Ernst Becker
Antropólogo norte-americano, Ernst Becker nasceu a 27 de setembro de 1924, em Springfield (Massachusetts), EUA, tendo decidido estudar Antropologia apenas aos 32 anos de idade. Após concluir o seu doutoramento, em 1960, na Universidade de Syracuse, Becker ensinou Antropologia no Departamento de Psiquiatria do Upstate Medical Centre de Syracuse. Nesta instituição, onde permaneceu três anos, Becker começou a questionar fortemente a Psiquiatria Médica e o que ele considerava ser um modelo autoritário de praticar ciência e medicina. Em alternativa, lançou as bases de uma ciência humana e social integrada e interdisciplinar, que apresentou na obra de 1962, The Birth and Death of Meaning: A Perspetive in Psychiatry and Anthopology (que viria a reeditar, numa versão transformada, em 1971).
Na sua ação como investigador e professor, Ernst Becker pautou-se sempre pela vontade de constituir um novo saber sobre o homem, que integrasse os diversos conhecimentos e disciplinas, no seguimento do sonho iluminista de uma ciência universal e totalizante.
As maiores contribuições académicas de Ernst Becker confundem-se, assim, com as suas metas enquanto indivíduo: a procura de um conhecimento objetivo sobre a existência humana que permitisse alcançar maior felicidade para o indivíduo. Para tal, insistiu na construção de uma teoria interdisciplinar e universal, fundada em princípios filosóficos e epistemológicos do pragmatismo americano e do interacionismo simbólico, que serviria de base para a análise social e individual. Ao longo da sua carreira académica, Becker ocupou-se de assuntos como a educação, a linguagem, e diversos problemas psiquiátricos (como esquizofrenia, depressão, psicopatia, sadismo, masoquismo, etc.), que abordou a partir da sua ciência integrada do homem.
A preocupação permanente de Becker em compreender a existência humana como um todo, conduziu a que no final da sua vida este se inclinasse decisivamente para a necessidade de ligação entre ciência e religião, dado que considerou relativamente falhada a sua meta de criação de uma ciência do homem. Registe-se, aliás, que a parte final da vida de Becker, que faleceu em 1974, foi marcada pela ansiedade e angústia perante o que este considerava ser a constante contradição humana: a óbvia imperfeição do ser humano perante a ideia de perfeição que este possui. Este tema domina a sua obra mais aclamada (Prémio Pulitzer de 1974 para obras de não ficção), The Denial of Man (1973).
Homem e cientista social polémico, bastante marginalizado pela comunidade académica, Ernst Becker foi um humanista que não se cansou de perseguir o ideal de um conhecimento científico feito do homem para o homem, sem fronteiras disciplinares e metodológicas.
Outras obras fundamentais:
1961, Zen: A Rational Critique
1964, The Revolution in Psychiatry: The New Understanding of Man
1967, Beyond Alienation: A Philosophy of Education for the Crisis in Democracy
1968, The Structure of Evil: An Essay on the Unification of the Science of Man
1969, Angel in Armor: A Post-Freudian Perspetive on the Nature of Man
1971, The Lost Science of Man
1971, A Birth and Death of Meaning: An Interdisciplinary Perspetive on the Science of Man
1975, Escape From Hell
Na sua ação como investigador e professor, Ernst Becker pautou-se sempre pela vontade de constituir um novo saber sobre o homem, que integrasse os diversos conhecimentos e disciplinas, no seguimento do sonho iluminista de uma ciência universal e totalizante.
As maiores contribuições académicas de Ernst Becker confundem-se, assim, com as suas metas enquanto indivíduo: a procura de um conhecimento objetivo sobre a existência humana que permitisse alcançar maior felicidade para o indivíduo. Para tal, insistiu na construção de uma teoria interdisciplinar e universal, fundada em princípios filosóficos e epistemológicos do pragmatismo americano e do interacionismo simbólico, que serviria de base para a análise social e individual. Ao longo da sua carreira académica, Becker ocupou-se de assuntos como a educação, a linguagem, e diversos problemas psiquiátricos (como esquizofrenia, depressão, psicopatia, sadismo, masoquismo, etc.), que abordou a partir da sua ciência integrada do homem.
A preocupação permanente de Becker em compreender a existência humana como um todo, conduziu a que no final da sua vida este se inclinasse decisivamente para a necessidade de ligação entre ciência e religião, dado que considerou relativamente falhada a sua meta de criação de uma ciência do homem. Registe-se, aliás, que a parte final da vida de Becker, que faleceu em 1974, foi marcada pela ansiedade e angústia perante o que este considerava ser a constante contradição humana: a óbvia imperfeição do ser humano perante a ideia de perfeição que este possui. Este tema domina a sua obra mais aclamada (Prémio Pulitzer de 1974 para obras de não ficção), The Denial of Man (1973).
Homem e cientista social polémico, bastante marginalizado pela comunidade académica, Ernst Becker foi um humanista que não se cansou de perseguir o ideal de um conhecimento científico feito do homem para o homem, sem fronteiras disciplinares e metodológicas.
Outras obras fundamentais:
1961, Zen: A Rational Critique
1964, The Revolution in Psychiatry: The New Understanding of Man
1967, Beyond Alienation: A Philosophy of Education for the Crisis in Democracy
1968, The Structure of Evil: An Essay on the Unification of the Science of Man
1969, Angel in Armor: A Post-Freudian Perspetive on the Nature of Man
1971, The Lost Science of Man
1971, A Birth and Death of Meaning: An Interdisciplinary Perspetive on the Science of Man
1975, Escape From Hell
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Como referenciar
Porto Editora – Ernst Becker na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-04-01 19:00:42]. Disponível em
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