Eugénio Silva
Ilustrador, publicitário e autor de banda desenhada, Eugénio Rafael Pepe da Silva nasceu a 25 de fevereiro de 1937, no Barreiro.
Depois de concluir em 1954 o curso de Desenhador-Gravador-Litógrafo da Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, começou a trabalhar na qualidade de desenhador litógrafo na Litografia Amorim. Três anos mais tarde ingressou na CUF (Companhia União Fabril), onde desenhou tapetes. Entre 1966 e 1970 esteve ligado à publicidade, o que lhe abriu as portas para nesse último ano iniciar a atividade de ilustrador. Neste setor, dos muitos trabalhos a que esteve associado e para além da publicidade, realizou capas para livros de Emilio Salgari e para a Coleção "Manecas", destacou-se nas ilustrações realizadas para Serões do Japão, de Wenceslau de Morais e colaborou em diversos manuais escolares. Aqui, destaque para Lições de História Pátria - 3.ª classe, que produziu com texto de Pedro de Carvalho, para a Porto Editora em finais dos anos 60, um original livro didático todo feito em banda desenhada, várias vezes reeditado até meados dos anos 70. Para a mesma editora, chegou a iniciar uma coleção dedicada às regiões de Portugal ("Conheça Portugal e a sua História"), de sua autoria ao nível da ilustração e do arranjo gráfico, também sob texto de Pedro de Carvalho, de que saíram A Região de Lisboa e A Região do Porto (os dois primeiros e únicos volume da coleção).
Ao nível da aguarela, atividade à qual se tem dedicado mais esporadicamente, já participou em diversas exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, a primeira das quais foi em 1966.
Paralelamente, estreou-se na banda desenhada com "Amoni", uma adaptação de Sinuhe, o Marinheiro, publicada pela primeira vez no Diário de Notícias (suplemento "Nau Catrineta"), em 1965, seguindo-se a colaboração com a efémera revista Pisca-Pisca (1968-1970), onde publicou "A Gruta dos 3 Irmãos", segundo argumento de Mercês Soares (1970).
Dos seus trabalhos mais importantes, História pequena do vidro, correspondeu a um álbum didático/publicitário realizado para a Covina, Companhia Vidreira Nacional, em 1982 e destinado a oferta. Já Matias Sándor, editado em 1983, foi a adaptação de um romance do conhecido Jules Verne, constituindo o seu primeiro álbum comercial de BD.
Eusébio, Pantera Negra, 1990, foi o seu álbum de maior sucesso, dedicado ao grande futebolista português que foi Eusébio da Silva Ferreira, que teve uma primeira tiragem de 26 mil exemplares. Dado o bom acolhimento tido por este livro, em 1992 teve direito a uma segunda tiragem. Este título resultou de um convite feito pela Meribérica/Liber para um trabalho em regime de exclusividade que incluiu um outro álbum, sobre Inês de Castro, editado em 1994, e "Zé do Telhado", um projeto que nunca foi concluído.
O álbum Inês de Castro... a que despois de morta foy Rainha, de 1994, é dedicado à vida da amada do rei D. Pedro I, cognominado o cru, revelando que tal como sucedeu com Eusébio, o autor dedicou muito do seu tempo na investigação e preparação dos seus trabalhos.
Em 1991 participou em On a retrouvé la forêt perdue, um trabalho coletivo sobre a floresta no qual participou com 9 páginas, realizado para as autoridades regionais de Provence-Alpes-Côte d'Azur (França), que teve edição em várias línguas.
Colaborou ainda no álbum coletivo Contos da Ilhas (Coleção "Contos Tradicionais Portugueses", ASA, 1993), com argumento de Jorge Magalhães, no qual participaram outros desenhadores.
Desde o início dos anos 80 trabalha também em ilustrações turísticas e de mapas panorâmicos para Guia Turístico do Norte, nomeadamente com: "Portugal - Carta Turística", "Região Aveiro-Coimbra", "Costa Verde", "Costa de Prata", "Montanhas", "Mapa da Madeira", "Mapa de Lisboa", "Mapa da Costa Azul - I e II", "Região do Alto Tâmega", "Região dos Templários", "Concelho de Mafra", entre outros.
Outro dos seus trabalhos de BD é Família Ideal: O Sonho do Rapaz da Boina, que fez para as Edições Paulinas, em 1999.
Na sua terra natal, o Barreiro, para além de ter participado em alguns grupos de teatro locais, organizou duas mostras de banda desenhada, em 1986 e 1995.
Depois de concluir em 1954 o curso de Desenhador-Gravador-Litógrafo da Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa, começou a trabalhar na qualidade de desenhador litógrafo na Litografia Amorim. Três anos mais tarde ingressou na CUF (Companhia União Fabril), onde desenhou tapetes. Entre 1966 e 1970 esteve ligado à publicidade, o que lhe abriu as portas para nesse último ano iniciar a atividade de ilustrador. Neste setor, dos muitos trabalhos a que esteve associado e para além da publicidade, realizou capas para livros de Emilio Salgari e para a Coleção "Manecas", destacou-se nas ilustrações realizadas para Serões do Japão, de Wenceslau de Morais e colaborou em diversos manuais escolares. Aqui, destaque para Lições de História Pátria - 3.ª classe, que produziu com texto de Pedro de Carvalho, para a Porto Editora em finais dos anos 60, um original livro didático todo feito em banda desenhada, várias vezes reeditado até meados dos anos 70. Para a mesma editora, chegou a iniciar uma coleção dedicada às regiões de Portugal ("Conheça Portugal e a sua História"), de sua autoria ao nível da ilustração e do arranjo gráfico, também sob texto de Pedro de Carvalho, de que saíram A Região de Lisboa e A Região do Porto (os dois primeiros e únicos volume da coleção).
Ao nível da aguarela, atividade à qual se tem dedicado mais esporadicamente, já participou em diversas exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro, a primeira das quais foi em 1966.
Paralelamente, estreou-se na banda desenhada com "Amoni", uma adaptação de Sinuhe, o Marinheiro, publicada pela primeira vez no Diário de Notícias (suplemento "Nau Catrineta"), em 1965, seguindo-se a colaboração com a efémera revista Pisca-Pisca (1968-1970), onde publicou "A Gruta dos 3 Irmãos", segundo argumento de Mercês Soares (1970).
Dos seus trabalhos mais importantes, História pequena do vidro, correspondeu a um álbum didático/publicitário realizado para a Covina, Companhia Vidreira Nacional, em 1982 e destinado a oferta. Já Matias Sándor, editado em 1983, foi a adaptação de um romance do conhecido Jules Verne, constituindo o seu primeiro álbum comercial de BD.
Eusébio, Pantera Negra, 1990, foi o seu álbum de maior sucesso, dedicado ao grande futebolista português que foi Eusébio da Silva Ferreira, que teve uma primeira tiragem de 26 mil exemplares. Dado o bom acolhimento tido por este livro, em 1992 teve direito a uma segunda tiragem. Este título resultou de um convite feito pela Meribérica/Liber para um trabalho em regime de exclusividade que incluiu um outro álbum, sobre Inês de Castro, editado em 1994, e "Zé do Telhado", um projeto que nunca foi concluído.
O álbum Inês de Castro... a que despois de morta foy Rainha, de 1994, é dedicado à vida da amada do rei D. Pedro I, cognominado o cru, revelando que tal como sucedeu com Eusébio, o autor dedicou muito do seu tempo na investigação e preparação dos seus trabalhos.
Em 1991 participou em On a retrouvé la forêt perdue, um trabalho coletivo sobre a floresta no qual participou com 9 páginas, realizado para as autoridades regionais de Provence-Alpes-Côte d'Azur (França), que teve edição em várias línguas.
Colaborou ainda no álbum coletivo Contos da Ilhas (Coleção "Contos Tradicionais Portugueses", ASA, 1993), com argumento de Jorge Magalhães, no qual participaram outros desenhadores.
Desde o início dos anos 80 trabalha também em ilustrações turísticas e de mapas panorâmicos para Guia Turístico do Norte, nomeadamente com: "Portugal - Carta Turística", "Região Aveiro-Coimbra", "Costa Verde", "Costa de Prata", "Montanhas", "Mapa da Madeira", "Mapa de Lisboa", "Mapa da Costa Azul - I e II", "Região do Alto Tâmega", "Região dos Templários", "Concelho de Mafra", entre outros.
Outro dos seus trabalhos de BD é Família Ideal: O Sonho do Rapaz da Boina, que fez para as Edições Paulinas, em 1999.
Na sua terra natal, o Barreiro, para além de ter participado em alguns grupos de teatro locais, organizou duas mostras de banda desenhada, em 1986 e 1995.
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Como referenciar
Porto Editora – Eugénio Silva na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-05-31 18:20:30]. Disponível em
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