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Fernão Mendes Pinto
Fernão Mendes Pinto nasceu em Montemor-o-Velho, talvez em 1510, e morreu em Almada, supostamente a 8 de julho de 1583.
Pertenceu a uma família modesta, mas a que talvez não faltasse certo grau de nobreza. Ainda pequeno, um seu tio levou-o para Lisboa onde o pôs ao serviço na casa do duque D. Jorge, filho de D. João II. Manteve-se aqui durante cerca de cinco anos, dois dos quais como moço de câmara do próprio D. Jorge, facto importante para a comprovação da sua descendência de uma classe social que contradizia a precária situação económica que a família então detinha.
A vivência neste meio social não é alheia à sua apetência e inspiração para a escrita e para as funções diplomáticas que desempenhou algumas vezes.
Cerca de 1537, parte para a Índia, ao encontro dos seus dois irmãos. De acordo com os relatos da sua obra Peregrinação, em 1538, fez um cruzeiro ao mar Vermelho e, logo a seguir, participou num combate naval. Sem nunca o ter comprovado, refere também que entrou na Abissínia. Foi cativo dos muçulmanos, vendido a um grego e por este a um judeu que o levou para Ormuz.
Acompanhou Pedro de Faria a Malaca, de onde fez o ponto de partida para as suas aventuras, tendo percorrido, durante 21 acidentados anos, as costas da Birmânia, Sião, arquipélago de Sunda, Molucas, China e Japão. Numa das suas viagens a este país conheceu S. Francisco Xavier e, influenciado pela personalidade, decidiu entrar na Companhia de Jesus e promover uma missão jesuíta ao Japão.
Em 1554, depois de libertar os seus escravos, vai para o Japão como noviço da Companhia de Jesus e como embaixador do vice-rei D. Afonso de Noronha junto do rei do Bungo. Esta viagem constituiu um desencanto para ele, quer no que se refere ao comportamento do seu companheiro, quer no que respeita ao comportamento da própria Companhia. Desgostoso, abandona o noviciado e regressa a Portugal. Aqui, com a ajuda do governador Francisco Barreto, conseguiu arranjar documentos comprovativos dos sacrifícios realizados pela pátria, que lhe deram direito a uma tença, nunca recebida. Desiludido, foi para Vale de Rosal, em Almada, onde se manteve até à morte e onde escreveu, entre 1570 e 1578, a obra que nos legou, a sua inimitável Peregrinação. Esta só viria a ser publicada 20 anos depois da morte do autor, receando-se que o original tenha sofrido alterações às quais não seriam alheios os Jesuítas.
Pertenceu a uma família modesta, mas a que talvez não faltasse certo grau de nobreza. Ainda pequeno, um seu tio levou-o para Lisboa onde o pôs ao serviço na casa do duque D. Jorge, filho de D. João II. Manteve-se aqui durante cerca de cinco anos, dois dos quais como moço de câmara do próprio D. Jorge, facto importante para a comprovação da sua descendência de uma classe social que contradizia a precária situação económica que a família então detinha.
A vivência neste meio social não é alheia à sua apetência e inspiração para a escrita e para as funções diplomáticas que desempenhou algumas vezes.
Cerca de 1537, parte para a Índia, ao encontro dos seus dois irmãos. De acordo com os relatos da sua obra Peregrinação, em 1538, fez um cruzeiro ao mar Vermelho e, logo a seguir, participou num combate naval. Sem nunca o ter comprovado, refere também que entrou na Abissínia. Foi cativo dos muçulmanos, vendido a um grego e por este a um judeu que o levou para Ormuz.
Acompanhou Pedro de Faria a Malaca, de onde fez o ponto de partida para as suas aventuras, tendo percorrido, durante 21 acidentados anos, as costas da Birmânia, Sião, arquipélago de Sunda, Molucas, China e Japão. Numa das suas viagens a este país conheceu S. Francisco Xavier e, influenciado pela personalidade, decidiu entrar na Companhia de Jesus e promover uma missão jesuíta ao Japão.
Em 1554, depois de libertar os seus escravos, vai para o Japão como noviço da Companhia de Jesus e como embaixador do vice-rei D. Afonso de Noronha junto do rei do Bungo. Esta viagem constituiu um desencanto para ele, quer no que se refere ao comportamento do seu companheiro, quer no que respeita ao comportamento da própria Companhia. Desgostoso, abandona o noviciado e regressa a Portugal. Aqui, com a ajuda do governador Francisco Barreto, conseguiu arranjar documentos comprovativos dos sacrifícios realizados pela pátria, que lhe deram direito a uma tença, nunca recebida. Desiludido, foi para Vale de Rosal, em Almada, onde se manteve até à morte e onde escreveu, entre 1570 e 1578, a obra que nos legou, a sua inimitável Peregrinação. Esta só viria a ser publicada 20 anos depois da morte do autor, receando-se que o original tenha sofrido alterações às quais não seriam alheios os Jesuítas.
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Como referenciar
Porto Editora – Fernão Mendes Pinto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-09-25 11:08:24]. Disponível em
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