elite
As elites são grupos de pessoas que numa determinada sociedade se auto- atribuem proeminência ou a quem ela é reconhecida. V. Pareto introduziu a expressão "circulação das elites" para designar o movimento que resulta na integração na classe dominante dos elementos da classe dominada que possuem capacidades superiores, e na eliminação dos elementos ineficazes da classe dominante. Esta circulação permanente de elites contribuiria para manter o equilíbrio do sistema social ao permitir a mobilidade ascendente dos sujeitos de maior mérito.
Já segundo G. Mosca, as elites correspondem a grupos minoritários que numa determinada sociedade detêm o poder e que o conservam enquanto mantiverem uma organização e estruturação interna. Mosca associava a noção de elite à de classe social. Para este autor, a História pode ser explicada através do estudo dos interesses e do pensamento de uma elite no poder.
R. Michels identificou uma concentração de poder nas mão de um pequeno número de pessoas, que ocorre dentro das organizações quando elas crescem. Formulou a chamada 'lei de ferro da oligarquia', segundo a qual existe uma tendência das organizações políticas para se tornarem oligárquicas mesmo quando aspiram à democracia interna.
C. W. Mills dissociou as noções de elite e de classe social e desenvolveu investigações empíricas sobre as elites no sentido de uma sociologia do poder. Das suas investigações, C. W. Mills concluiu pela existência não só de interesses financeiros comuns como de laços de natureza mais psicológica e pessoal (como a semelhança de mentalidades, de origem social e de educação, laços de amizade e de parentesco, troca de favores, entre outros) que reforçam a coesão entre as elites.
Como destacou Guy Rocher, o sistema de elites é relativamente simples e estável na sociedade tradicional mas é extremamente complexo e dinâmico na sociedade tecnológica.
As sociedades modernas são caracterizadas por:
- uma multiplicidade de elites, resultante da complexidade da sociedade;
- por um importante papel, mais ou menos estratégico, da elite, sendo o grupo que tem o poder de decisão;
- elites que para se manterem têm que saber adaptar-se, o que é tanto mais difícil quanto mais as sociedades forem complexas e mutáveis.
Por um lado, a elite apenas o é graças ao seu exclusivismo, por outro, ela só o pode permanecer se mantiver o contacto com o que lhe é exterior, situação esta que é fonte de conflito.
Os estudos sociológicos acerca das elites têm versado aspetos como o da coesão da elite (por exemplo, The Power Elite de C. W. Mills, 1956), a dinâmica entre as elites e entre estas e a não-elite (por exemplo, para R. Aron e J. A. Schumpeter a sociedade democrática é composta por elites rivais que se encontram em equilíbrio precário) e a constituição de elites em sociedades determinadas.
Já segundo G. Mosca, as elites correspondem a grupos minoritários que numa determinada sociedade detêm o poder e que o conservam enquanto mantiverem uma organização e estruturação interna. Mosca associava a noção de elite à de classe social. Para este autor, a História pode ser explicada através do estudo dos interesses e do pensamento de uma elite no poder.
R. Michels identificou uma concentração de poder nas mão de um pequeno número de pessoas, que ocorre dentro das organizações quando elas crescem. Formulou a chamada 'lei de ferro da oligarquia', segundo a qual existe uma tendência das organizações políticas para se tornarem oligárquicas mesmo quando aspiram à democracia interna.
C. W. Mills dissociou as noções de elite e de classe social e desenvolveu investigações empíricas sobre as elites no sentido de uma sociologia do poder. Das suas investigações, C. W. Mills concluiu pela existência não só de interesses financeiros comuns como de laços de natureza mais psicológica e pessoal (como a semelhança de mentalidades, de origem social e de educação, laços de amizade e de parentesco, troca de favores, entre outros) que reforçam a coesão entre as elites.
Como destacou Guy Rocher, o sistema de elites é relativamente simples e estável na sociedade tradicional mas é extremamente complexo e dinâmico na sociedade tecnológica.
As sociedades modernas são caracterizadas por:
- uma multiplicidade de elites, resultante da complexidade da sociedade;
- por um importante papel, mais ou menos estratégico, da elite, sendo o grupo que tem o poder de decisão;
- elites que para se manterem têm que saber adaptar-se, o que é tanto mais difícil quanto mais as sociedades forem complexas e mutáveis.
Por um lado, a elite apenas o é graças ao seu exclusivismo, por outro, ela só o pode permanecer se mantiver o contacto com o que lhe é exterior, situação esta que é fonte de conflito.
Os estudos sociológicos acerca das elites têm versado aspetos como o da coesão da elite (por exemplo, The Power Elite de C. W. Mills, 1956), a dinâmica entre as elites e entre estas e a não-elite (por exemplo, para R. Aron e J. A. Schumpeter a sociedade democrática é composta por elites rivais que se encontram em equilíbrio precário) e a constituição de elites em sociedades determinadas.
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Como referenciar
Porto Editora – elite na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-12-06 08:26:04]. Disponível em
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