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fase libidinal do desenvolvimento

Este termo foi criado por Sigmund Freud em 1905 e corresponde a organizações sucessivas da pulsão sexual sob o primado de uma zona erógena.
Uma zona erógena é uma região da epiderme ou da mucosa que, ao ser excitada, procura uma sensação de prazer. Qualquer zona da pele pode servir de zona erógena, apesar de existirem zonas de eleição.
Assim, existe a fase oral, que se baseia na primeira relação, assente na alimentação, nos movimentos de sucção que o bebé faz durante a mamada e também nos movimentos de sucção no vazio que o mesmo faz quando não está a mamar. A zona erógena é a boca, e é uma espécie de autoerotismo, pois não existe objeto total.
Segue-se a zona anal, por volta dos 2 anos de idade: o bebé aprende a manipular e a controlar o esfíncter anal, já que consegue controlar as suas necessidades. A zona erógena de eleição é, portanto, a zona anal.
A fase fálica começa aos 3 anos e estende-se até à idade escolar, há uma descoberta dos órgãos genitais e a procura de prazer através destes. Nesta fase começa a existir uma diferenciação de comportamentos entre rapaz e rapariga. É também durante esta fase que surge o complexo de Édipo, nos rapazes, e o complexo de castração, nas meninas.
Esta é uma fase muito importante para a manutenção da heterossexualidade pela identificação que se estabelece com um dos sexos.
Entra-se posteriormente no período de latência em que nada se passa quanto à evolução sexual pessoal até à puberdade. Aqui o investimento é voltado para a aprendizagem, para o meio que o rodeia. A criança recalca tudo o que está relacionado com a sexualidade e tem curiosidade pelo meio exterior. Com as mudanças a nível anatómico e orgânico e a entrada na puberdade, aos poucos volta a investir na sexualidade e a reparar no sexo oposto.
Por último, existe a fase genital em que o indivíduo procura um objeto de amor total. Aqui, destacam-se e sucedem-se as diferentes zonas erógenas, mas todas as outras zonas são secundarizadas em relação à genital. A sexualidade do adulto é erótica, objetal e hierarquizada sobre o primado da genitalidade.
O indivíduo adulto por princípio atinge a fase genital, mas nem sempre funciona assim, havendo por isso adultos que se mantêm fixados numa fase mais primária. As perversões são assim vividas por indivíduos em que o prazer parcial não se submete ao primado da genitalidade. A sua sexualidade é infantil e não se desenvolveu totalmente. Há uma fixação numa fase anterior infantil e a sexualidade infantil é autoerótica, narcísica, pré-genital e anárquica.
Para se atingir a fase adulta tem que se passar por todas as fases e por todos os recalcamentos que isso implica. Pode-se ficar fixado numa fase se ela não proporcionar uma satisfação plena ou se, pelo contrário, tiver havido uma estimulação excessiva associada a determinada fase.
Na passagem de uma fase à seguinte, terá de existir uma renúncia aos prazeres da fase anterior, através do recalcamento.
Ao longo de todas estas fases, vão-se alterando a fonte de excitação, as zonas erógenas e o objeto de amor.
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Como referenciar
Porto Editora – fase libidinal do desenvolvimento na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-28 13:37:53]. Disponível em
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