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formato CinemaScope

O formato CinemaScope é um aperfeiçoamento simplificado das lentes anamórficas (Hypergonar) desenvolvidas pelo francês Henri Chrétien. É um processo simples que se pode aplicar a filmes a preto e branco ou a cores, em que é simulado um efeito de três dimensões cuja extensão faz com que os objetos e os atores pareçam reais, enquanto o som estéreo transmite uma qualidade adicional ao filme e às ações dos atores. O ecrã panorâmico é sólido e ligeiramente curvado, duas vezes e meia maior que os ecrãs normais.
O único equipamento adicional necessário para filmar em CinemaScope são umas lentes especiais ligadas a uma câmara regulada, mais dois microfones extra, que captam o som para o sistema estéreo: serão assim três microfones, um no centro e um em cada lado do ecrã.
Usa-se uma lente única que restabelece as proporções adequadas de uma imagem anteriormente distorcida que torna possível a compressão nos filmes de 35 mm de ângulo alargado (cenas panorâmicas).
Esta é a base do sistema desenvolvido nos estúdios da 20th Century Fox, em Hollywood. Quando o filme é projetado através das duas lentes a imagem distorcida assume a sua antiga dimensão normal e o resultado no ecrã apresenta uma ilusão de filme a três dimensões. Este sistema demonstrou ser um sucesso. As primeiras salas de cinema que foram equipadas com este sistema, com novos ecrãs e um sistema de som estéreo, viram as suas salas esgotadas. Em poucos meses, todos os estúdios de grande dimensão passaram a usar este equipamento nas suas produções.
O sistema surgiu após as experiências realizadas com o Cinerama, em 1952, que utilizava três câmaras e três projetores para obter uma imagem bastante larga. Os estúdios 20th Century Fox adquiriram os direitos da lente anamórfica, de Henri Chrétien, que expunha em todo o negativo uma imagem comprimida numa proporção de 2:1. Deste modo, os primeiros filmes em CinemaScope ocupavam um retângulo de 2:66:1. A necessidade de juntar quatro pistas sonoras magnéticas encurtou o espaço do negativo passando-se para um ratio de 2:55:1. Os operadores cinematográficos resistiram à introdução do som estéreo devido aos elevados custos, e fizeram lobby para a manutenção de uma pista sonora em mono, culminando com uma nova redução na largura do ecrã: 2:35:1, que é o atual padrão para os filmes em formato alargado, filmados com lentes anamórficas ou não.
Oficialmente, o sistema foi introduzido em 1953 com o filme The Robe (A Túnica). Contudo, em 1966, a própria 20th Century Fox passou a utilizar as lentes Panavision, que entretanto se desenvolveram como uma melhor alternativa para filmes anamórficos.
Atualmente, o Panavision é o processo anamórfico mais utilizado, comprimindo a imagem filmada num negativo a um ratio de 2:1, sendo depois descomprimida, pelo processo inverso, no projetor. A Panavision começou a produzir lentes de projeção em 1954, e cedo se dedicou a tentar produzir uma lente que pudesse ser usada em qualquer sala de cinema, podendo ser adaptada a qualquer formato, ao contrário do que acontece com as convencionais lentes de CinemaScope que obrigam a equipamento específico. A Panavision distribuiu as lentes a todos os estúdios, que assim começaram a preferir o processo ao CinemaScope, pelo qual a 20th Century Fox cobrava direitos de utilização. Além disso, o CinemaScope gerava alguma distorção, demasiado patente em close-ups, parecendo que os atores tinham os rostos inchados. Evitavam-se, pois, os close-ups nos formatos alargados. Mas a Panavision não só corrigiu a distorção como melhorou a definição da imagem, e cedo grandes estrelas começaram a exigir ser fotografadas com essas lentes. Nos dias de hoje, a Panaflex (Panavison) é o padrão universal, devido a um conjunto de câmaras leves, silenciosas e flexíveis, alugadas pela empresa.
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Como referenciar
Porto Editora – formato CinemaScope na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2023-03-28 16:48:33]. Disponível em
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