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Egito: Ritos Funerários
Os antigos Egípcios tomavam todas as precauções para sobreviverem à morte, alcançando o Além e gozando aí um estado de existência correto. Contudo, até nós chegaram somente os vestígios funerários dos ricos e poderosos, não se conservando elementos da grande maioria da população, pelo que sabemos pouco sobre a atitude do povo face à morte e preparação para esse acontecimento.
O pensamento egípcio estabelecia que a continuação da vida extraterrena dependia da sobrevivência do nome da pessoa, da conservação do seu corpo, do aprovisionamento regular de alimentos e da possibilidade de superar os perigos e provas que poderiam dificultar e impedir o avanço deste para o outro mundo. Neste sentido estabeleceram um conjunto de procedimentos. O ideal era possuir um túmulo que pudesse servir de morada ao ka (espécie de alter-ego que na morte assumia a personalidade do morto) e de lugar de descanso para o corpo. Nas paredes da tumba e nos papiros aí colocados, havia textos que deviam garantir a aceitação por parte dos deuses. A sepultura devia ser escavada ou construída muito antes e quanto mais ambicioso fosse o projeto, mais tempo era requerido para a levar a cabo.
No quadro desta religiosidade, apesar do estatuto particular e eclético, encontra-se a tradição egípcia da mumificação. O processo iniciou-se durante a vigência do Império Novo. O método consistia, em primeiro lugar, em retirar o cérebro e demais vísceras do corpo, aquele pelo nariz e as restantes através de uma incisão realizada no lombar esquerdo. O coração não era retirado, pois, segundo a tradição, retinha o entendimento. O corpo era tratado com natrão, provavelmente em estado sólido, contribuindo para a desidratação, mantendo a flexibilidade da pele. Seguidamente cobria-se corpo e crânio com linho e resina, inserindo-se ocasionalmente olhos artificiais e tapando-se nariz e ouvidos. O corpo era vendado, sendo introduzido entre as ligaduras amuletos protetores, principalmente o escaravelho. Na dinastia 21.ª, foi introduzida a prática de envolvimento e colocação das vísceras no interior do corpo. Curiosamente, algumas múmias apareceram com folhas de tabaco no seu interior, o que veio lançar um enigma na história egípcia, pois pensa-se que o tabaco é originário da América e só é do conhecimento do Ocidente no século XVI, com as primeiras navegações para o "outro lado" do Atlântico.
O pensamento egípcio estabelecia que a continuação da vida extraterrena dependia da sobrevivência do nome da pessoa, da conservação do seu corpo, do aprovisionamento regular de alimentos e da possibilidade de superar os perigos e provas que poderiam dificultar e impedir o avanço deste para o outro mundo. Neste sentido estabeleceram um conjunto de procedimentos. O ideal era possuir um túmulo que pudesse servir de morada ao ka (espécie de alter-ego que na morte assumia a personalidade do morto) e de lugar de descanso para o corpo. Nas paredes da tumba e nos papiros aí colocados, havia textos que deviam garantir a aceitação por parte dos deuses. A sepultura devia ser escavada ou construída muito antes e quanto mais ambicioso fosse o projeto, mais tempo era requerido para a levar a cabo.
No quadro desta religiosidade, apesar do estatuto particular e eclético, encontra-se a tradição egípcia da mumificação. O processo iniciou-se durante a vigência do Império Novo. O método consistia, em primeiro lugar, em retirar o cérebro e demais vísceras do corpo, aquele pelo nariz e as restantes através de uma incisão realizada no lombar esquerdo. O coração não era retirado, pois, segundo a tradição, retinha o entendimento. O corpo era tratado com natrão, provavelmente em estado sólido, contribuindo para a desidratação, mantendo a flexibilidade da pele. Seguidamente cobria-se corpo e crânio com linho e resina, inserindo-se ocasionalmente olhos artificiais e tapando-se nariz e ouvidos. O corpo era vendado, sendo introduzido entre as ligaduras amuletos protetores, principalmente o escaravelho. Na dinastia 21.ª, foi introduzida a prática de envolvimento e colocação das vísceras no interior do corpo. Curiosamente, algumas múmias apareceram com folhas de tabaco no seu interior, o que veio lançar um enigma na história egípcia, pois pensa-se que o tabaco é originário da América e só é do conhecimento do Ocidente no século XVI, com as primeiras navegações para o "outro lado" do Atlântico.
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Como referenciar
Porto Editora – Egito: Ritos Funerários na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-01-31 23:26:30]. Disponível em
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