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Ensino em Roma
As crianças de Roma apenas estavam entregues aos cuidados da mãe até atingirem o fim da infância, altura em que as mais pobres eram enviadas para uma escola privada (a partir do século II a. C., altura da fundação da primeira) e aquelas cujos pais tinham mais possibilidades eram entregues aos cuidados de um pedagogo. Este era usualmente de origem helénica e comprado a um elevado preço.
Os professores não deixavam de pertencer a uma classe sempre inferior à dos alunos, sobretudo aqueles que lecionavam nas escolas (denominadas ludus litterarius), pelo que sofriam constantes humilhações e a tarefa pedagógica raramente era levada a bom termo. De facto, poucas eram as condições favoráveis à formação dos alunos e à boa reputação dos mestres: o espaço da aula onde se apinhavam rapazes e raparigas dos sete aos quinze anos, indiferenciadamente, era extremamente reduzido, invadido pelo ruído das movimentadas ruas e incomodamente mobilado. Este facto levava a alguma indisciplina entre os alunos e a severas correções, exageradas muitas vezes, por parte do professor, o que provocava atitudes de dissimulação, hipocrisia e mentira por medo de represálias.
As aulas eram monótonas e pouco produtivas, uma vez que os métodos utilizados para a transmissão de conhecimentos eram perfeitamente inadequados. Os mestres, não gozando de qualquer gratificação pelo bom desempenho do seu trabalho além de um magro vencimento de cerca de oito asses por aluno, não tinham igualmente qualquer preocupação em fazer com que o ensino fosse eficaz. Além disso, a única base de conhecimentos sobre a qual os alunos trabalhavam era a Lei das Doze Tábuas.Estas escolas disseminaram-se pelos territórios mais recônditos do Império Romano, sendo os mestres e pedagogos recompensados sim, neste caso, com alguns benefícios.
A um nível superior situam-se os gramáticos - que ensinava literatura grega e romana, assim como um pouco de mitologia, geografia, música, astronomia, matemática e história - e os retóricos, inicialmente de origem grega (refugiados das campanhas de conquista). Posteriormente estes mestres foram latinos, quando a formação dada pelos primeiros proporcionou o surgimento dos segundos.
Estes instrutores especialistas ensinavam apenas membros prestigiados da burguesia e da aristocracia romanas, e a língua utilizada era quase exclusivamente o grego.
Os professores não deixavam de pertencer a uma classe sempre inferior à dos alunos, sobretudo aqueles que lecionavam nas escolas (denominadas ludus litterarius), pelo que sofriam constantes humilhações e a tarefa pedagógica raramente era levada a bom termo. De facto, poucas eram as condições favoráveis à formação dos alunos e à boa reputação dos mestres: o espaço da aula onde se apinhavam rapazes e raparigas dos sete aos quinze anos, indiferenciadamente, era extremamente reduzido, invadido pelo ruído das movimentadas ruas e incomodamente mobilado. Este facto levava a alguma indisciplina entre os alunos e a severas correções, exageradas muitas vezes, por parte do professor, o que provocava atitudes de dissimulação, hipocrisia e mentira por medo de represálias.
As aulas eram monótonas e pouco produtivas, uma vez que os métodos utilizados para a transmissão de conhecimentos eram perfeitamente inadequados. Os mestres, não gozando de qualquer gratificação pelo bom desempenho do seu trabalho além de um magro vencimento de cerca de oito asses por aluno, não tinham igualmente qualquer preocupação em fazer com que o ensino fosse eficaz. Além disso, a única base de conhecimentos sobre a qual os alunos trabalhavam era a Lei das Doze Tábuas.Estas escolas disseminaram-se pelos territórios mais recônditos do Império Romano, sendo os mestres e pedagogos recompensados sim, neste caso, com alguns benefícios.
A um nível superior situam-se os gramáticos - que ensinava literatura grega e romana, assim como um pouco de mitologia, geografia, música, astronomia, matemática e história - e os retóricos, inicialmente de origem grega (refugiados das campanhas de conquista). Posteriormente estes mestres foram latinos, quando a formação dada pelos primeiros proporcionou o surgimento dos segundos.
Estes instrutores especialistas ensinavam apenas membros prestigiados da burguesia e da aristocracia romanas, e a língua utilizada era quase exclusivamente o grego.
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Como referenciar
Porto Editora – Ensino em Roma na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-04 16:40:27]. Disponível em
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