Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais

Eunice Muñoz

Atriz portuguesa nascida a 30 de julho de 1928, na localidade de Amareleja, no Alentejo, morreu a 15 de abril de 2022.

Proveniente de uma família de atores amadores, aos cinco anos já pisava os palcos em diversas tournées familiares com a Companhia Mimi Muñoz. Após ter completado o magistério primário em Fornos de Algodres, decidiu partir para Lisboa para prosseguir uma carreira profissional. Amélia Rey Colaço reparou no seu talento e convidou-a a interpretar o papel de Isabel na peça Vendaval (1941), de Virginia Victorino, levada à cena no Teatro Nacional.

A atriz Eunice Muñoz em 1971
Após ter contracenado com Estevão Amarante na opereta João Ratão (1941), voltou ao palco do Teatro Nacional para emocionar o público com a sua interpretação de Maria em Frei Luís de Sousa (1942).

Em 1945, concluiu o curso do Conservatório com 18 valores, o que motivou o convite de Vasco Santana para trabalhar ao lado dele e de Mirita Casimiro na comédia musical Chuva de Filhos (1946). No mesmo ano, fez a sua estreia cinematográfica em Camões (1946), de Leitão de Barros, interpretando o papel da fidalga Beatriz da Silva. A sua estreia foi auspiciosa, tendo sido agraciada com prémio para melhor atriz do SNI.

Em 1947, casou-se com o arquiteto Rui Couto. Continuou a fazer cinema, trabalhando em A Morgadinha dos Canaviais (1949) e Ribatejo (1949). Após protagonizar a peça João da Lua (1952), decidiu retirar-se da atividade artística, trabalhando durante os três anos seguintes como caixeira.

Regressou aos palcos em 1957 com uma prestação significativa em Noite de Reis, de William Shakespeare. Durante os anos seguintes, o seu prestígio como uma das maiores atrizes teatrais nacionais consolidar-se-ia com brilhantes desempenhos em peças como Adorável Mentiroso (1963), de Jerome Kilty, Verão e Fumo (1966), de Tenessee Williams, Fedra (1967), de Racine, As Criadas (1972), de Jean Genet, Felizmente Há Luar (1978), de Luís de Sttau Monteiro, e A Casa de Bernarda Alba (1983), de Garcia Lorca. Mas a peça que a imortalizaria foi, sem dúvida, Mãe Coragem e Seus Filhos (1986), de Bertolt Brecht.

Em Passa Por Mim no Rossio (1991), de Filipe La Féria, recriou de forma brilhante o ator Estevão Amarante com quem tinha trabalhado cinquenta anos antes.

Já nos anos 80, voltou em força ao cinema, destacando-se a sua caracterização de Dona Estefânia em Manhã Submersa (1980), a adaptação do romance de Vergílio Ferreira, bem como as suas prestações em Repórter X (1987), de José Nascimento, Matar Saudades (1988), de Fernando Lopes, e Tempos Difíceis (1988), de João Botelho.

Resistindo, inicialmente, a trabalhar em televisão, decidiu em 1993 aceitar o desafio de Walter Avancini e protagonizar para a RTP a telenovela A Banqueira do Povo, interpretando Dona Benta, uma personagem baseada na figura de Dona Branca, uma burlona condenada durante os anos 80 por fraude e corrupção. Encabeçando um elenco que compreendia nomes como os de Raul Solnado, Carmen Dolores, Jacinto Ramos, João Perry e Alexandra Lencastre, a composição de Muñoz foi elogiada por todos os quadrantes críticos, apesar dos medíocres índices de audiência.

Seis anos mais tarde protagonizou, ao lado de Ruy de Carvalho, a telenovela Todo o Tempo do Mundo (1999), exibida na TVI. Continuou a trabalhar frequentemente em televisão, tendo feito uma pequena aparição na novela brasileira Porto dos Milagres (2001) e na telenovela nacional Coração Malandro (2003).

A sua posição de destaque no meio artístico português levou a que fosse alvo das mais diversas homenagens, entre as quais merece destaque a atribuição do seu nome ao Auditório Minicipal de Oeiras, em fevereiro de 1997.

Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Eunice Muñoz na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 06:10:13]. Disponível em
Artigos
ver+
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Eunice Muñoz na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-06-04 06:10:13]. Disponível em
Livros e Autores

Weyward

Emilia Hart

O perigo de estar no meu perfeito juízo

Rosa Montero

Os segredos de Juvenal Papisco

Bruno Paixão

Bom português

gratuito ou gratuíto?

ver mais

isenção ou insenção?

ver mais

precariedade ou precaridade?

ver mais

moinho ou moínho?

ver mais

verosímil ou verosímel?

ver mais

convalescença ou convalescência?

ver mais

incerto ou inserto?

ver mais

bolos-reis ou bolos-rei?

ver mais