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Era Espacial
Pode considerar-se que a Era Espacial foi inaugurada em 1926, com o primeiro lançamento, nos EUA, pelo físico norte-americano Robert Hutchings Goddard, de um foguetão propulsionado a combustível líquido. O cientista ficou de igual modo considerado como um dos pioneiros da aeronáutica. Em 1931 surgia a teoria do Big Bang, da autoria do matemático e astrofísico Lemaître, sacerdote de nacionalidade belga, uma teoria relativista do universo em expansão, que depois seria retomada em 1940 pelo astrónomo norte-americano George Gamow. A Segunda Guerra Mundial congelou um pouco os esforços de exploração do espaço, ou a preparação científica para a mesma. Em 1947, a exploração espacial conhece um fator de animação, com a "visão" do primeiro Objeto Voador Não Identificado (OVNI), relatada nos EUA e inaugurando um sem número de outros "aparecimentos" por todo o mundo.
Os anos 50 a investigação científica com vista à exploração do espaço passa a ter um novo impulsionador, a União Soviética, que envereda por uma política de corrida espacial com os EUA, no âmbito da Guerra Fria que então despontava. Assim, em 1957, eram mesmo os soviéticos os primeiros a lançar no espaço o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, que antecedeu um outro homónimo (o 2), desta feita tripulado pelo primeiro ser vivo colocado no espaço, a cadela Laika.
Em 1958 os EUA deram um significativo passo na pesquisa científica e nas iniciativas de exploração do espaço, com a fundação da National Aeronautics and Space Administration (NASA, com centros operacionais de maior destaque em Houston e no cabo Canaveral), que teria a reponsabilidade de coordenar as investigações aeronáuticas e espaciais civis americanas. Neste mesmo ano já os norte-americanos tinham colocado também o seu primeiro satélite artificial no espaço, o Explorer 1, um satélite de comunicações. Mas volvidos três anos, seria a União Soviética a ganhar avanço na corrida ao espaço, ao colocar o primeiro ser humano em órbita, o astronauta soviético Iuri Gagarin, a bordo da nave espacial Vostok 1. Neste mesmo ano de 1961, responderiam os americanos com a colocação no espaço do astronauta Alan Shepard, que tripulava a nave Mercury III. No ano seguinte, 1962, os EUA lançariam o primeiro satélite de comunicações transatlânticas, o Telstar. A Era Espacial estava cada vez mais marcada pela Guerra Fria, sendo o espaço alvo de disputa e de grandes atenções políticas e avultados investimentos nos EUA e na ex-URSS, com a Europa ainda numa certa letargia espacial.
Mas não apenas de disputas de blocos político-militares era feita então a Era Espacial, mas também de pesquisa interplanetária e de conhecimento do Universo. Um exemplo é o da aterragem em solo lunar, pela primeira vez, de uma sonda em 1966, pela URSS. A sonda chamava-se Luna 9 e foi de facto o primeiro engenho a alunar. De imediato, a Surveyor 1, uma congénere dos EUA, repetiu a façanha, nesse mesmo ano. Entretanto, uma sonda soviética lançada em 1965 alcançava em 1966 o plantea Vénus. Chamava-se Vénus III e foi o primeiro engenho espacial a tocar naquele planeta. Em 1969, porém, chegou o maior feito da era espacial até então, com o norte-americano Neil Armstrong a tornar-se no primeiro homem a tocar solo lunar, seguido de imediato do seu colega John Aldrin, enquanto um terceiro astronauta, ficava no módulo lunar Eagle. O projeto da nave espacial Apollo XI triunfava e os EUA tornavam-se no primeiro país a deixar marcas na Lua. Foi também a primeira missão da Era Espacial acompanhada por milhões de pessoas em todo o mundo, através da televisão.
Depois outras missões se seguiram. Uma delas, em 1975, marcou o primeiro encontro no espaço entre cosmonautas soviéticos e astronautas americanos, com a acoplagem das cápsulas Soyuz (URSS) e Apollo (EUA), feito que se repetiria em 1995. No ano seguinte, começou a materializar-se o sonho de conhecer o planeta vermelho, Marte. De facto, em 1976 deu-se o maior feito espacial depois da alunagem de seres humanos na Lua: a descida, bem sucedida, da nave espacial norte-americana Viking I em Marte.
Entretanto, a Europa começava a despontar como terceira potência espacial, começando a construir, em 1979, o primeiro foguetão (Ariane) do programa espacial europeu, que seria lançado com êxito para o espaço dois anos depois, em 1981, a partir do centro espacial de Kourou, na Guina Francesa.
Os anos 80 marcariam uma nova etapa na exploração do espaço, com as estações orbitais tripuladas (permanentemente) dos soviéticos e os vaivéns norte-americanos, que deram grande protagonismo aos EUA na corrida ao espaço, numa época em que a Lua já não era prioridade, mas antes a exploração de outros planetas e galáxias. Assim, em 1983, por exemplo, era identificado o primeiro Buraco Negro no espaço intersideral, por astrofísicos americanos, que o situaram a 150 000 anos-luz da Terra. O ano de 1986 seria porém um ano de más recordações na era espacial, devido à explosão do vaivém americano Challenger, com sete tripulantes. Suspendeu-se então o programa espacial americano, depois da NASA ter cometido várias negligências comprovadas. Idêntico desastre decorreria em 2003. Fracassos americanos, êxitos soviéticos: 1986 foi também o ano em que a estação orbital permanentemente habitada Mir, da URSS, a primeira no mundo, foi colocada no espaço. As anteriores, a americana Slylab e a soviética Saliut não eram permanentemente habitadas.
Em 1990, era colocado em órbita o primeiro telescópio espacial, euro-americano, com 2,4 metros de diâmetro. Depois, além dos êxitos de europeus com o projeto Ariane, também a China e outros países entram na aventura espacial. Americanos e europeus, porém, investem desde então mais na investigação espacial através de sondas (Cassini, Huygens, etc) e satélites, ou mesmo na exploração de planetas como Marte e Saturno, além de se preparar a instalação de uma estação espacial internacional.
Os anos 50 a investigação científica com vista à exploração do espaço passa a ter um novo impulsionador, a União Soviética, que envereda por uma política de corrida espacial com os EUA, no âmbito da Guerra Fria que então despontava. Assim, em 1957, eram mesmo os soviéticos os primeiros a lançar no espaço o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1, que antecedeu um outro homónimo (o 2), desta feita tripulado pelo primeiro ser vivo colocado no espaço, a cadela Laika.
Em 1958 os EUA deram um significativo passo na pesquisa científica e nas iniciativas de exploração do espaço, com a fundação da National Aeronautics and Space Administration (NASA, com centros operacionais de maior destaque em Houston e no cabo Canaveral), que teria a reponsabilidade de coordenar as investigações aeronáuticas e espaciais civis americanas. Neste mesmo ano já os norte-americanos tinham colocado também o seu primeiro satélite artificial no espaço, o Explorer 1, um satélite de comunicações. Mas volvidos três anos, seria a União Soviética a ganhar avanço na corrida ao espaço, ao colocar o primeiro ser humano em órbita, o astronauta soviético Iuri Gagarin, a bordo da nave espacial Vostok 1. Neste mesmo ano de 1961, responderiam os americanos com a colocação no espaço do astronauta Alan Shepard, que tripulava a nave Mercury III. No ano seguinte, 1962, os EUA lançariam o primeiro satélite de comunicações transatlânticas, o Telstar. A Era Espacial estava cada vez mais marcada pela Guerra Fria, sendo o espaço alvo de disputa e de grandes atenções políticas e avultados investimentos nos EUA e na ex-URSS, com a Europa ainda numa certa letargia espacial.
Depois outras missões se seguiram. Uma delas, em 1975, marcou o primeiro encontro no espaço entre cosmonautas soviéticos e astronautas americanos, com a acoplagem das cápsulas Soyuz (URSS) e Apollo (EUA), feito que se repetiria em 1995. No ano seguinte, começou a materializar-se o sonho de conhecer o planeta vermelho, Marte. De facto, em 1976 deu-se o maior feito espacial depois da alunagem de seres humanos na Lua: a descida, bem sucedida, da nave espacial norte-americana Viking I em Marte.
Entretanto, a Europa começava a despontar como terceira potência espacial, começando a construir, em 1979, o primeiro foguetão (Ariane) do programa espacial europeu, que seria lançado com êxito para o espaço dois anos depois, em 1981, a partir do centro espacial de Kourou, na Guina Francesa.
Os anos 80 marcariam uma nova etapa na exploração do espaço, com as estações orbitais tripuladas (permanentemente) dos soviéticos e os vaivéns norte-americanos, que deram grande protagonismo aos EUA na corrida ao espaço, numa época em que a Lua já não era prioridade, mas antes a exploração de outros planetas e galáxias. Assim, em 1983, por exemplo, era identificado o primeiro Buraco Negro no espaço intersideral, por astrofísicos americanos, que o situaram a 150 000 anos-luz da Terra. O ano de 1986 seria porém um ano de más recordações na era espacial, devido à explosão do vaivém americano Challenger, com sete tripulantes. Suspendeu-se então o programa espacial americano, depois da NASA ter cometido várias negligências comprovadas. Idêntico desastre decorreria em 2003. Fracassos americanos, êxitos soviéticos: 1986 foi também o ano em que a estação orbital permanentemente habitada Mir, da URSS, a primeira no mundo, foi colocada no espaço. As anteriores, a americana Slylab e a soviética Saliut não eram permanentemente habitadas.
Em 1990, era colocado em órbita o primeiro telescópio espacial, euro-americano, com 2,4 metros de diâmetro. Depois, além dos êxitos de europeus com o projeto Ariane, também a China e outros países entram na aventura espacial. Americanos e europeus, porém, investem desde então mais na investigação espacial através de sondas (Cassini, Huygens, etc) e satélites, ou mesmo na exploração de planetas como Marte e Saturno, além de se preparar a instalação de uma estação espacial internacional.
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Como referenciar
Porto Editora – Era Espacial na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-07 13:43:48]. Disponível em
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