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Exército de Libertação Nacional Zapatista
O Exército de Libertação Nacional Zapatista é um grupo armado mexicano que a 1 de janeiro de 1994 surpreendeu o Governo atacando e apoderando-se de quatro cidades do sul do estado de Chiapas. O movimento rebelde era desconhecido até à data em que protagonizou esta insurreição. Os rebeldes reclamavam a demissão do presidente Carlos Salinas, e pediam eleições livres e o fim da alegada discriminação daquelas regiões, cuja população é maioritariamente índia.
A data de 1 de janeiro de 1994 coincidiu com a entrada em vigor do Acordo de Comércio Livre da América do Norte, conhecido por NAFTA. Os revoltosos referiam-se a este tratado como mais uma opção política do Governo para proteger os mais ricos, em nada contribuindo para alterar a condição dos mais pobres.
A 6 de janeiro desse mesmo ano, três bombas explodiram perto da Cidade do México. Dois dias depois, duas bombas explodiram em Acapulco e outras quatro próximas da capital. A 10 de janeiro o presidente ordenou o cessar-fogo e deu início a negociações de paz entre os índios revoltosos e o Governo. Dois meses depois, representantes de ambas as partes anunciaram uma tentativa de acordo com vista à melhoria da situação económica e do clima de relações políticas na região.
O pacote de promessas abrangia várias comunidades daquele território e incluía novos direitos para os índios, com um projeto de reforma agrária, uma série de programas sociais e mudanças na estrutura política e jurídica de Chiapas. O subcomandante Marcos, nome de guerra do líder do Exército Zapatista, afirmou que não deporia as armas enquanto as promessas não constassem da lei.
Em dezembro de 1994, a nomeação de Eduardo Robledo Rincón para o cargo de governador do estado de Chiapas fez renascer o descontentamento dos rebeldes. Robledo pertencia ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), no poder desde 1929 e contra o qual os revoltosos se tinham insurgido. Os membros do Exército Zapatista contestaram a legitimidade de Robledo como governador. Em alternativa, nomearam Amado Avendaño, do Partido Democrata Revolucionário, para chefe do Executivo regional.
Enquanto força militar, o Exército de Libertação Nacional Zapatista não foi anulado. Ressurge ocasionalmente em situações como a mencionada, continuando a representar a luta contra as desigualdades sociais - muito acentuadas e com marcas de uma discriminação racial e política que vem do passado, da antiga relação entre colonizador e colonizado - que se verificam em certas regiões mexicanas.
A data de 1 de janeiro de 1994 coincidiu com a entrada em vigor do Acordo de Comércio Livre da América do Norte, conhecido por NAFTA. Os revoltosos referiam-se a este tratado como mais uma opção política do Governo para proteger os mais ricos, em nada contribuindo para alterar a condição dos mais pobres.
A 6 de janeiro desse mesmo ano, três bombas explodiram perto da Cidade do México. Dois dias depois, duas bombas explodiram em Acapulco e outras quatro próximas da capital. A 10 de janeiro o presidente ordenou o cessar-fogo e deu início a negociações de paz entre os índios revoltosos e o Governo. Dois meses depois, representantes de ambas as partes anunciaram uma tentativa de acordo com vista à melhoria da situação económica e do clima de relações políticas na região.
O pacote de promessas abrangia várias comunidades daquele território e incluía novos direitos para os índios, com um projeto de reforma agrária, uma série de programas sociais e mudanças na estrutura política e jurídica de Chiapas. O subcomandante Marcos, nome de guerra do líder do Exército Zapatista, afirmou que não deporia as armas enquanto as promessas não constassem da lei.
Em dezembro de 1994, a nomeação de Eduardo Robledo Rincón para o cargo de governador do estado de Chiapas fez renascer o descontentamento dos rebeldes. Robledo pertencia ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), no poder desde 1929 e contra o qual os revoltosos se tinham insurgido. Os membros do Exército Zapatista contestaram a legitimidade de Robledo como governador. Em alternativa, nomearam Amado Avendaño, do Partido Democrata Revolucionário, para chefe do Executivo regional.
Enquanto força militar, o Exército de Libertação Nacional Zapatista não foi anulado. Ressurge ocasionalmente em situações como a mencionada, continuando a representar a luta contra as desigualdades sociais - muito acentuadas e com marcas de uma discriminação racial e política que vem do passado, da antiga relação entre colonizador e colonizado - que se verificam em certas regiões mexicanas.
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Como referenciar
Porto Editora – Exército de Libertação Nacional Zapatista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-05-21 06:56:06]. Disponível em
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