lhe propiciou uma forte paixão pela poesia alemã, e a levou a escrever os seus próprios primeiros poemas nesse idioma.
Contraindo tuberculose, o pai decidiu procurar tratamento num sanatório em Nummela, em território finlandês. Regressando em 1907, acabou por contagiar a filha, que se viu assim também forçada ao repouso dos ares de Nummela, entre 1909 e 1911. Partiu em seguida para a Suíça e, conseguindo recuperar da doença, pôde regressar à Finlândia em 1914.
Com a deflagração da Primeira Grande Guerra, Edith Södergran tomou refúgio em casa de família na orla da floresta de Raivola, junto à Rússia, onde conseguiu amealhar poemas suficientes para formar o corpo do seu primeiro volume, Dikter (1916), coletânea escrita em sueco e que passou despercebida pela crítica. Por instigação de Hugo Bergtroth havia começado a escrever nessa língua, e os seus esforços haviam sido encorajados por entendidos como o escritor Arvid Mörne.
Em 1917 visitou Helsínquia, onde conheceu escritores como Juhani Aho e Eino Leino mas, com a chegada da Revolução Russa em outubro do mesmo ano, viu expropriada a propriedade da família e, com o rebentamento da Guerra Civil da Finlândia, seguiram-se anos de privações e pobreza extrema.
Em 1918 publicou uma outra coletânea, Septemberlyran, em que procurava propagar um entusiasmo dionisíaco inspirado em Friedrich Nietzsche, e que gerou controvérsia na imprensa ao ignorar a intenção de Södergran em mitigar os ódios políticos que viraram finlandeses contra finlandeses numa guerra civil sangrenta e desumana.
Em 1919 apareceram Brokiga Jakttagelser e Rosenaltaret, em que Södergran abandonava os ideais de Nietzsche para se reconciliar com a religião. No ano seguinte seria a vez de Framtidens Skugga (1920), o último livro publicado durante a vida da poetisa. Aderiu, pouco tempo depois à Sociedade Antroposófica, e passou os seus últimos anos de vida estudando os ensinamentos de Rudolf Steiner e escrevendo alguns poemas dispersos, que seriam recolhidos pela mão do poeta Elmer Diktonius e publicados postumamente em 1925.
Edith Sodergran faleceu em Raivola, vítima da tuberculose, a 24 de junho de 1923.
Contraindo tuberculose, o pai decidiu procurar tratamento num sanatório em Nummela, em território finlandês. Regressando em 1907, acabou por contagiar a filha, que se viu assim também forçada ao repouso dos ares de Nummela, entre 1909 e 1911. Partiu em seguida para a Suíça e, conseguindo recuperar da doença, pôde regressar à Finlândia em 1914.
Com a deflagração da Primeira Grande Guerra, Edith Södergran tomou refúgio em casa de família na orla da floresta de Raivola, junto à Rússia, onde conseguiu amealhar poemas suficientes para formar o corpo do seu primeiro volume, Dikter (1916), coletânea escrita em sueco e que passou despercebida pela crítica. Por instigação de Hugo Bergtroth havia começado a escrever nessa língua, e os seus esforços haviam sido encorajados por entendidos como o escritor Arvid Mörne.
Em 1917 visitou Helsínquia, onde conheceu escritores como Juhani Aho e Eino Leino mas, com a chegada da Revolução Russa em outubro do mesmo ano, viu expropriada a propriedade da família e, com o rebentamento da Guerra Civil da Finlândia, seguiram-se anos de privações e pobreza extrema.
Em 1918 publicou uma outra coletânea, Septemberlyran, em que procurava propagar um entusiasmo dionisíaco inspirado em Friedrich Nietzsche, e que gerou controvérsia na imprensa ao ignorar a intenção de Södergran em mitigar os ódios políticos que viraram finlandeses contra finlandeses numa guerra civil sangrenta e desumana.
Em 1919 apareceram Brokiga Jakttagelser e Rosenaltaret, em que Södergran abandonava os ideais de Nietzsche para se reconciliar com a religião. No ano seguinte seria a vez de Framtidens Skugga (1920), o último livro publicado durante a vida da poetisa. Aderiu, pouco tempo depois à Sociedade Antroposófica, e passou os seus últimos anos de vida estudando os ensinamentos de Rudolf Steiner e escrevendo alguns poemas dispersos, que seriam recolhidos pela mão do poeta Elmer Diktonius e publicados postumamente em 1925.
Edith Sodergran faleceu em Raivola, vítima da tuberculose, a 24 de junho de 1923.
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Como referenciar
Porto Editora – Edith Södergran na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-28 17:19:04]. Disponível em
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