< voltar
1 min
farsa
Subgénero dramático que se afirma a partir do século XIII, atingindo o seu apogeu nos séculos XIV e XV. De referir que, apesar deste subgénero ter sido cultivado na Idade Média, pode verificar-se algumas características da farsa em peças de autores da Antiguidade, como Aristófanes, Plauto e Terêncio,
A farsa centra-se mais na ação da peça do que no diálogo e mais nos adereços (cenário, roupagem, gestos) do que no conflito dramático. Estas peças teatrais são breves, com poucas personagens, usando-se o tom cómico e satírico, graças ao recurso ao absurdo, aos equívocos, ao qui pro quo, à caricatura, às situações ridículas. A farsa visa ainda a subversão de valores da ordem institucional estabelecida, fazendo com que este subgénero provoque um grande sucesso nas classes populares.
Em França, este tipo de texto dramático destaca-se com obras como Le Garçon et L'Aveugle (séc. XIII), La Farce de Maître Pathelin (séc. XV) e, na Península Ibérica, são dele exemplo Farsa dos Físicos e Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente ou Farsa del Nascimento de Nuestro Redemtor Jesucristo, de Lucas Fernández.
Depois do desenvolvimento da farsa no teatro seiscentista, com Molière, Dancourt, Lesage, Shakespeare, entre outros, a farsa continuou a ser admirada até aos nossos dias, como se constata em obras de E. Labiche, G. Feydeau, Courteline, Tristan Bernard e, no teatro do absurdo, com Eugène Ionesco e Samuel Beckett.
A farsa centra-se mais na ação da peça do que no diálogo e mais nos adereços (cenário, roupagem, gestos) do que no conflito dramático. Estas peças teatrais são breves, com poucas personagens, usando-se o tom cómico e satírico, graças ao recurso ao absurdo, aos equívocos, ao qui pro quo, à caricatura, às situações ridículas. A farsa visa ainda a subversão de valores da ordem institucional estabelecida, fazendo com que este subgénero provoque um grande sucesso nas classes populares.
Em França, este tipo de texto dramático destaca-se com obras como Le Garçon et L'Aveugle (séc. XIII), La Farce de Maître Pathelin (séc. XV) e, na Península Ibérica, são dele exemplo Farsa dos Físicos e Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente ou Farsa del Nascimento de Nuestro Redemtor Jesucristo, de Lucas Fernández.
Depois do desenvolvimento da farsa no teatro seiscentista, com Molière, Dancourt, Lesage, Shakespeare, entre outros, a farsa continuou a ser admirada até aos nossos dias, como se constata em obras de E. Labiche, G. Feydeau, Courteline, Tristan Bernard e, no teatro do absurdo, com Eugène Ionesco e Samuel Beckett.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – farsa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-01 23:55:38]. Disponível em
Artigos
-
Samuel BeckettRomancista e dramaturgo irlandês, Samuel Barclay Beckett nasceu a 13 de abril de 1906 na cidade de D...
-
Eugène IonescoDramaturgo francês, de origem romena, nascido em 1912 e falecido em 1994, parodiou o absurdo da exis...
-
teatro do absurdoForma teatral em que a intriga está praticamente ausente e em que se assiste à desintegração da ling...
-
MolièreDramaturgo e ator francês (1622-1673), pseudónimo de Jean-Baptiste Poquelin, é considerado o melhor ...
-
Gil VicenteNão há dados exatos quanto à data e local do nascimento de Gil Vicente. Contudo, e de acordo com Jac...
-
Farsa de Inês PereiraFarsa de Gil Vicente que foi representada pela primeira vez em 1523. As farsas, diametralmente opost...
-
Península IbéricaPenínsula que se situa na parte mais ocidental da Europa e compreende dois países: Espanha e Portuga...
-
texto dramáticoO texto dramático é entendido como aquele que se integra na forma literária do drama e implica uma c...
-
FrançaGeografia País da Europa Ocidental, a França é banhada pelo canal da Mancha a norte, pelo golfo da B...
-
TerêncioComediógrafo latino (c. 185 a. C.-159 a. C.) nascido em Cartago, chamava-se Publius Terentius Afer e...
ver+
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – farsa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-10-01 23:55:38]. Disponível em